AJUDANDO O PRÓXIMO

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O Cláudio era um garoto pobre, de 11 anos, que morava na rua mas dormia na calçada da minha rua mais ou menos uns 15 dias no mês, moreno, com cabelo crespo, baixinho com olhos castanhos e um sorriso que não consigo nem explicar de tão branco e bonito que era.

Meus amigos e eu resolvemos tentar ajudar o Cláudio de alguma forma, mas antes precisávamos encontrar o garoto em algum lugar do nosso bairro, o que realmente não seria nada fácil.

Pensei errado... Não demorou muito até encontramos o Cláudio, pena que foi em uma cena muito desagradável... Encontramos ele no meio da rua, sendo apedrejado por donos de comércios do mesmo quarteirão da minha rua. Ficamos indignados com essa cena lastimável então resolvi perguntar a um dos comerciantes o que estava acontecendo. Fui direto no senhor João...

(Fher) - O que está acontecendo aqui senhor João?

(João) - Esse "moleque" tem roubado mantimentos, biscoitos e até mesmo garrafinhas de água de nossas lojas e quando o vimos deitado na calçada resolvemos acordar ele e cobrar tudo o que ele tem nos roubado.

Fiquei indignado com sua resposta então decidi intervir pelo Cláudio e lhe representar diante de tamanha falta de respeito com o próximo. Fiquei no meio de todo aquele pessoal e gritei para para que parassem com tamanha crueldade, todos me ouviram e resolveram me dar um tempo de atenção para que eu pudesse tentar resolver essa questão sem precisar de violência. Perguntei ao Cláudio:

(Fher) - Por que você roubava dessas pessoas?

E ele me respondeu com um olhar triste e cheio de lágrimas...

(Cláudio) - Cansei de ser humilhado pela vizinhança... pedi comida ou até mesmo um copo de água em cada uma dessas residências, inclusive a sua Fher, mas todos me olhavam com olhar de medo, nojo e até mesmo de repugnância. Eu não estava mais aguentando de tanta fome, então comecei a roubar biscoitos, pães, bolos,salgados,garrafas de água ou qualquer coisa que pudesse saciar minha fome e minha sede.

Nossa... Que revelação... Agora sim todos nós ficamos de boca aberta com suas palavras... Eu e meus amigos não parávamos de chorar por cada palavra dita por sua boca. Meus amigos se juntaram a mim e conversamos sobre o que pudemos fazer para ajudar o Cláudio. Foi então que surgiu a idéia do Dudu -
(DUDU) -Vamos leva-lo para a casa do Fher e conversar com os pais dele para tentarem nos ajudar com tamanha responsabilidade.

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