Stranger Things - Os Últimos De Nós

O fim

Mais tarde, quando já eram quase 2 da tarde, Onze se levantou nua e silenciosa, olhou para Mike deitado naquela cama dormindo profundamente e amou a imagem que viu dele, mesmo que ela tenha sentido dor, o prazer de fazer sexo com ele foi muito maior, senti-lo dentro dela foi uma coisa maravilhosa que fez finalmente a divisão entre um menina e uma mulher. Mas enquanto vestia sua roupa em silêncio, Onze não podia se esquecer de que seu propósito agora era outro, para ela Não havia mais sentido numa vida supostamente feliz em algum lugar dos EUA enquanto o mundo agoniza até o fim. Se ela era a solução aparente, então assim seria, já havendo decidido em sua mente o que fazer. Onze já havia matado tanto, já havia encarado a morte de frente, visto coisas tão desumanas, que para ela agora aquilo tudo seria uma marca que lhe assombraria pelo resto de sua vida, seja curta, seja longa. E ela desejava que fosse o mais curta possível. Depois de colocar um cachecol velho que encontrou por ali, Onze tocou no rosto de Mike, e disse:

- Eu te amo pra sempre Mike.

Então apanhou sua mochila e armas e saiu pela porta da frente sem fazer nenhum barulho. Onze caminhou pelo beco tomando cuidado pra não dar de cara com nenhum infectado e seguiu por debaixo do viaduto. Ela estava rumando ao seu destino.

Enquanto isso, na quarentena, Jonathan estava preparando o primeiro ataque. Ele se virou, apanhou seu rifle e desceu o mais rápido que pode para rua, onde as pessoas estavam concentradas. No caminho encontrou Nancy que veio ao seu encontro agarrando sua cabeça e lhe dando um beijo doce.

- Haja o que houver. Eu te amo pra sempre. - Diz Nancy.
- Eu também te amo. - Diz Jonathan.
- Vamos lá. - Diz Lucas.
- Ataquem e matem todos os militares, o Rahim é meu.

  Dez segundos depois, os túneis de acesso e parte da escola explodem simultaneamente, Jonathan lança um urro e as centenas de pessoas armadas avançam furiosas.

Onze chega até a ponte que separa a cidade do Getty Center mais a frente, há um rio de águas fortes correntes que passa por baixo, um rio formado a pouco tempo. Do outro lado da ponte estava Brenner, seu rosto estava pleno e ele tinha um sorriso discreto. O uniforme militar lhe deixava mais bonito, mais imponente. Onze estava tão decidida que nem sequer olhava para trás. E na metade da ponte ela ouviu Brenner dizer.

- Sabia que você viria. - Ele fala um pouco mais alto por conta do som do Rio. - Sabia que não me decpecionaria. Talvez Não seja a melhor decisão da sua vida, mas é necessária, porque o mundo que queremos está há apenas alguns meses de pesquisa.
- Onze? - Mike chama no início da ponte.

Onze congela, ela sente uma pontada nas costas. Ela não se vira, ela não quer ver Mike porque sabe que não pode voltar... Ela não quer voltar.

- Onze, o que você vai fazer? - Mike chama de novo.
- Ela vai salvar o mundo.
- Cala a boca, verme. - Diz Mike feroz. Ele segura uma pistola. - Onze, fala comigo... por favor.

Onze aperta os punhos. Ela quer chorar, no entanto, sua mente não está mais confusa, ela sabe o que ela tem de fazer, mas Mike surge como um obstáculo, não tão grande, mas ainda é um obstáculo.

Essa se vira devagar para Mike, ela está chorando, mas decidida sobre o que fazer ela diz:

- Mike, me perdoa, mas eu não posso...
- O que você tá fazendo? Se entregando pra esse cara. É loucura.
- Olha o mundo ao nosso redor, está morto, e a cada dia que passa eu morro junto com ele, porque a minha vida não tem mais sentido.
- Não tem sentido? - Mike diz perplexo. - Eu não dou sentido a sua vida.
- Não é isso! Você não pode entender.
- E nem vai. - Diz Brenner.
- Mike, me perdoa. - Ela diz caminhando devagar para trás. - Eu te amo pra sempre.
- Se você não vem comigo, então não vou deixar que você vá até ele. - Diz Mike apontando a arma para Onze que levanta as mãos.
- Mike... Calma.
- Eu atravessei a porra da metade do país pra vir te buscar, eu não simplesmente deixar que você escorra pelos meus dedos. - Diz Mike acariciando o gatilho de sua pistola prateada com o dedo indicador. Ele está em lágrimas.