Capítulo 6: Essa não é minha deusa.

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Dégel estranhou o perfume almiscarado que emanava do homem que lhe abraçava, aquele cheiro gostoso estava longe de ser o doce aroma de Kardia...


Rapidamente o defensor do décimo primeiro templo saltou do leito com os olhos ametistas arregalados olhando fixamente para o invasor de seu leito.

— Quem és tu? Como ousas invadir o templo de aquário?

— Ah Camus, tá cedo, vem deitar vem meu gelinho — Milo falou sem abrir os olhos.

— Por acaso estás bêbado ou realmente desejas encontrar a morte? Onde está Kardia? Responda ou eu te coloco em um esquife de gelo!

— Amor eu... HOOOU!!! Quem é você? cadê meu cubinho de gelo, digo Camus de Aquário?

— Cubo de gelo? Camus de aquário? Do que estás falando?

— Do meu namorado, eu não sinto o cosmo dele em lugar algum, você se parece com ele, o que fez com Camus? Se algo acontecer a ele eu faço peneira de você, é bom começar a falar! — Milo já exibia a sua unha escarlate para Dégel.

— Agulha escarlate? Mas essa técnica pertence a Kardia!

— Claro que meu antecessor também utilizava essa técnica, os cavaleiros de escorpião sempre a usaram, não?

— Antecessor? Faz sentido... seu cosmo é quente, sua aparência é parecida, seu jeito de falar também, mas isso seria impossível! Kardia É o cavaleiro de escorpião!

— Que viagem... Em que ano você pensa que está? 1754?

— Evidente! E que ano seria por acaso?

—1997! Ora essa, ano que vem tem copa do mundo e se Atena permitir eu vou assistir aos jogos com Camus na França — dizia um escorpiano animado com a ideia de viajar com o namorado.

— Eu sinto lhe informar, mas você está em 1754!

— Vai insistir nisso? Você é Louco e ... Uma delícia...

— O QUÊ! Ora seu... — a temperatura caiu na casa de aquário.

— Eu não tenho culpa! Esse cabelo, essa pele branquinha, esse nariz empinado... Cara parece que eu tô vendo o Camus de cabelos verdes! — Milo fazia sinal de rendição com as mão. — E além do mais você tá pelado, desculpa, mas não dá pra não olhar...

— Hung! Você também está e eu não, eu não estou te comendo com os olhos!

— Eu não estou te comendo com os olhos, eu sou fiel! Poxa, coloca uma roupa, eu não sou de ferro! E você ainda não me disse seu nome, Camus verdinho.

— Dégel de aquários, você também não disse seu nome, aprendiz de Kardia.

— Dé-Dégel? Ah claro, eu sabia que já tinha te visto antes! Mas se isso é verdade, eu estou no passado?

— Hã? Como? Se você diz que "veio" de 1997, como poderia já ter me visto?

— Digamos que eu encontrei seus óculos na biblioteca de aquário. Caralho por Atena!!! Isso é loucura, mas se eu acordei na sua cama e você dormiu com meu mestre, isso significa que... EU MATO AQUELE ESCORPIÃO SE ELE TOCAR NO MEU PICOLÉ!

Um risinho cínico brotou nos lábios delineados de Dégel enquanto ele se vestia ao som das ameaças e reclamações do cavaleiro de escorpião.

— Oh... Então eu sou uma delícia? Imagino que Kardia também deve achar o SEU cubo de gelo uma delícia refrescante, já que ele se parece comigo.

A Divina TrolladaOnde histórias criam vida. Descubra agora