Capítulo 16: Despedida no Altar

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Os aquarianos se beijaram sofregamente, para o deleite e desespero dos escorpianos que excitados com a visão de mestre e discípulo, só perceberam o que aquele beijo sensual representava quando os seus "cubos de gelo" evaporaram diante de seus olhos.

Com os olhos vidrados na cena, tanto Kardia quanto Milo demoraram alguns segundos para processar a informação.

— Eu não acredito que aqueles traíras de um figa nos passaram a perna! — Milo dizia entre surpreso e revoltado.

— Filhos da puta! Ah, mas o Dégel me paga por essa quando eu puser as mãos naquele pescocinho ele vai ver, vai se arrepender da graça! Ah vai!

— E agora o que vamos fazer?

— Acho que não temos escolha agora, ou nos beijamos ou ficaremos aqui presos para sempre!

— Acho que não seria má ideia, só assim o Camus aprenderia a me valorizar!

— Por mais que seja tentadora a ideia de deixar o ingrato do Dégel chorar a eternidade por mim, eu não suportaria ficar sem aquela geleira aristocrática.

— Por causa do seu problema de coração?

— Não por isso, mas porque o meu coração é dele. Eu detesto admitir, mas eu não sei viver sem ele.

— É eu entendo... eu também não me imagino sem o Camus...

— Parece que sofremos da mesma maldição, escorpião: Amar alguém com coração de gelo. — Kardia riu fraco.

— Pelo menos é apenas o coração porque o resto... — Milo comentou lambendo os lábios só de imaginar quão quentes poderiam ser os cavaleiros de aquário.

Kardia não resistiu e acabou gargalhando e concordado com o colega de armadura. — Sim é verdade, para cavaleiros de gelo eles são bem fogosos, mas se contente com o seu, Milo, pois da próxima vez que eu te ver olhando para o MEU DÉGEL eu te meto as quinze agulhas de uma só vez — disse apontando sua unha escarlate para o outro cavaleiro de escorpião.

— O mesmo vale para ti, Kardia, da próxima vez que você olhar para o MEU CAMUS vai provar na pele o veneno do escorpião — Milo disse convicto deixando crescer sua unha no dedo indicador que ainda estava em riste apontado para Kardia.

Com uma velocidade assustadora, Kardia rompeu a distância e segurou com rudeza o pulso de Milo, que mal conseguiu enxergar o outro se mover até estarem a milímetros de distância.

— Ahhh — Milo gemeu pelo susto e pela dor.

— Eu vou te ensinar a nunca mais me ameaçar — Kardia falou com um olhar psicopático que fez Milo temer ainda que por um ínfimo instante, tomou o dedo apontado e sensualmente o pôs na boca lambendo de forma despudorada deixando Milo completamente desconcertado. A distância entre os corpos foi zerada ao ponto de ambos poderem sentir plenamente as formas do corpo do outro. — Pensando bem, não vai ser tão ruim assim — disse apalpando as fartas nádegas de Milo.

— Eu ainda prefiro um corpo menos musculoso! Mas se é o que tem pra hoje... — Enlaçou o pescoço de Kardia que era exatamente da mesma altura que ele, e segurando os cabelos o tomou para se em um beijo luxuriante.

Lutavam a cada milésimo de segundo pela dominância do ato, as línguas travavam uma verdadeira batalha erótica na boca de Kardia que imprimia mais vigor na pegada deixando Milo completamente excitado assim como ele próprio, e quando começavam a desfrutar do prazer, seus corpos brilhavam intensamente e eles desapareceram deixando para trás o imponente altar do deus do vinho e do prazer.

A Divina TrolladaOnde histórias criam vida. Descubra agora