Durante toda a minha vida eu quis saber mais sobre o amor.
Por que ele deixa, afinal, as pessoas tão propensas a cometer loucuras?
Não é como se eu não tivesse amado muitas coisas.
Amei Rosalie Hale como se a conhecesse de outras vidas.
Amei Esme com sua aura maternal, Jasper com seus abraços que diziam mais do que ele estava disposto a contar, Alice com sua mania de sempre saber o que dizer e, eventualmente, amei Carslie e toda sua benevolência.
Mas nada disso era como amar Edward Cullen.
De fato, o vampirismo me tirou muitas coisas, mas me deu o amor.
Eu era apaixonada pela ideia do amor. Apaixonada por como os livros o descreviam como o epicentro da felicidade e a mais alta glória humana — mais tarde porém, eu descobri que amar alguém dá a essa pessoa o poder de te destruir; e eu fora inegavelmente destruída.
Na manhã do dia em que o pesadelo Swan começou, eu havia aberto os olhos depois de uma noite inteira de pensamentos.
Eu sentia tanta falta de poder dormir.
Apesar disso, a pior parte de ter sido transformada na adolescência, é, sem dúvida nenhuma, o fato de que precisávamos ir à escola. Não há nada pior do que ir à escola.
O ensino médio é como jogar um jogo sangrento e extremamente agoniante. Você nunca sabe o que esperar de adolescentes com hormônios a flor da pele.
A selva chamada de Forks High School contava com aproximadamente 300 alunos — talvez menos — incluindo Alice, Jasper, Rosalie, Emmet, Edward e eu.
Percebi que éramos quase como 'celebridades' locais desde que nos mudamos para Forks.
Descer do carro no estacionamento era quase sempre como descer direto no tapete vermelho do Oscar.
Naquele dia, porém, ninguém se importou muito conosco.
Ouvindo a conversa animada de Jéssica, fiquei sabendo que a filha do Xerife Swan havia se mudado de Phoenix. Era só nisso que se falava em todas as aulas.
A princípio, Edward não se mostrou tão interessado no assunto como Alice, por exemplo. Ele se manteve ocupado cheirando meu pescoço e dando beijinhos carinhosos na minha nuca.
Porém, na troca de salas eu o encontrei parecendo extremamente perturbado no corredor.
— Ela é minha La tua cantante — vendo minha careta de confusão, continuou impaciente. — Isabella Swan.
O destino realmente mantinha conosco uma relação de amor e ódio.
— Calma! O que você vai fazer agora?
— Me manter o mais longe possível dela e torcer para conseguir trocar Biologia por História. — Disse balançando a cabeça nervosamente, me dando uma vontade quase incontrolável de o forçar a se acalmar.
— Ok, vai ficar tudo bem. — Não ia. — Você quer sair mais cedo? Eu posso usar meu dom para conseguir sair, ou algo assim.
Coloquei minhas mãos nas bochechas dele e fiz um carinho com os polegares.
Ele não respondeu.
— Você não está sozinho nisso. Ed e Amy juntos para sempre, lembra? Vamos almoçar enquanto você pensa no que quer fazer, tudo bem?
Sem o esperar sair do modo catatonico, o puxei rapidamente para o refeitório, mas aparentemente Alice desejava fazer uma entrada teatral — e eu era uma criança do teatro, não tinha como recusar.
Alice e Jasper entraram na frente enquanto Jéssica respondia o que Bella tinha perguntado.
"Quem são eles?"
— Os Cullen, filhos adotivos do Dr e da Sra.Cullen. — Ela fez uma pausa quando Rosalie entrou com Emmet. — Eles estão todos juntos, sabe. Rosalie, a loira, ela está com o grandão, Emmet. Como um casal.
— Jess, eles não são parentes reais. — Pontuou Ângela.
— Sim, mas continua sendo estranho de qualquer forma. Enfim, Alice, a de cabelo escuro, está com Jasper. Ele é aquele que parece sempre estar com dor.
— Dr.Cullen é como um pai adotivo casamenteiro.
— Talvez ele me adote — Disse Ângela.
Isso me arrancou uma risada discreta. Era quase o que ele era.
— Acho que é nossa vez, querido. — Ele abriu um sorrisinho e agarrou minha mão gelada.
— Então vamos fazer isso com estilo.
Um longo silêncio se seguiu enquanto caminhamos a passos humanos até a mesa. Bella parecia muito interessada em saber quem éramos.
— Esses dois? Amelia Hale e Edward Cullen. Ela, Rosalie e Jasper são trigêmeos ou algo assim. Edward está sempre grudado nela, parecem ser uma coisa só, ninguém sabe se namoram ou não. Mas acredite se quiser, é melhor nem pensar muito nisso. Independente do rótulo, ele só tem olhos pra ela. Eu tentei. — Ela parece frustrada ao pronunciar a última frase.
Sorri. Ela vinha sendo rejeitada a alguns meses. Mais vezes do que eu me forçava a lembrar.
Felizmente, conseguimos sair mais cedo, logo depois do almoço, e passamos o dia jogando jogos de tabuleiro, com as risadas de Emmet distraindo Edward de Bella.
Mais tarde, porém, as coisas começariam a despedaçar.
Edward iria ficar com os Denali por algum tempo.
"Alguns dias", foi o que ele me disse, na verdade.
Eu sabia o que aquilo significava. Ele não conseguiria se controlar perto dela, era sua La tua cantante, afinal.
Foi devagar, mas dolorosamente óbvio.
Humanos, porém, tem uma necessidade — uma avidez — de querer até aquilo que não podem ter. Seja por arrogância, desejo ou pura ganância. No meu caso, é amor, por isso ignorei todos os sinais de que ele estava me deixando.
Mesmo que eu já não fosse humana fazia muito tempo, certos instintos permanecem.
♡
oieeee!!!!
editado 06/10 :)
notas antigas:
capítulo curtinho pra introdução da história mesmo, resolvi postar um dia antes pra compensar a demora <3
cantante e companheiros são coisas diferentes, por isso são abordadas de maneiras diferentes!!
feliz páscoa e obrigada
pelos favoritos :)
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MERCY 𑁋 EDWARD CULLEN.
Science FictionEm 1918, quando a gripe espanhola tornou a Terra um inferno, Amelia conheceu Edward. Sendo companheiros de alma, o relacionamento dos dois era aparentemente perfeito, até Bella se mudar para Forks e colocar o amor de Edward a prova. Em uma narrativ...