Capítulo 18:

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O tempo sempre pareceu se dobrar as vontades extravagantes de seus deuses, e agora não seria diferente. De certa forma Ariadne se casaria quase dois séculos antes do pedido de casamento ser efetivamente feito. Mas ela escolheu se unir ao seu amor tendo como testemunhas os santos de ouro do século XVIII.

O templo de Afrodite estava adornado como na antiguidade onde era comum divindades caminhar entre os mortais. Vasos preciosos sobre as colunas de mármore, cortinas de seda pura e engates de ouro maciço e flores, muitas flores. Como cortesia de Sasha, Albafica fez crescer um enorme jardim de rosas brancas na entrada do templo, adornou com rosas toda a extensão da escadaria de mármore e ladeou os corredores, culminando por cobrir o arco que ficava na parte posterior do altar, um tapete vivo de minúsculas rosas vermelhas sem veneno ou espinhos foi cuidadosamente criado pelo santo de peixes para que a noiva caminhasse até seu futuro esposo.

Todos os cavaleiros estavam presentes. Na primeira fileira estava Athena acompanhada por Thema, Yato e Yuzuriha, Shion ao lado de seu querido Dohko, logo atrás Hasgad do acompanhado pela senhora Helena e seus filhos adotivos, e Aspros com a bela Larissa a jovem mãe de Júlia a acompanhante de Régulos.

Na terceira fileira Régulos com sua enfim namorada, Defteros que com Asmita conversava, Sísifo e El Cid que trocavam juras de amor e os gêmeos Sage e Hakurei que estavam apreensivos com tudo que aconteceu e que ainda poderia acontecer.

Do outro lado do magnífico salão, Kardia provocava Dégel o intimando a pegar o buquê para que fossem eles os próximos a jurarem amor eterno, brincadeira que só passou despercebida pelo fato que todas as atenções estavam voltadas para Manigold que adentrou o lugar de braço dado com Verônica, que não era o único servo de Hades naquela festa já que Minos, o juiz do inferno, também se encontrava no templo de Afrodite para o desespero de Albafica que ainda não havia comunicado oficialmente o fato de está conhecendo melhor o ex-inimigo. E pior, para causar ciúmes no pisciano, o albino estava acompanhado de uma belíssima mulher cuja beleza e presença esmagadora rivalizavam com a da própria deusa Afrodite.

No Altar a própria Afrodite se fazia presente para celebrar a união de seu caçula, com a filha de Baco. A deusa estava magnífica em um vestido rosado adornado de pérolas. Os longos cabelos loiros caiam soltos pelas costas, enfeitados apenas por pequenas flores. A sua frente Eron vestido com uma simples túnica grega branca, uma coroa de flores de puro ouro que adornavam a cabeça, não precisava de mais nada, pois além de ser um dos mais belos deuses, senão o mais belo estava radiante já que se casaria com o amor de sua vida imortal.

Quando as ninfas começaram a tocar suas flautas, todos os olhos se voltaram para o arco de mármore que delimita a entrada e por onde passou o próprio deus do vinho e do prazer trazendo consigo a mais radiante das deusas.

Ariadne vestia um vestido grego branco e fluído, com enormes fendas frontais. Os cabelos vermelhos estavam parcialmente presos por uma divina tiara de pérolas e flores naturais. Mesmo sem qualquer maquiagem a jovem deusa estava belíssima, não havia uma só nódoa em sua pele de porcelana, e seus lábios naturalmente rosados estavam adornados pelo mais encantador dos sorrisos.

O sorriso se ampliou no rosto de Eron quando enfim avistou sua noiva pisando com os pés descalços o impecável tapete de flores. Eufórico se apressou em recebê-la a encontrando na metade do caminho.

— Cuide bem dela, ela é minha menina, sempre será! Se magoá-la desta vez terá um deus fúria em teu encalço. Amaldiçoar-te-ei e nunca mais terá prazer, se é que me entende. — Baco falou impressionantemente sério quase em um sussurro para o genro.

— Pai! — A ruivinha intercedeu pelo amado.

— Eu tenho poder para isso, tu sabes. Deveria ficar feliz, eu duvido que ele ouse te trair novamente.

A Divina TrolladaOnde histórias criam vida. Descubra agora