50 Reasons to Live▪️Frerard

sixteenth day ☹

— Tudo bem, mãe. Eu só vou falar com Gerard e depois volto pra casa... — Frank falava ao telefone quando passou pelo quarto azulado e viu uma bagunça de cabelos negros longos sentados na poltrona branca. — Uh, eu vou desligar, já cheguei ao hospital. Tchau, mãe!

Sem esperar resposta, ele desligou. Frank entrou no quarto e soltou um suspiro longo ao sentir o cheiro de comida japonesa ali.

— Frank! — Bert falou animado, deixando o pacote de comida japonesa na mesinha e se levantando para falar com o moreno. — Achei que não fosse vir hoje, já estava preocupado. 

— Eu venho todos os dias... — Confessou, sentindo suas bochechas atingirem um rosa escuro. Ninguém, além da doutora, sabia sobre a rotina de Frank naquele hospital, nem mesmo Donna. Todos pensavam que Frank só o visitava durante os fins de semana. Bert sorriu sincero para Iero, que apenas se aproximou da cama de Gerard. — Mas o que você está fazendo aqui com... sashimi? 

— Cara, isso é muito gostoso! — Disse, gesticulando com as mãos. — é uma comida estranha, mas eu gostei. Acho que todos devem provar comidas loucas antes de morrer... 

Frank olhou para Gerard, um sorriso crescendo em seus lábios ao já ter criado uma razão para ele viver mais um dia.

Talvez Gerard não tenha provado comida japonesa ou alguma comida louca, e Frank quer que ele viva o bastante para isso. Poder comer o que quiser e se lambuzar com o que tiver, como uma criança que está aprendendo a comer sozinha. Ele já podia ver ele e Gerard sentados no chão da sala enquanto rodava algum filme de comédia na TV. Eles rindo e se melando com o óleo da comida, logo em seguida, Frank limpando o canto da boca de Gerard. Mas ao contrário de Way, Frank ia limpar com beijos.
— Comida louca... — Frank falou pensativo, olhando para Bert que já tinha o pote na mão novamente. Ele sabia o que Frank iria falar então apenas assentiu minimamente. — Acho que isso é uma boa razão, certo? 

— Gerard ainda não provou da culinária japonesa. — Bert murmurou — Ele ainda não foi ao paraíso. 

— Bem, eu espero que sim... 

— VOCÊ ENTENDEU ERRADO, SEU IDIOTA! — Bert gritou, empurrando Frank na brincadeira. 

Apesar dos gritos desnecessários e frases de duplo sentido, Frank e Bert ficaram ali, conversando e se divertindo. Frank sabia que, onde quer que a mente e alma de Gerard esteja, ele estava escutando tudo e provavelmente orgulhoso. Porque era uma das raras vezes em que Frank não chorava ao visitar Way.