50 Reasons to Live▪️Frerard

thirtieth day ☹

— E-eu sinto muito… — Frank não reconheceu a voz por detrás da porta, ele girou a maçaneta devagar. — Me desculpe ter ficado esses dias sem visitar você, eu apenas… Frank?!

— Hum, Ray, desculpe… — Frank sorriu envergonhado por ter atrapalhado Ray em um momento pessoal com Gerard. — Eu… Vou ficar lá fora e espero você sair…

— Não! Pode ficar… — O garoto limpou as lágrimas que insistiam em cair. — Eu já estava de saída.
Ray se levantou da poltrona e pegou o material escolar que deixara na cadeira vazia, indo em direção à porta. Frank pigarreou.

— É fácil chorar quando alguém que você ama pode lhe deixar ou morrer, não é? — Iero baixou a cabeça, as bochechas em um tom de rosa por ter deixado as palavras fluírem tão fácil. Ray parou em sua frente, surpreso pela frase. — Me desculpe, eu não…

— É fácil? — Ray perguntou, rude. — Me diga você, Frank, não foi você quem o deixou assim? — Então foi a vez de Frank ficar surpreso.
— Eu não-
— Você quem mandou as notas, foi você quem o deixou assim. Parabéns, espero que consiga viver quando souber da morte dele! — O mais alto empurrou Frank contra a porta, fazendo-o arfar pela dor que causou.

— Ele não vai morrer! — Frank revidou o empurrão, surpreendendo Ray. — Será que sou só eu que acredito nisso?! Ele não vai morrer, mas que droga! Ele está vivo, está se recuperando aos poucos, ele pode nos ouvir, ele pode nos ver, ele pode acordar a qualquer momento! — As lágrimas já caíam sem piedade alguma, a voz abaixando aos poucos, e os soluços apenas aumentando. Ray se sentiu um pouco culpado, não sabia que Frank se importava tanto com Gerard.

Ray não sabia de muita coisa.
— Frank…
— Eu sei o que eu fiz e me arrependo disso! — Frank gritou a plenos pulmões. — Você acha que tem um dia desde o acidente em que eu não me culpe? Pois eu me culpo! Deus, como eu me culpo! Eu sei o que eu fiz, sei o que isso causou e sei como isso está me destruindo. Eu amo Gerard tanto, tanto… Eu não queria que isso acontecesse… — Frank fechou os olhos e se permitiu cair de joelhos no chão, chorando.

Ray não sabia o que fazer, todos os dias em que ficava em casa lamentando pela perda do melhor amigo e único amigo que tinha, ele só pensava em formas de pedir perdão para Gerard por seu afastamento. Ele nunca imaginou que teria Frank, até então o culpado de tudo isso, ajoelhado na sua frente e chorando como uma criança.
— Eu sei que e-eu não sou a melhor pessoa… E que… — Ele fungou baixinho. — Eu causei tudo isso mas… Eu sei exatamente o que eu posso dá-lo. — Frank olhou para Ray, que sentou em sua frente e, meio hesitante, tocou em seu braço. — Eu sei que você pensa que causei isso, de certa forma você está certo, mas eu quero que você acredite que se ele sair vivo, eu prometo que ele sempre vai acordar e dormir sabendo que vou supreendê-lo com pequenos presentes, eu prometo que vou sempre dizer a ele o quanto ele significa para mim, todos os dias. Eu prometo que vou tratá-lo, sua família e amigos, com o maior respeito. Eu prometo que vou sempre estar lá para ele para conversar, não importa o que é ou o quanto dói. Eu não sou perfeito, nem nunca vou ser, mas eu prometo a você que eu posso dar a ele tudo o que ele merece. Eu o amo e eu vou fazer isso direito. — Frank suspirou ao que terminou de falar. — Eu sei que você pensa que por esse erro eu não devo ficar com Gerard, mas é ele quem deve escolher. Eu sei que sua opinião conta como uma grande coisa, porque você é o único amigo dele, mas… Desde o dia do acidente eu tenho estado aqui, com ele e para ele.

— Talvez, — Ray começou depois de ingerir as palavras de Frank — esse seja o motivo pela qual ele ainda esteja vivo. Ter alguém para ficar com você nos momentos difíceis.

*******
Publicando escondido na aula pq esqueci de publicar no final de semana :)
Se tiver algum momento livre vou postar a one-shot frerard tbm, no máximo até domingo :p (semana tá apertada meus amigos)