Hopper e Joyce depois de se abrigarem numa casa qualquer, se dirigiram pra o bairro indicado pelos registros de UTI. Era um clássico bairro residencial com casas praticamente iguais cujos quintais estavam com mato alto. Hopper e Joyce caminhavam atentos pela rua, procurando pela casa 200. Eles até mesmo relaxam as roupas um pouco mais retirando os capacetes para respirar um pouco de ar fresco.
- É um belo bairro. - Diz Joyce.
- É. Acho que vou ao banco financiar uma casa aqui.
- Ha ha ha, muito engraçado Jim Hopper.
- Qual é? É um bom lugar para se ter uma família.
- Alguma vez você já pensou em se casar novamente?
- Talvez, eu não sei se tenho cabeça pra isso, mas quem sabe eu não me case novamente... Talvez com uma pesquisadora. - Hopper manda uma indireta.Joyce morde os lábios enquanto sorri sem Hopper ver. Eles continuam caminhando, até chegarem a SW132TH.
- Essa é a rua. - Diz Joyce.
- Casa número 180. - Diz Jim Hopper. - Então quer dizer que a casa está um pouco mais pra baixo.
- Voi lá, Jim Hopper tem inteligência.
- Sempre sarcástica. - Hopper sorri timidamente enquanto voltam a andar. - Não era pra essa rua estar cheia de infectados?
- Tecnicamente sim, mas o fungo gosta de lugares úmidos, então você vai encontrar eles em locais escuros e fechados, locais áridos não propiciam o desenvolvimento dos esporos e por aí vai.
- Quer dizer que em zonas desérticas...
- Pode não haver ou há infectados em menor quantidade, eu desconfio que essa coisa esteja evoluindo.
- Evoluindo?
- Todas as espécies existentes estão se adaptando Hopper, isso quer dizer que em algum momento vão nascer humanos resistentes ao cordyceps, mas até lá, isso tudo já vai ter acabado.
- Tomara.Eles chegam até a casa cujo o número 200 está na caixa dos Correios meio apagado. Há também o nome.
- Mrs. Mikalovic. É aqui.
É uma típica casa americana, com um quintal espaçoso, abertura para os fundos. A casa é amarela e tem bolor por toda parte. Hopper toma frente, sobe as escadinhas e chega diante da porta que está entreaberta. Hopper com a ponta do seu fuzil empurra a porta a abrindo.
- Eu não sei você, mas eu bateria. - Diz Joyce.
- Não é muito útil quando todo mundo morreu.Hopper adentra a casa, ele passa pela sala que está toda suja e embolorada, do chão aos móveis. Hopper está mirado, concentrado, quando ele passa pela cozinha, um estalador voa sobre ele, o empurrando contra a parede, Hopper se mantém a salvo de uma mordida colocando seu rifle entre ele e o estalador. Hopper a empurra para trás e Joyce com um tiro certeiro explode a cabeça da criatura.
- Porra, essa foi... foi por pouco.
- Será que tem mais? - Pergunta Joyce.
- Não, já teriam vindo atrás do som. - Diz Hopper ofegante. - Eu vou investigar os outros cômodos, olha pra ver se você encontra algo conclusivo.
- Tá... Toma cuidado tá?
- Pode deixar.Joyce se dirigiu a cozinha, estava tudo cheio de bolor, e sangue, Joyce viu algumas contas de Luz, água e internet, além de um desenho de criança que estava no chão. Joyce apanha esse desenho e imagina o que pode ter acontecido com aquela criança. É então que no verso daquele desenho, Joyce encontra uma carta cheia de sangue.
"Samuel, eu não sei o que houve, mas eu estou tossindo muito e meu nariz começou a sangrar, eu imediatamente enviei a Molly pra casa da Vovó em Nova Jersey, meu nariz tá sangrando, e estou tossindo sangue, eu fui até a vizinha da frente, pedi alguns analgésicos, mas acho que não resolveu, aquele macaco que você tava testando no porão, acho que ele respirou os esporos daquela planta que você trouxe do Brasil... Eu tô com medo, espero que você volte logo para casa, eu te amo..."
- Joyce. - Hopper chama, sua voz está um pouco abafada.
- Já tô indo.Hopper está no porão, Joyce desce as escadas a esquerda e chega até onde Hopper está, um local úmido, no entanto, o local era um laboratório completo, com uma sala de contenção com vidro blindado ao lado direito, do lado havia uma maca e várias gaiolas com esqueletos de ratos.
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Stranger Things - Os Últimos De Nós
Hayran KurguUm mundo devastado por uma doença, empesteado por criaturas sangrentas e violentas, grupos e gangues brutais, é um mundo que não há espaço para uma simples garota de 16 anos de idade em busca de seus amigos numa perigosa jornada através do país. Nes...