Mikey, Bert e Frank estavam assustados, desesperados, até mesmo Ray, que veio acompanhar Mikey, estava com medo.
Donna Lee havia assinado os papéis. Eles iriam desligar os aparelhos.
- Doutora, nós não podemos apenas... - Mikey tentou encontrar palavras certas para continuar, mas nada saiu. Ele suspirou, derrotado.
- Tia Lee... - Bert choramingou, os olhos vermelhos e inundados de lágrimas. Ele não queria que isso acontecesse.
- Me desculpem, garotos. - A mãe de Gerard pediu, chorando.
Ela não queria ter assinado, mas ver todos sofrendo e chorando era tão doloroso. Ela queria acabar com o sofrimento de todos ali e desligar os aparelhos o mais rápido iria fazer com que superassem na mesma velocidade. Donna, mais do que ninguém, sabia que era possível conviver com a dor, pois havia perdido o marido alguns anos antes.
- E-ela não... Ela não pode fazer isso... - Frank murmurou, ele não estava acreditando no que acabara de ouvir. Donna havia mesmo feito aquilo? - V-você, você não pode fazer isso, Donna.
- Eu não queria Frank, mas o que eu podia fazer?! Ele está morrendo, não há nada que você possa fazer ou eu, ou qualquer um deles! - A mulher gritou, seu coração se apertando a cada palavra dita. Estava doendo tanto.
- Frank está fazendo algo! - Donna se assustou com o grito que seu sobrinho deu - ele é o único que está fazendo algo nessa merda! Vocês não conseguem ver? Frank é o único que fica dias aqui, sem se importar com comida, bebida ou sono, ele apenas fica com Gerard. Desde o primeiro maldito dia, Frank tem dado razões para ele viver. E o que nós fizemos? - Bert olhou para todos, rindo sem humor. - Nós apenas pensamos em nós mesmos, chorando ou ficando com raiva, nos perguntando porque tudo isso está acontecendo... E esse garoto - Bert apontou para Frank, que tinha lágrimas descendo por toda sua face, molhando o suéter vermelho que usava - passou todos os dias nesse hospital, não teve um dia em que ele não estivesse presente com Gerard.
Tirando o dia que ele ficou doente, Bert pensou, mas preferiu deixar isso fora.
- Então, tia Donna, se for falar que não somos capazes de fazer algo, se refira a mim, Mikey e Ray, mas nunca ouse falar de Frank. - O moreno direcionou seu olhar para Frank, que sorriu caloroso. - Ontem, depois de sair do hospital, Frank me procurou. Eu estava com tanta raiva e precisava ficar sozinho, mas ele apenas me disse "você é o mais forte entre nós, Bert".
- Ele está errado, não é? - Ray, que até então estava calado, pronunciou-se.
- Sim - Bert sorriu. - Você, Frank, é o mais forte entre nós, não podemos negar.
- Os mais fortes são aqueles que desmoronam primeiro - O Iero murmurou.
Ray apertou o ombro de Frank, confortando-lhe. Não demorou muito para Frank cair em mais lágrimas, pois a doutora havia entrado no quarto, falando que estava na hora. Na hora de desligar os aparelhos. Donna parecia tão pensativa e parecia querer falar algo, mas ela não fez nada. Até aquele momento.
- Nós podemos esperar mais um tempo? - A voz da mulher interrompeu a doutora, que a olhou curiosa. - Apenas dez dias.
Frank concordou rapidamente. Eles só precisam de dez dias.
A doutora parecia querer negar o pedido, mas o olhar de Frank sob a mulher a fez se questionar do porquê não esperar mais um pouco. Assim como ela havia dito, eles esperaram aquele tempo e poderiam esperar mais.
- Gerard deve estar ouvindo tudo isso... - Mikey murmurou para Ray, que assentiu triste. - Ele deve estar orgulhoso da mãe agora.
- Apenas dez dias. - A doutora avisou. - Nada além disso.
Eles realmente só precisam de dez dias. Talvez tudo isso seja em vão, mas vale a pena tentar.
Depois de falar com a doutora, Donna deixou a sala junto de Mikey e Ray, a doutora Delevingne saindo em seguida. Só restou Bert e Frank. O moreno parecia querer pedir algo, mas não sabia como fazê-lo.
- Obrigado por hoje, talvez ele já estivesse morto agora - Frank agradeceu, sorrindo triste.
- Não precisa agradecer, eu sei que fiz a coisa certa. - Bert se aproximou da cama de Gerard, olhando seu corpo. O Way estava mais magro por não ter se alimentado direito, o soro e os medicamentos que recebe não é o suficiente para deixá-lo forte. A pele também estava mais pálida e somente um tom fraco de vermelho tingia suas bochechas. Bert tomou fôlego e perguntou: - Eu posso?
Frank não havia compreendido muito bem o que ele tinha dito, mas então Bert apontou para Gerard e o moreno entendeu. Bert queria falar uma razão para Gerard viver. Frank, sem pensar duas vezes, concordou. Ele merecia aquilo mais do que ninguém.
- Eu te amo, irmão. - Bert sussurrou, sorrindo de lado. Sempre lhe fora claro que Gerard não era apenas um primo, amava-o como se fossem do exato mesmo núcleo familiar. - Mesmo que somente umas dez pessoas em você, seu idiota, ainda é uma razão para viver. Essas pessoas que estavam na sala, e Frank, se importam tanto com você... Gerard, você iria destruí-los se fosse embora. Abra seus olhos...
Frank sorriu com tal ato. Era uma ótima razão para o garoto abrir seus olhos e sorrir, mas nada aconteceu. O que o Iero queria? Que Gerard apenas abrisse os seus olhos? Bem, ele realmente queria isso, mas somente um sinal de que tudo iria ficar bem e ele ficaria calmo. Entretanto, agora pensando com calma, Gerard tem apenas dez dias para acordar.
Eu também te amo, irmão.
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Back from the dead amigos. Mil perdões pelo sofrimento que fiz vocês passarem-----
Como pedido de desculpas, adicionei algumas coisinhas no cap de hoje para destruir um pouco o psicológico de vocês!! :))
Nada que comprometa a história, claro. Err, bom, vamos de reta final para a fic finalmente...
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50 Reasons to Live▪️Frerard
FanfictionComo Frank pôde mandar tantas notas ridículas com as mais horríveis formas de morrer apenas para chamar atenção de Gerard? Ele não sabia que tudo isso iria acontecer... Agora, Gerard está em coma e com a vida em jogo. Frank só quer que ele fique, po...