Capítulo 17: Você de novo?

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Santuário século XVIII

Dohko despertou e rapidamente puxou o cobertor na ânsia de ver se seu carneirinho hemoso estava ao seu lado e com extrema satisfação contemplou os longos e revoltosos cabelos esverdeados espalhados pelo seu travesseiro. Afoito e cheio de vontade, partiu para cima de seu homem beijando com urgência, se insinuando entre as coxas alvas desejoso de enfim saciar sua fome naquela carne firme e cálida. Shion acordou assustado diante da investida do amante, mas tão logo a percepção de estar de volta a sua casa e no seu tempo atingiu sua mente, ele se alegrou e prontamente passou a corresponder o beijo ardente do seu tigre das montanhas dando início assim a uma manhã de amor e luxúria na casa de Áries.

Há duzentos anos dali, essa cena se repetia com um fogoso ariano que beijava com desejo e possessividade os lábios de seu virginiano. Shaka ainda estava arredio e envergonhado por ter beijado outro alguém, mas como fugir dos carinhos constantes e certeiros de Mu? Lembrou-se das palavras de Shion e o ciúme involuntário invadiu seu peito, então decidiu que daria a Mu a melhor manhã de sua vida para que o ariano não tivesse nem como pensar no beijo que o trouxe para casa. E pensando assim inverteu as posições e passou a atacar o pescoço e as orelhas de Mu sussurrando com voz propositalmente provocativa:

— Hoje não meu amado, hoje você será meu!

A manhã começou extremamente quente em Áries.

Na casa de touro Aldebaran acordou sozinho e confuso, a sensação de ter beijado o belo Albafica de peixes ainda estava vívida em seus lábios, porém ele sabia que era loucura aquilo. Bem ele não era gay, era uma das poucas exceções no Santuário, riu pensando que ali ele era a minoria, pois dos dourados apenas ele e Aiolia eram "assumidamente heteros". Passou na cozinha, fez uma cesta de lanches e foi para o campo, respirar ar puro seria bom.

No caminho passou pelo cemitério dos guerreiros e lá se deparou com uma imagem que o deixou atordoado.

Desde a morte de seu discípulo Cassios, Shina de Ofiúco ia regularmente à sepultura de seu pupilo para lamentar e refletir sobre suas atitudes. Bem era verdade que todos haviam sido ressuscitados, Cassios também estava de volta a vida, porém a ariana não perdeu o hábito de visitar a sepultura vazia, ainda era seu lugar para pensar. Imersa em seus pensamentos, Shina não percebeu a aproximação do gigante de touro, e quando o percebeu que era observada apressou-se em levantar e assumir posição de ataque.

— O que faz aqui?

— Estava passando, me perdoe, eu não quis lhe atrapalhar. Amazona, perdoe-me, mas eu preciso dizer que nunca em minha vida vi uma mulher mais bela.

— Sabe que quando um homem vê uma amazona sem a máscara ela tem apenas duas opções: amá-lo ou matá-lo! — ela disse sem muita convicção pensando no tanto que sofreu por amar o primeiro homem que a viu sem a máscara, e também por não cumprir seu dever com o segundo homem que a viu sem a máscara uma vez que ela não matou Aiolia de leão, mesmo o que não o amasse, sabia que ele era amado por Marin, e ainda que não fosse amiga na época, respeitava a escolha a amazonas de águia. Porém sem pensar muito atacou: — VENHA COBRA!

— Calminha amazonas. Eu não quero lutar, e caso eu quisesse não seria fácil me derrotar, afinal sou um cavaleiro de ouro — Aldebaran falou após se defender com maestria do ataque de Shina.

— Mas eu não tenho opção! Devo te matar ou te...

— Que tal me conhecer?

— O quê?

— Me conhecer. Façamos o seguinte me dê uma chance para nos conhecermos melhor e caso ainda esteja decidida a me matar, te concedo uma oportunidade de uma luta limpa entre nós dois. O que me diz?

A Divina TrolladaOnde histórias criam vida. Descubra agora