Ron? Não, Rose Weasley - Blon/Blairon

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"Your brother"

Rose Pov.

Era sábado e nós descansavamos nas nossas camas, a esperar por uma notícia que nos fizesse sair da nossa situação.

Ninguém parceria querer falar alguma coisa, não era um silêncio constrangedor mas também não o mais confortável.

Eu estava deitada no colo de Blaise, enquanto ele mexia nos meus cabelos eu reparava nas pessoas ao meu redor. Ginny e Luna sentadas, Luna com a cabeça deitada no ombro de Ginny; Hermione e Pansy estavam deitadas uma em cima da outra. Já Harry estava deitado no colo de Draco, parecia que eles se completavam.

Harry decidiu quebrar o silêncio e perguntou:

- Ginny? Lembra de quando falou do seu irmão? Como ele está? O nome dele é Ron certo?

Merda.

O mais rápido possível eu respondi:

- Ele está morto. - Todos me olharam tirando Blaise, nem pareceu se importar... Como se já soubesse de algo...

- Porque não contou isso pra nós Ginny? Somos seus amigos. - Pansy falou.

- Eu não estava preparada.. só isso.

- Também nunca nos falou da irmã fantástica que Rose é. - Hermione afirmou.

- Gente vamos parar de falar sobre isso?- Blaise elevou seu tom de voz para que fosse notado- Está claro que Ginny e Rose não querem falar sobre isso! Sinto muito por o seu irmão... - Ah se eu pudesse eu iria gritar pro mundo "OBRIGADA BLAISE".

Murmuraram seus pedidos de desculpas e voltámos ao silêncio, esse silêncio estava me consumindo aos poucos, a ansiedade absurda que eu estava sentindo era perceptível. Blaise percebeu e começou a acariciar meu rosto.

Sim, Blaise era um anjo na Terra.

Sorri e soltei um ar pelo nariz que não sabia que tinha.

Tudo estava normal outra vez até ouvirmos a voz do diretor Dumbledore:

Os alunos: Blaise Zabini, Rose Weasley, Pansy Parkinson, Neville Longbottom, Harry Potter, Draco Malfoy, Hermione Granger, Ginny Weasley e Luna Lovegood venham ao meu gabinete por favor.

Me levantei nervosa, o que poderia ter acontecido? Blaise mais um vez percebeu e sosurrou em meu ouvido " Está tudo bem, não fizemos nada de errado. Se acalma Rose." Assenti e caminhamos para o gabinete do diretor.

A cada passo parecia que um peso de dez kilos era colocado em meu peito. Era insuportável.

Estávamos em frente à porta do gabinete, Neville moveu sua mão até o puxador e abriu a porta.

Dumbledore estava sorrindo, com sua barba e cabelos brancos.

- Sentem-se por favor. - Obedecemos- Bem... Primeiro eu quero que saibam que não fizeram nada de errado. Estamos aqui para comunicar a mudança de parceiros de quarto. - Nós nos olhamos. Para que mudar de parceiro de quarto? Que não me coloquem com nenhum rapaz! Eu estava torcendo para que isso não acontecesse e se acontecesse eu só queria Blaise. - As mudanças vão acontecer e vamos decidir juntar um grupo de quatro pessoas, as mesmas vão ser : Sra. Granger, Sra. Parkinson, a mais nova Sra. Weasley e Sra. Lovegood. Um grupo de três: Sr. Malfoy, Sr. Potter e Sr. Longbottom e uma dupla: Sr. Zabini e Sra. Weasley.

Pense pelo lado positivo Rose, poderia ter sido Neville.

Eu adoro Neville, mas digamos que eu não gostaria muito de dividir um dormitório com ele.

- Isso se deve ao fato- Dumbledore continuou- de que houve certas queixas de colegas de dormitórios ao lado. Mas penso que como são amigos nada de mal poderia acontecer se eu mudasse ligeiramente as vossas parcerias de dormitórios. Podem sair.

Saímos de lá e eu estava perdida, perdida não era o suficiente para como eu estava. Mas eu poderia ter que dividir dormitório com outra pessoa, isso seria ainda pior.

Neste momento estava arrumando minhas malas para as desfazer no quarto ao lado. Os funcionários eram rápidos, já tinham feito as mudanças necessárias e estava tudo como se aquele sempre tivesse sido o nosso dormitório.

Blaise estava deitado em sua cama. Uma coisa veio de repente à minha cabeça e eu não pude evitar perguntar:

- Blay... O que você acha de transsexualidade?

- Eu já li bastante sobre o assunto, são pessoas como quaisquer outras. Só não se identificaram com o gênero do corpo onde nasceram. Longe de ser uma doença como muitos consideram e consideraram.

Alívio.

Estava tudo ótimo se eu me assumisse transsexual para ele, ele iria aceitar de boa.

Ainda assim algo no meu corpo dizia que não, que não deveria contar. Então para me refugiar o máximo possível e fugir das preocupações eu decidi que contaria quando estivesse pronta. Agora quando esse pronta iria ser? Eu não faço a mínima ideia.

- Compartilho a mesma opinião. - Falei.

- Anda cá! - Disse abrindo os braços.

- O que você quer? - Falei com os olhos cerrados.

- Carinho e companhia feminina!- Exclamou e eu gargalhei. Realmente um desastre amoroso. - Vem logo!

Fui até ele, e me sentei a trás dele na cama. Falamos sobre assuntos como preconceito e descriminação por bastante tempo até eu sentir seu corpo relaxar contra o meu e uma respiração em meu pescoço.

Olhei para o mesmo, que agora dormia, assim como ele eu deixei o sono me vencer.

Deitei minha cabeça em cima da dele e me ajeitei na cama, de forma a ficar confortável. E fechei meus olhos.

Adormeci.