Hipnose

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•Semanas Depois•

•Petter•

Mais um dia onde eu me encontrava com ressaca, mais uma vez preocupado com
a Holly, cada dia mais fria e apática.

Ela nem ao menos veio falar comigo, não olha nos olhos de ninguém, eu ao menos sei se aquela é ela mesma.

Desço da minha caminhonete branca, e caminho em direção à entrada da cafeteira onde pego dois expressos e volto a estrada em direção à casa de Nina.

-Bom dia gatinha- Recebo um olhar mortal da morena e sorrio.

Adentramos a escola, e como bons alunos  estávamos atrasados.
Andávamos em direção à nossa primeira aula do dia.

Sem querer Nina esbarrou em alguém fazendo suas coisas caírem.

-Céus, perdeu os olhos?‐ Minha boca se abriu ao ver Holly com um olhar raivoso direcionado à Nina.

‐Holly?- Olhei pra garota que em nenhum momento encarou meus olhos.

‐Saí da minha frente!‐ Disse ríspida e passou esbarrando em mim, sua pele era fria.

‐O que eles fizeram com ela?- Nina questiona aparentemente triste e eu suspirei

-Você acredita em coisas sobrenaturais?- Perguntei e a morena me encarou estática.

‐Tá' de sacanagem né'?- Neguei com a cabeça e a garota engoliu em seco.

-Você acha que...- Franzi as sombrancelhas.

‐Olha o comportamento dela- Nina negou freneticamente.

‐Vamos pra aula Petter. Agora!- Ergui as mãos em sinal de rendição.

•Nina•

Eu não queria acreditar nisso, mas que era uma hipótese, bom... era.

Fui pra casa com essa droga de pensamento rondando minha cabeça.
Entrei em casa e encontrei a mesma vazia, fui até a cozinha pegando um pote repleto com uvas e me direcionei ao meu quarto.

Peguei meu notebook e comecei a pesquisar um monte de coisas relacionadas a essa consagração.

É um ritual antigo utilizado muitas vezes em ocasiões especiais, como casamentos forçados.

Liguei pra Petter e pedi para que viesse o mais rápido possível.

‐Caralho garota... você quer me matar?- O acastanhado adentra meu quarto de supetão enquanto respirava ofegante.

‐Holly não está enfeitiçada, ela tá' hipnotizada- Falei de uma única vez o mesmo me encarou sem entender.

-Eu meio que... dei uma 'hackeada' no sistema da igreja do Pastor Hanks- Falei e Petter arregalou os olhos.

-Cara, seu tobogã tá' brilhando- Rolei os olhos rindo.

-Foi necessário tá bom? Eu não ia achar sobre isso na internet, provavelmente é clandestino, e não foi nada muito difícil, só tive que atravessar o firewall- Respondi de forma simples.

I Don't Like GirlsOnde histórias criam vida. Descubra agora