50 Reasons to Live▪️Frerard

fourth day ☹

Frank entrou no quarto que frequentava há quatro dias, e toda vez que visitava Gerard sua mente sempre fazia questão de lembrá-lo do maldito acidente e fazendo o garoto se culpar mais do que tudo.

Havia uma enfermeira no quarto, trocando o soro do garoto e dando um sorriso mínimo para Frank , e assim ela deixou o quarto. Agora só era Frank, Gerard e o barulho dos aparelhos.

— Eu passei no Starbucks hoje, pois não tinha comida em casa... — Frank começou, colocando as sacolas em cima da pequena mesa que tinha no canto do quarto. — Minha mãe disse que eu deveria comer algo, já que não faço isso desde... Bem, você sabe. Eu já estava com fortes dores de cabeça e meu estômago implorava por algo.

Iero tirou o copo com café de dentro da sacola e abriu a tampa, deixando o cheiro entrar em suas narinas e fazê-lo salivar por aquilo. Oh, como ele ama um bom café quente...

— Eu realmente amo cafés, os meus favoritos são aqueles bem quentes. — Frank se sentou na poltrona posicionada ao lado da cama de Gerard, e ele soube que Bert havia passado lá, pois o lugar original da poltrona era ao lado da janela e somente Bert a colocava ao lado da cama de Gerard. — E os seus também. A janela da sua cozinha fica de frente pra minha, eu sempre prestava atenção em você esquentando água no fogão.

Frank pausou por uns segundos para dar um gole em seu líquido. O café quente e amargo descendo por sua garganta o fazendo suspirar delicado. Ele realmente precisava daquilo.

— Uma vez você se queimou com a água... — Frank se lembrou do dia e como havia ficado preocupado com o garoto, mas não deixou de rir ao ver que ele chupava o dedo queimado e pulava pela cozinha. — Eu não vou mentir, eu ri muito com aquilo. Era engraçado o jeito que você pulava pela cozinha e seu irmão logo chegou gritando com você , acho que você explicou o motivo pelo qual estava fazendo aquilo. Ele saiu e voltou segundos depois com uma caixa de primeiros socorros. Logo em seguida, depositou um beijo em sua bochecha...

Frank encarava o copo branco em suas mãos, o vapor do líquido saindo e indo em direção ao rosto do garoto.

— Cafés  são uma boa razão pra você acordar. — Frank ainda fitava o líquido negro em suas mãos. — Então, se você acordar nós iremos tomar café juntos.

Frank esperava que, onde quer que a mente de Gerard estivesse, ele tenha aceitado a proposta.