||T2|| CAP 04 - Preciso de ajuda!

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Em cerca de 15 minutos, eu já me encontrava desesperada. Aquele lugar era horrível. Cheirava a Cândida e me dava sensação de sufoco. Não queria ficar ali por muito tempo, mas não tinha a menor ideia de quando sairia.

Estava tudo escuro, não havia nenhuma janela ou algo que me permitisse respirar melhor.

Com a visão totalmente em preto, eu tentava procurar alguma coisa nas pequenas prateleiras, que me deixasse abrir a porta. Porém, era quase impossível. Só tinha produtos de limpeza e nada mais.

Cansada de andar em círculos a procura de um objeto, eu me sento no chão gelado e agarro os meus joelhos.

Um pouco cansada das porradas que a vida anda me dando, encosto minha cabeça na parede e fecho meus olhos. Eu não estava com sono, mas queria que o tempo passa-se rápido. Então, dormindo era a única maneira possível.

(...)

Depois de algumas horas fui acordada com barulho de chaves. Finalmente iria sair daquele cubículo fedido.

- s/n...anda vamos... - no momento que reconheci a mulher em minha frente, fiquei surpresa. Eu esperava a minha mãe ou o sr. Kim, mas, a Nina, não!

- Nina, como você... - fui interrompida pela mesma.

- não temos tempo para conversas, saia dai logo. - eu me levanto, e saio rapidamente. Assim que meus olhos se acostumaram com a luz, volto a me comunicar.

- e o sr. Kim? - pergunto confusa. Afinal, ele havia me trancado, então o esperava vir me soltar.

- ele foi buscar sua mãe no salão de beleza. - tinha me esquecido que a vaca da minha mãe, estava fazendo as unhas. - não temos muito tempo.

- obrigada por me tirar de la, mas acho que não foi uma boa ideia. - tipo, se eles chegarem e me verem deitadona no meu quarto, bem de boa. Vão se perguntar como eu sai do quartinho então, vão envolver a Nina na parada. Afinal, ela é a única que tem a chave além dos meus pais. E por isso podem até demiti-la. Não queria que isso acontecesse, ela é a única que me ajuda aqui dentro.

- não diga isso. - ela olha em meus olhos e continua a falar. - agora vai, tu não tem nada a perder.

- ir a onde? - pergunto confusa.

- fuja! E não volte mais. - já tinha pensado milhões de vezes sobre isso. Mas tinha medo. Se eles me achassem ou me pegarem no flagra, as coisas podiam piorar mais ainda. E sinceramente eu não iria aguentar.

- que?

- saia daqui. Procure seus amigos, procure um rumo novo para sua vida. tu não merece uma coisa dessa!

- mas eu... - ela corta minhas palavras.

- não insista em ficar. Ouço os seus pais conversando e... - pausa dramáticaaaa. - não queira saber o que eles pretendem fazer contigo. - me assusto. Já sabia que os dois queriam me ver mal, mas pela expressão de Nina as intenções eram bem piores do que eu imaginava.

- ta, mas e se der errado?

- não vai dar errado. Confia em mim! - penso por um estante e acabo aceitando. Agora que tenho alguém do meu lado, seria mais fácil. - vá para o seu quarto pega o necessário e saia pela porta da frente.

- e as câmeras? - nina faz uma cara de decepção.

- merda! Eu me esqueci. - eu sabia. Era um detalhe inútil mas preciso. Se eu tentasse fugir com as câmeras ligadas não daria nada certo. Todas as imagens ficam gravadas e quem quiser pode vê-las, quando e onde estiverem. Minha mãe pode acessar a câmera pelo celular, e poderia me ver. Enfim, melhor não arriscar.

𝐌𝐄𝐔 𝐌𝐀𝐍𝐈𝐍𝐇𝐎 T2 Onde histórias criam vida. Descubra agora