Capítulo 14: Prazer e Luxúria no último salão.

9 0 0
                                    

— Melhor agora minha princesa?

— Sim, oh sim, eu te tenho há séculos e juro que jamais me acostumarei com teu sabor, és divino!

Eron apenas sorriu e continuou a afagar os fios rubros de sua amante.

— Veja, não está sendo fácil para eles, mas eles estão indo bem.

Ariadne se ajeitou no divã, ainda nua nos braços de seu deus. O deus da sedução criou uma projeção que os permitia ver em tempo real os acontecimentos no salão da luxúria.

— Olha só Eron, escorpião está a um passo de aquário. Isso vai ser divertido.

— Sim vai, não é à toa que esse é meu salão favorito.

No salão da luxúria

Milo tocava e era tocado por muitas mãos, a angústia de não poder se orientar por nada, além de seu tato, torturava o impulsivo escorpiano que mal conseguia sair do lugar. Desejava desesperadamente encontrar logo Dégel, mas ao mesmo tempo sua imaginação fervilhava com o pleno conhecimento do que precisava fazer para sair do Salão da Luxúria, sua moral o recriminava por excitasse com a ideia. Pois apesar de possuir o mestre de seu namorado ser a concretização de uma de suas mais íntimas fantasias, trair Camus não era uma coisa que o escorpiano REALMENTE desejasse fazer.

Mais um passo para frente e sua pele arrepiou-se totalmente ao entrar em contato com uma outra pele extremamente macia e gélida. Com extrema agilidade ele segurou a outra pessoa e eliminou as distâncias para poder melhor tatear aquele que lhe chamou a atenção. Foi então que ele sentiu, a maciez inigualável da cútis fria, apalpando percebeu as formas esguias e bem moldadas dos braços e torso e a textura sublime dos fios perfeitamente lisos a altura da linha da cintura, subindo um pouco mais explorou o rosto delicado, os lábios finos e o narizinho arrebitado, as sobrancelhas bifurcadas e farta franja deram a certeza que enfim ele havia encontrado o que procurava. Se não tivesse certeza que adentra àquele lugar com Dégel, teria a plena convicção que estava diante de seu amado Camus.

Já para o aquariano, as mãos firmes e quentes eram como um bálsamo para sua pele já tão explorada por estranhos. Ele se deixou explorar por um instante, mas logo também quis explorar o corpo a sua frente, imediatamente levou as mão ao rosto do outro e pode perceber as feições angulosas, os lábios grossos, a sobrancelha bem feita, os fartos cabelos cacheados que paravam no meio das costas, o abdômen definido, o quadril estreito e coxas grossas e um bumbum firme e redondo. Ele sorriu, eram coincidências demais, os cavaleiros de escorpião eram de fato parecidos em tudo.

A poucos metros dali, Kardia tocava sem muita paciência os corpos a sua frente, já estava deveras irritado com aquilo, por onde andaria o outro cubo de gelo? Precisava encontrar Camus, mas não estava sendo fácil!

Na ânsia de se livrar de tantas asquerosas mãos, ele empurrou alguns e apressou-se a caminhar para frente quando alguém esbarrou nele o fazendo tropeçar e cair.

— Mas que merda! — Kardia esbravejou e se irritou por não ser capaz de ouvir a própria voz, quis socar o infeliz à sua frente até ter a certeza que o deixou disforme, mas ao levar sua mão ao encontro do outro, agarrou fios extremamente lisos e sedosos.

— Ora, ora o que temos aqui?

Puxou com firmeza o outro para si pelos cabelos, levou sua mão ao rosto e conferiu com satisfação a frieza da pele, o nariz arrebitadinho, a boca macia e desenhar, as sobrancelhas de design incomum, que ele conhecia muito bem pelo fato de seu amado Dégel também possuir, e por fim levou a mão ao bumbum do outro para "ter certeza", e sim era perfeito! Tão perfeito como ele se lembrava de ter visto há dias atrás quando acordou na cama do aquariano errado. Se não soubesse que Camus era uma cópia quase perfeita de seu namorado, juraria estar apalpando a Dégel.

A Divina TrolladaOnde histórias criam vida. Descubra agora