seventeenth day ☹

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Gerard recebia os cuidados da doutora Delevingne quando Frank entrou no quarto, a feição dela era serena, mas quando os olhares se conectaram, ele estremeceu. 

Aconteceu algo com Gerard enquanto ele esteve fora? 

— Eu sei o que está pensando, — a mulher de cabelos castanhos começou. — Mas não precisa ficar nervoso ou desesperado, não aconteceu nada. Eu só estou checando os sinais vitais dele, desde o primeiro dia aqui tudo o que fez foi diminuir. — Ele explicava tudo, mas não tinha como Frank não ficar nervoso. Os sinais só diminuíam! 

— Mas ele está bem, não está? —   Frank perguntou, o coração já ficando apertado pensando que poderia perder Gerard a qualquer momento. Gerard nem havia sido seu ainda! — Ele tem previsão pra acordar ou...?

— Ele está parcialmente bem, e não tem como saber quando e se ele irá acordar, Frank . — A doutora Delevingne confessou, sentindo pena do olhar caído de Frank com tais palavras — Nós estamos fazendo o possível, mas, acordar ou não, isso já depende dele.

Frank assentiu e se afastou da porta para a doutora passar, lhe deixando sozinho com Gerard. 

Mais um dia. Mais um maldito dia que Gerard estava dormindo. Sim, dormindo. Ele não estava em coma. Estava dormindo. Apenas isso. Frank passou pela frente da cama de hospital, observando cada detalhe da face de Gerard e como ele amava cada detalhe do garoto, desde seu maxilar até seu último cílio. Gerard é perfeito de qualquer forma. Frank estava pensando em Gerard do jeito que ele pensava antes de dormir. 

— Tenho que dizer que estou pensando em umas coisas aqui... — Frank riu baixinho — E preciso confessar que você é o único em quem eu penso antes de dormir, sério! Tipo, antes de dormir é em você quem eu penso, antes mesmo do acidente acontecer, você sabe... — A cada palavra dita era um aumento no tom de rosa nas bochechas de Frank, ele sabia que Gerard não podia respondê-lo, mas saber que podia ouvi-lo já lhe deixava envergonhado. 

Frank se inclinou na cama e seus lábios ficaram perto da orelha do de cabelos negros. 

— Eu olho para o relógio esperando chegar em 11:11 e, então, eu posso desejar você. — Frank sussurrou. — Isso é tão clichê, mas eu não me importo. E é por esse motivo que você deve acordar. Seja clichê comigo, se você não acordar, por quem eu vou desejar ou pensar antes de dormir? 

Com essas palavras, Gerard ganhou um beijo na bochecha. Frank pensou em deixar a sala, mas sentir o calor do corpo de Gerard estava melhor do que ir para casa e ter que agarrar os cobertores frios.

50 Reasons to Live▪️FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora