fortieth day ☹

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Mikey, Bert e Frank estavam assustados, desesperados, até mesmo Ray, que veio acompanhar Mikey, estava com medo.

Donna Lee havia assinado os papéis. Eles iriam desligar os aparelhos.

- Doutora, nós não podemos apenas... - Mikey tentou encontrar palavras certas para continuar, mas nada saiu. Ele suspirou, derrotado.

- Tia Lee... - Bert choramingou, os olhos vermelhos e inundados de lágrimas. Ele não queria que isso acontecesse.

- Me desculpem, garotos. - A mãe de Gerard pediu, chorando.


Ela não queria ter assinado, mas ver todos sofrendo e chorando era tão doloroso. Ela queria acabar com o sofrimento de todos ali e desligar os aparelhos o mais rápido iria fazer com que superassem na mesma velocidade. Donna, mais do que ninguém, sabia que era possível conviver com a dor, pois havia perdido o marido alguns anos antes.

- E-ela não... Ela não pode fazer isso... - Frank murmurou, ele não estava acreditando no que acabara de ouvir. Donna havia mesmo feito aquilo? - V-você, você não pode fazer isso, Donna.

- Eu não queria Frank, mas o que eu podia fazer?! Ele está morrendo, não há nada que você possa fazer ou eu, ou qualquer um deles! - A mulher gritou, seu coração se apertando a cada palavra dita. Estava doendo tanto.

- Frank está fazendo algo! - Donna se assustou com o grito que seu sobrinho deu - ele é o único que está fazendo algo nessa merda! Vocês não conseguem ver? Frank é o único que fica dias aqui, sem se importar com comida, bebida ou sono, ele apenas fica com Gerard. Desde o primeiro maldito dia, Frank tem dado razões para ele viver. E o que nós fizemos? - Bert olhou para todos, rindo sem humor. - Nós apenas pensamos em nós mesmos, chorando ou ficando com raiva, nos perguntando porque tudo isso está acontecendo... E esse garoto - Bert apontou para Frank, que tinha lágrimas descendo por toda sua face, molhando o suéter vermelho que usava - passou todos os dias nesse hospital, não teve um dia em que ele não estivesse presente com Gerard.


Tirando o dia que ele ficou doente, Bert pensou, mas preferiu deixar isso fora.

- Então, tia Donna, se for falar que não somos capazes de fazer algo, se refira a mim, Mikey e Ray, mas nunca ouse falar de Frank. - O moreno direcionou seu olhar para Frank, que sorriu caloroso. - Ontem, depois de sair do hospital, Frank me procurou. Eu estava com tanta raiva e precisava ficar sozinho, mas ele apenas me disse "você é o mais forte entre nós, Bert".

- Ele está errado, não é? - Ray, que até então estava calado, pronunciou-se.

- Sim - Bert sorriu. - Você, Frank, é o mais forte entre nós, não podemos negar.

- Os mais fortes são aqueles que desmoronam primeiro - O Iero murmurou.


Ray apertou o ombro de Frank, confortando-lhe. Não demorou muito para Frank cair em mais lágrimas, pois a doutora havia entrado no quarto, falando que estava na hora. Na hora de desligar os aparelhos. Donna parecia tão pensativa e parecia querer falar algo, mas ela não fez nada. Até aquele momento.

- Nós podemos esperar mais um tempo? - A voz da mulher interrompeu a doutora, que a olhou curiosa. - Apenas dez dias.


Frank concordou rapidamente. Eles só precisam de dez dias.

A doutora parecia querer negar o pedido, mas o olhar de Frank sob a mulher a fez se questionar do porquê não esperar mais um pouco. Assim como ela havia dito, eles esperaram aquele tempo e poderiam esperar mais.


- Gerard deve estar ouvindo tudo isso... - Mikey murmurou para Ray, que assentiu triste. - Ele deve estar orgulhoso da mãe agora.

- Apenas dez dias. - A doutora avisou. - Nada além disso.


Eles realmente só precisam de dez dias. Talvez tudo isso seja em vão, mas vale a pena tentar.

Depois de falar com a doutora, Donna deixou a sala junto de Mikey e Ray, a doutora Delevingne saindo em seguida. Só restou Bert e Frank. O moreno parecia querer pedir algo, mas não sabia como fazê-lo.

- Obrigado por hoje, talvez ele já estivesse morto agora - Frank agradeceu, sorrindo triste.

- Não precisa agradecer, eu sei que fiz a coisa certa. - Bert se aproximou da cama de Gerard, olhando seu corpo. O Way estava mais magro por não ter se alimentado direito, o soro e os medicamentos que recebe não é o suficiente para deixá-lo forte. A pele também estava mais pálida e somente um tom fraco de vermelho tingia suas bochechas. Bert tomou fôlego e perguntou: - Eu posso?


Frank não havia compreendido muito bem o que ele tinha dito, mas então Bert apontou para Gerard e o moreno entendeu. Bert queria falar uma razão para Gerard viver. Frank, sem pensar duas vezes, concordou. Ele merecia aquilo mais do que ninguém.


- Eu te amo, irmão. - Bert sussurrou, sorrindo de lado. Sempre lhe fora claro que Gerard não era apenas um primo, amava-o como se fossem do exato mesmo núcleo familiar. - Mesmo que somente umas dez pessoas em você, seu idiota, ainda é uma razão para viver. Essas pessoas que estavam na sala, e Frank, se importam tanto com você... Gerard, você iria destruí-los se fosse embora. Abra seus olhos...


Frank sorriu com tal ato. Era uma ótima razão para o garoto abrir seus olhos e sorrir, mas nada aconteceu. O que o Iero queria? Que Gerard apenas abrisse os seus olhos? Bem, ele realmente queria isso, mas somente um sinal de que tudo iria ficar bem e ele ficaria calmo. Entretanto, agora pensando com calma, Gerard tem apenas dez dias para acordar.

Eu também te amo, irmão.

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Back from the dead amigos. Mil perdões pelo sofrimento que fiz vocês passarem-----

Como pedido de desculpas, adicionei algumas coisinhas no cap de hoje para destruir um pouco o psicológico de vocês!! :))

Nada que comprometa a história, claro. Err, bom, vamos de reta final para a fic finalmente...

50 Reasons to Live▪️FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora