fortieth-ninth day ☹

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Frank estava ao caminho do quarto de Gerard, aquele seria o penúltimo dia e ele estava calmo. Logo tudo isso iria passar.

No caminho, Frank encontrou a doutora Delevingne, ela conversava com Donna e, aparentemente, o avô de Gerard. Iero tentou não escutar a conversa deles, mas ele sabia que quando conversavam não era coisa boa, definitivamente.

Da última vez que isso aconteceu, Delevingne tentou fazer Donna assinar os papéis e logo a mulher apareceu com a permissão assinada. E se ela estivesse tentando fazer com que a mãe autorizasse desligar os aparelhos agora?

Frank não podia deixar isso acontecer.

O garoto se aproximou do grupo, escondendo o corpo por detrás da parede que separava o corredor com a cafeteria do hospital.

- Eu não quero fazer isso, acredite, mas você tem que pensar que é ele quem está no comando. - A voz da doutora soou um tanto quanto baixa, os suspiros pesados de Donna também podiam ser ouvidos. - Ele sempre esteve.

- O que você quer dizer com isso? - Frank pensou que fosse a voz da senhora Lee, mas era apenas a voz de Mikey.

- Que ele está controlando tudo isso, só depende dele. Se ele quiser viver, ele irá escolher isso, e se ele não quiser... Bem, ele também irá escolher. - A doutora explicou, Frank olhou para um ponto fixo da parede.

Iero optou por deixá-los sozinhos, conversando, e foi para o quarto de Gerard. Ao entrar lá, Frank nunca se sentiu tão feliz por escutar os bips dos aparelhos, nada havia mudado. Tudo estava exatamente igual e ele não sabia se agradecia ou se deixava cair em lágrimas.

Aquilo parecia não estar sendo o suficiente... Nada daquilo parecia.

As razões.

Se aquilo não era o suficiente, então o que Gerard precisava para acordar?

Frank quase podia ouvir a areia da ampulheta terminando de descer.

O Iero tinha aquela ideia de que o amor é capaz de superar tudo, de salvar tudo, mas naquele momento o amor parecia mais um fardo.

Frank sempre soube que estava prendendo Gerard, mas talvez estivesse na hora de deixá-lo partir. E é assim que nós aprendemos a lidar com a perda, porque o amor nunca morre, nunca se vai embora, nunca esmorece, desde que não o deixemos partir.

E, se Gerard quisesse partir, estava tudo bem, Frank nunca iria esquecê-lo.

Gerard mudou a vida Frank de um jeito inimaginável.

- Você mudou a vida de alguém. - Frank murmurou, mordendo o lábio inferior para distraí-lo das lágrimas que queriam descer. - Você mudou a minha vida. Talvez essa seja a razão para você viver, você ainda tem muitas vidas para mudar e não irá fazer isso se estiver morto.

Iero abaixou o olhar e deixou as lágrimas saírem com facilidade. Ele estava sendo egoísta, não podia e nem conseguia mais prender Gerard. O Way estava realmente indo embora, e Frank não tinha mais o que fazer. E enquanto o Iero contemplava isso, ele pensou no que a doutora disse.

Gerard está controlando o show. E, de repente, Frank entendeu o suspiro pesado que Donna dera antes. Ela já sabia o que estava acontecendo.

Donna Lee sabia antes de todos.

Se Gerard ficar, se Gerard viver, depende dele. Somente dele. Frank já não podia mais salvá-lo.

Mesmo que o Iero agarrasse a areia com todas as suas forças, ela continuava descendo numa sinfonia de dor.

Frank, o que está acontecendo? Por favor... Não me deixe ir! Frankie!

Eu quero que isso acabe!

Por favor, não me deixe ir...

Você prometeu! Frank!

Frankie...

****************

Todo mundo vivo? :)

Além disso, devo pedir desculpas pelo tempo que levou para a adaptação.
Meus pedidos de desculpas foram alguns toquezinhos nesses últimos caps para deixar as coisas mais interessantes :)

Apesar de que eu acho que essa desculpa só causou mais sofrimento hehe
mas enfim, relevem, muito obrigado pela paciência até aqui! xoxo

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⏰ Última atualização: Jul 09, 2021 ⏰

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