Frank estava ao caminho do quarto de Gerard, aquele seria o penúltimo dia e ele estava calmo. Logo tudo isso iria passar.
No caminho, Frank encontrou a doutora Delevingne, ela conversava com Donna e, aparentemente, o avô de Gerard. Iero tentou não escutar a conversa deles, mas ele sabia que quando conversavam não era coisa boa, definitivamente.
Da última vez que isso aconteceu, Delevingne tentou fazer Donna assinar os papéis e logo a mulher apareceu com a permissão assinada. E se ela estivesse tentando fazer com que a mãe autorizasse desligar os aparelhos agora?
Frank não podia deixar isso acontecer.
O garoto se aproximou do grupo, escondendo o corpo por detrás da parede que separava o corredor com a cafeteria do hospital.
- Eu não quero fazer isso, acredite, mas você tem que pensar que é ele quem está no comando. - A voz da doutora soou um tanto quanto baixa, os suspiros pesados de Donna também podiam ser ouvidos. - Ele sempre esteve.
- O que você quer dizer com isso? - Frank pensou que fosse a voz da senhora Lee, mas era apenas a voz de Mikey.
- Que ele está controlando tudo isso, só depende dele. Se ele quiser viver, ele irá escolher isso, e se ele não quiser... Bem, ele também irá escolher. - A doutora explicou, Frank olhou para um ponto fixo da parede.
Iero optou por deixá-los sozinhos, conversando, e foi para o quarto de Gerard. Ao entrar lá, Frank nunca se sentiu tão feliz por escutar os bips dos aparelhos, nada havia mudado. Tudo estava exatamente igual e ele não sabia se agradecia ou se deixava cair em lágrimas.
Aquilo parecia não estar sendo o suficiente... Nada daquilo parecia.
As razões.
Se aquilo não era o suficiente, então o que Gerard precisava para acordar?
Frank quase podia ouvir a areia da ampulheta terminando de descer.
O Iero tinha aquela ideia de que o amor é capaz de superar tudo, de salvar tudo, mas naquele momento o amor parecia mais um fardo.
Frank sempre soube que estava prendendo Gerard, mas talvez estivesse na hora de deixá-lo partir. E é assim que nós aprendemos a lidar com a perda, porque o amor nunca morre, nunca se vai embora, nunca esmorece, desde que não o deixemos partir.
E, se Gerard quisesse partir, estava tudo bem, Frank nunca iria esquecê-lo.
Gerard mudou a vida Frank de um jeito inimaginável.
- Você mudou a vida de alguém. - Frank murmurou, mordendo o lábio inferior para distraí-lo das lágrimas que queriam descer. - Você mudou a minha vida. Talvez essa seja a razão para você viver, você ainda tem muitas vidas para mudar e não irá fazer isso se estiver morto.
Iero abaixou o olhar e deixou as lágrimas saírem com facilidade. Ele estava sendo egoísta, não podia e nem conseguia mais prender Gerard. O Way estava realmente indo embora, e Frank não tinha mais o que fazer. E enquanto o Iero contemplava isso, ele pensou no que a doutora disse.
Gerard está controlando o show. E, de repente, Frank entendeu o suspiro pesado que Donna dera antes. Ela já sabia o que estava acontecendo.
Donna Lee sabia antes de todos.
Se Gerard ficar, se Gerard viver, depende dele. Somente dele. Frank já não podia mais salvá-lo.
Mesmo que o Iero agarrasse a areia com todas as suas forças, ela continuava descendo numa sinfonia de dor.
Frank, o que está acontecendo? Por favor... Não me deixe ir! Frankie!
Eu quero que isso acabe!
Por favor, não me deixe ir...
Você prometeu! Frank!
Frankie...
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Todo mundo vivo? :)
Além disso, devo pedir desculpas pelo tempo que levou para a adaptação.
Meus pedidos de desculpas foram alguns toquezinhos nesses últimos caps para deixar as coisas mais interessantes :)Apesar de que eu acho que essa desculpa só causou mais sofrimento hehe
mas enfim, relevem, muito obrigado pela paciência até aqui! xoxo
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50 Reasons to Live▪️Frerard
FanfictionComo Frank pôde mandar tantas notas ridículas com as mais horríveis formas de morrer apenas para chamar atenção de Gerard? Ele não sabia que tudo isso iria acontecer... Agora, Gerard está em coma e com a vida em jogo. Frank só quer que ele fique, po...