Stranger Things - Os Últimos De Nós

Hopper e Joyce

Setembro de 2013.

  Sarah acordou...

   Eram exatamente 22:30hrs. A pequena Sarah que estava em seu quarto se levantou, bocejou e abrindo os braços sentiu o sangue correndo e aquecendo-os. Ela olhou ao redor, seu quarto era quase todo rosa e pastel, haviam brinquedos no chão, suas bonecas e pelúcias, normais para uma pequena de 8 anos. Ela caminhou até a escrivaninha de frente para a janela que dava para rua, de onde podia se ter uma vista breve de Hawkins e do hospital na colina. Ela olhou no celular, cuja tela de bloqueio tinha uma foto dela com seu pai Hopper, o xerife da cidade, o homem mais linha dura da cidade. Ela viu as horas, e nesse momento, numa noite de sexta feira, ela sabia que seu pai já deveria estar em casa. Por isso Sarah caminhando sonolenta com suas meias de unicórnio saiu do seu quarto e se deparou com o corredor amplo do segundo andar vazio, o ventilador do teto estava girando devagar, e havia apenas uma luz advinda do quarto de seu pai ao lado direito.

- Papai. - Ela chama coçando o olho. - Cadê você?

   Ela abre a porta devagar, a TV está ligada no canal de notícias da CNN, mas não há ninguém por lá, a cama está bagunçada, isso indica que Hopper esteve por ali. Sarah se aproxima da televisão, onde há um homem dando noticias urgentes de um prédio em chamas em Seattle.

Os médicos não sabem dizer ao certo o que pode estar causando esse surto de raiva, no entanto é necessário que agora as pessoas permaneçam em suas casas, onde estarão mais seguras...

Boooooom, o lugar em chamas atrás do repórter explode, a câmera cai, e se ouvem sons de gritos estridentes, gritos de pessoas raivosas, o sinal é cortado.

- O que tá acontecendo? - Ela se pergunta meio assustada.

   De repente, o hospital na colina explode lançando chamas e fumaça para o alto.

- Papai??? - Sarah começa a caminhar para fora do quarto, o medo está crescendo dentro dela.

   Ela desce as escadas rapidamente, vai até a cozinha onde se depara com o celular de seu pai.

- O papai não levou o celular.

  Carros da polícia de Indianápolis passam rapidamente pela rua da frente, é quando Sarah vê o jipe de seu pai chegar na garagem a frente. Ela corre até a porta de vidro e o vê descendo rapidamente do carro, sua expressão é atônita, ele está segurando seu revolver, e há sangue seco em seu uniforme.

- Papai. O que está havendo? - Sarah pergunta assustada.
- Filha, a gente precisa sair da cidade por um tempinho. - Hopper pega ela no colo e a leva para o carro. Ele a coloca no banco de trás e também coloca o cinto de segurança.
- Papai, o que tá acontecendo? - Ela pergunta assustada, suas mãozinhas seguram firme seus braços fortes.
- Tem alguma coisa errada acontecendo filha. A gente precisa se proteger e aqui em casa não é seguro por enquanto.
- Vamos pra fazenda do vovô?
- Sim.

   Ocorre outra explosão ao longe. Hopper fecha a porta e vai para o banco da frente. Ele liga o carro, está ofegante, Hopper engata a ré, sai rapidamente pela rua de sua casa que está vazia. Por toda parte há pessoas fazendo as malas, as pessoas estão assustadas.

- Xerife, xerife!!! Para. Paraaaa!!! - Diz um homem desesperado na calçada segurando sua esposa que desmaiou.
- Aqueles eram os Orewell. - Diz Sarah assustada.
- Tá tudo bem filha, ela só desmaiou.

   Hopper passa por uma loja que está sendo saqueada, há centenas de pessoas levando as mercadorias ali presentes. Mas Hopper nada fez.

- Papai, aquelas pessoas estão roubando o mercado do tio Josh.
- Filha...