⌜𔘓⌟ Taehyung jurou que nunca se apaixonaria. Ele sabia que era mortal e sem propósito para alguém como ele, amaldiçoado por ser bonito diante dos olhos de quem o admirava. Isso foi até que ele ouviu a música de um artista de rua em uma praça, um...
Taehyung estava sentado no jardim, aproveitando a luz do sol e um bom romance. Ele está vestido de branco da cabeça aos pés, uma camisa e calça de linho brancas, mocassins brancos e um chapéu branco com um pequeno pedaço de lenço preso a ele, que o fazia se sentir um apicultor, mas junto com o lenço que ele tinha por baixo, ambos protegeram seu rosto para que ele pudesse se sentar ao ar livre.
Alguns funcionários da mansão estavam colocando uma mesa de chá cheia de delícias. Variedade de sanduíches sem casca cortada perfeitamente, medida em centímetros, crostinis com morangos balsâmicos e queijo ricota, figos recheados com queijo de cabra e mel, espetos de melão prosciutto, scones recém-assados com chantilly de amora, macarons de lavanda, biscoitos de açúcar de alecrim e uma bandeja cheio de morangos grandes e apetitosos. Tudo tinha que ser montado antes que sua avó saísse da mansão.
Mesmo no outono, a grama era muito verde e a vegetação continuava crescendo, as plantas cresciam nas paredes e as árvores estavam mudando de verde para tons de marrom e laranja. Taehyung se sentiu como se estivesse vivendo em uma pintura de Renoir naquele momento, pois ele nem se moveu até que sua avó estivesse na frente dele.
- Bem, boa tarde para você também. - Ela disse amargamente enquanto se sentava na frente dele.
- Olá, vó. - Ele fechou o livro e se sentou direito.
Ele estava morando com sua avó há anos, ele já sabia que uma tempestade estava chegando.
Ela estava usando um vestido de tarde simples com flores bordadas.
O chá era servido em xícaras de cristal transparente e bule do mesmo material que tornava visível a flor que desabrochava dentro da água quente. Assim que ela se sentou e o chá estava na mesa, os funcionários desapareceram, deixando-os sozinhos.
- Eu sei o que você vai dizer. - Ele disse enquanto tirava o lenço e o chapéu.
- Então? - Ela pegou um biscoito da bandeja.
- Você está com raiva de mim porque eu voltei tarde na noite passada.
- Eu estou? - Ela ergueu sua xícara com nada além de elegância. - Por que eu ficaria brava? Você é um adulto e tem sua liberdade, pode muito bem tomar as suas próprias decisões.
Ouvir suas próprias palavras em sua boca não foi tão recompensador quanto ele esperava que fosse. Ele pegou um morango e colocou na boca para evitar falar mastigando bem devagar.
