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Alguns dias depois de Jane decidir que não nos envolveríamos na guerra, nos aproximávamos da clareira com rapidez e eu pensava com o que teria de lidar.

Se precisássemos lutar, seria fácil, claro, éramos os Volturi, mas eu não sabia se era isso o que eu queria.

Quando paramos em frente aos Cullen, a voz de Jane murmurou algo de dentro da neblina, instantaneamente fazendo-os se juntarem.

— Bem vinda, Jane. Amelia. — Edward foi frio, mas ainda cortês.

Eu revirei os olhos internamente.

Nos separamos da nevóa, tomando nossas posições. Jane estava na frente, suas vestes eram mais escuras que as minhas, e era quase impossível reconhecer seus traços delicados por debaixo do pesado capuz.

Eu era uma das quatro figuras que se mantinham atrás dela, fazendo Bella forçar os olhos para conseguir nos enxergar.

Enquanto ela me olhava tentando confirmar suas suspeitas, deixei que meu capuz caísse sobre minhas costas, sorrindo e piscando para ela.

Edward estava controlado e parado elegantemente a sua direita.

O olhar amedrontador de Jane passou lentamente pelos rostos dos Cullen e parou na pequena recém-criada perto da fogueira, fazendo a menina colocar as mãos na cabeça.

— Ela se rendeu — explicou Edward, respondendo à confusão de Jane.

Os olhos vermelhos de Jane brilharam em sua direção.

— Se rendeu?

Alec e eu trocamos um olhar significativo. Não haveria redenção para a jovem.

Edward balançou os ombros.

— Carlisle lhe deu esta opção. — quando viu que não convencia Jane, apelou a mim. — Amelia você-

— Não há opções para os que quebram as regras — murmurou Jane monotonamente.

Carlisle falou então, a voz branda como se aquilo fosse um acontecimento recorrente em sua cansativa e longa existência.

— Como a menina se dispôs a parar o ataque, não vi necessidade de destruí-la.

— Isso é irrelevante. — insistiu Jane.

— Como quiser.

Jane sacudiu a cabeça, depois recompôs as feições.

— Aro esperava que viéssemos aqui para ver você, Carlisle. Ele manda lembranças.

Carlisle assentiu.

— Eu agradeceria se mandasse as minhas a ele.

— Claro. — Jane sorriu. Seu rosto ficava quase perfeito quando animado. Ela olhou para um dos pilares de fumaça. — Parece que vocês fizeram o trabalho por nós hoje. Ou a maior parte dele.

Seu olhar caiu sob a recém-criada.

— Só por curiosidade profissional, quantos havia? Deixaram uma bela trilha de destruição em Seattle.

— Dezoito, incluindo esta. — respondeu Carlisle.

Os olhos de Jane se arregalaram e ela olhou o fogo novamente, parecendo reavaliar o tamanho.

Eu e Alec nos encaramos de novo.

— Dezoito? — repetiu ela, a voz insegura pela primeira vez.

— Todos novos — disse Carlisle desdenhoso. — Não tinham dom.

— Todos? — Sua voz ficou questionadora. — Então, quem foi seu criador?

— Ela se chamava Victoria. — Respondeu Edward, sem emoção.

MERCY 𑁋 EDWARD CULLEN.Onde histórias criam vida. Descubra agora