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Capítulo 9 - Prenda a Respiração

Recomendo que assistam ouvindo Blood // Water - grandson

Boa leitura :)

Capítulo 9

     Narrado por Draco Malfoy

Eu estava extremamente preocupado.

O lago negro é extremamente sombrio e perigoso.

E eu tenho um certo problema com os sereianos...

Por sorte eu pedi para Dobby achar algo para eu poder respirar em baixo d'água.

Ele tinha me entregado Guelricho, uma planta que me faria virar um tipo de sereia.

Eu teria uma hora, ou morreria. E isso me tranquilizou? Não.

Sereianos não são nada gentis.

Mas eu teria que pensar positivo e sair daquele lago com a maldita pedra!

Acordei por volta das nove da manhã para me preparar para a caça, tínhamos marcado às dez.

Hermione certamente iria reclamar por eu chegar "atrasado" mas eu não dou a mínima.

Desci para o Grande Salão para tomar meu café, o salão já estava parcialmente cheio pois aquela é a hora que a maioria dos alunos acordam.

Me sentei ao lado de Cho e me servi com suco de abóbora e um pão com presunto.

– Por quê sumiu esses dias? — me perguntou — Todos ficamos pensando 'o que aconteceu com os melhores corvinos do terceiro ano?'

Garotinha inxirida!

– Coisas que não são da sua conta. — Respondi seco. — Agora, se me der licença, preciso ir. — Peguei uma maçã verde e saí do salão em direção ao pátio.

Poucas pessoas ficam naquela região durante a manhã pois a maioria tem aula no primeiro horário.

Mas naquela quarta-feira apenas os grifinórios do quinto ano estavam livres.

– Malfoy! — Gritaram os gêmeos para mim que me virei para eles. — Pode vir aqui por gentileza? Acho que essa é uma informação secreta.

– O quê foi desta vez? — Perguntei entediado.

– Aquele negócio com Dumbledore ainda esta rolando? — Perguntou Fred.

– É porquê nós queríamos fazer uma pegadinha com o Roniquinho que... — completou George que foi interrompido por mim.

– Sim, "aquele negócio com Dumbledore" — fiz aspas com as mãos — ainda está rolando. E não me metam nessas pegadinhas.

Depois do pátio me dirigi para o outro lado do castelo em direção a sala de Dumbledore para encontrar meus amigos.

Chegando lá vejo Harry e Mione conversando sobre qualquer assunto paralelo.

– Draco! — disse Hermione se virando para mim. — Se atrasando de novo, você nunca aprende?

– Sem tempo para os seus sermões agora, Mione. — falei enquanto me sentava de qualquer jeito no chão.

Sempre que ela pode fica me repreendendo em tudo, chega a ser irritante.

– Eu já falei que quem chega muito cedo é ela. — Harry apontou. — Não temos culpa que ela seja extremamente adiantada.

– Você tem um ponto. — Respondi rindo.

Aqueles dias tinham sido bons para me aproximar de outras pessoas e saber que Harry já me perdoou pela cicatriz constrangedora e sem sentido na testa dele.

Depois de muitos assuntos sobre livros, comidas e matérias Ronald chegou, esperamos o relógio marcar nove e cinquenta e cinco para sairmos.

Fui em direção ao lago, sozinho. Dumbledore levou Hermione e os outros dois foram para seus locais também.

Isso é uma tarefa suicida. Dumbledore é mais louco que eu pensava...

Quando cheguei na beira do lago engoli o Guelricho e entrei na água. Quase no mesmo instante começaram a aparecer coisas estranhas em mim, como uma calda de sereia e escama de peixe nas minhas mãos e braços.

Aquilo claramente era bom, eu estava respirando.

Me abservei por alguns estantes tentando me acostumar com o ar rarefeito de baixo d'água e nadei para o fundo do lago a procura de algo brilhante parecido com um diamante.

Tinham alguns sereianos me observando, aparentemente enfeitiçados esperando que eu fizesse algo.

Quando fui para o meio das algas e me enrrolei um pouco vi algo brilhante, raios de luz coloridas vindo na minha direção: azul, vermelho, branco e verde.

Os sereianos nadaram o mais rápido que puderam na minha direção com os tridentes apontados para me furar. Como estava despreparado um deles foi mais rápido que eu e furou minha barriga.

Lancei um feitiço para afastar todos eles e nadei em direção a luz, ou a morte. Aquelo realmente poderia ser minha hora.

Já estava sentindo meu ar faltar e algumas escamas estavam desaparecendo.

Nadei mais rápido e alguns peixes se meteram na minha frente, MAS QUE DROGA!

Puxei o máximo de ar que pude e desviei dos peixes, conseguindo finalmente me aproximar da pedra.

Quando cheguei perto o brilho dela ficou muito fraco e alguma corrente de água muito forte tentou me jogar para longe, mas eu fui mais forte e resisti nadando para perto, então a toquei e senti algo me puxar.

Era a chave de um portal.

Caí em um chão familiar, dourado com alguns detalges e uma escada.

A sala de Dumbledore. Hermione estava apagada no chão com uma pedra vermelha nas mãos, como a minha, semelhante à pétala de uma flor.

Desmaiei.