A separação

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  De manhã cedo, a chuva já havia parado, tudo estava aparentemente mais tranquilo, as ruas estavam um pouco alagadas, e a relva estava cheia de orvalho. O sol raiou no céu da vizinhança de Baker e Onze depois de uma noite de sono mais ou menos, se levantou e espreguiçou. Ela vestiu-se, e ao sair da sala, ela ouviu vozes, e uma delas dizia:

- Ontem a noite, eu vi uma pessoa vindo pra cá, deve ser quem matou os caras do posto.
- Porra, aqueles dois arranjaram umas garotas legais pra gente comer.
- Foi cruel, o velho morreu com tiros na cara e aquele babaca grandalhão morreu com o rosto desfigurado. Seja quem for, eu vou fazer picadinho.
- Mas que porra. - Sussurra Onze olhando pela cortina.

   Onze volta rapidamente para o quarto onde apanha sua mochila, seu rifle, e seu canivete ao qual ela segura. Ela anda para os fundos, abre uma janela na cozinha e salta para o fundo da casa onde anda agachada segurando seu canivete. Onze vai pela direita, olha pela quina da parede e vê um homem louro tatuado, ele segura um rifle de caça e tem um facão pendurado na perna, Onze deduz que o outro comparsa, um rapaz de cabelo preto e magro, está pelo outro lado. Ela anda rapidamente para trás de uma lata de lixo onde ela aguarda somente pelo som dos passos daquele homem Que vem caminhando cuidadosamente. Ele passa por Onze, se vira para o lado dela, e ela pula nele, o homem atira, mas Onze ergue seu rifle com a mão esquerda fazendo a bala ir para o alto, e com a direita desfere vários golpes contra a barriga do rapaz que grita, por último ela enfia o canivete no pescoço do rapaz que cai no chão e se afoga em sua poça de sangue.

- Markie??? O que houve?

  O outro rapaz mais magro chega e vê Onze próxima ao corpo do rapaz.

- Markie!!! - Ele grita e atira pra o lado de Onze.

   Onze sai correndo e se esconde na parte de trás da casa.

- Ahhh sua filha da puta. - Ele diz enquanto corre atrás dela.

   Ele chega até os fundos, há uma pequena piscina, duas lixeiras, uma na cerca do fundo e outra encostada na parede da casa. Ele não encontra Onze, ela está escondida dentro da lixeira que está encostada na parede da casa e por ela o homem passa batido, indo em direção a lixeira do fundo primeiro.

- Cadê você? Sua cadelinha.

   Onze se levanta da lixeira com o rifle apontado para ele e dispara bem em suas costas atingindo seu ombro. O homem cai de um lado e seu rifle cai dentro da piscina de água suja. Onze sai da lixeira, e vem com o rifle apontado na direção do homem que está gritando de dor enquanto segura seu ombro destroçado.

- Sua filha da puta... Ahhhhh.  - Ele grita de dor.

   Onze está pronta para dar um tiro na cabeça daquele homem, mas de repente ela vê um símbolo tatoado em seu braço direito que segura seu ombro esquerdo destroçado. O símbolo é de um pássaro preto na lateral. Onze conhece bem aquele símbolo.

- Você é um corvo!? - Ela indaga.
- Porque... Gosta de dar o cu pra corvos? - Ela ironiza mesmo agonizando.
- CADÊ O BRENNER? - Onze vocifera pisando no ombro do rapaz enquanto aponta sua arma para ele. O homem grita de dor, os urros são cada vez mais altos.
- Ohhh... ohhh... Brenner... tá em Los Angeles.
- ONDE? - Ela pisa mais forte.
- AII, MEU DEUS... AHHH... Eu... A última vez que eu vi ele foi perto do Getty Center.

   Onze solta o ombro dele. Ao longe ela ouve sons de infectados.

- Bom, espero que seja verdade. - Onze abaixa a arma vai para trás.
- Espera aí... espera... ESPERA... vai me deixar aqui?
- Corvos estupradores, não merecem viver.
- Não, Não, não, ME MATA, ME MATAAAAA.
- Se quiser viver, vai ter pular na piscina pra pegar seu rifle, mas você vai sofrer uma infecção generalizada e morrer do mesmo jeito

Stranger Things - Os Últimos De NósOnde histórias criam vida. Descubra agora