Capítulo 16 - Comunal da Sonserina

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Capítulo 16

    Narrado por Harry Potter

Depois que Draco e Ronald saíram, Hermione foi para a comunal da corvinal e eu para a sonserina à procura de Pansy, porquê se tinha uma pessoa que poderia me ajudar era ela.

Quando abri a porta de entrada quase todos que estavam na festa olharam para mim. Ótimo, todos tinham visto que Draco Malfoy me beijou e eu devolvi.

Tudo que eu pude fazer foi levantar as minhas duas mãos para o alto e abaixar todos os meus dedos exceto o médio.

Pansy me viu e correu na minha direção me levando para longe de todos, pude ouvir alguns resmungos do tipo:

– Ele realmente beijou Malfoy!

– Isso é estranho.

– Pensei que ele era hétero.

Eu não ligo para opiniões alheias, mas as vezes é impossível ignorar. Quando nos afastamos de tudo e todos Pansy me abraçou muito forte, como nunca tinha feito antes.

– Obrigada. — me disse se afastando de mim. — Obrigada pelo seu plano maluco de me fazer ficar perto de Hermione. — sorri gentil — O sorrisinho falso de sempre, como você está?

– As pessoas sabem agora. — olhei para baixo e relaxei os ombros. — Eu acho que... a opinião alheia não importa até você ser arrancado do armário pelo seu inimigo de infância.

– Não falei da sua sexualidade, Harry. — falou puxando meu rosto para olhar ela. — Sobre Malfoy, como se sente?

– Eu nunca senti nada por ele.

– Mas devolveu o beijo. — revirei os olhos me afastando da garota. — Não quero te pressionar a falar sobre aquilo, quero que você fique bem sobre isso. Saiba que eu sempre vou estar aqui.

Eu nunca imaginei que Draco gostava de mim a ponto de querer me beijar. Estávamos bêbados e isso poderia ter sido algo do momento se não tivesse realmente rolado uma tensão sexual enfre nós trinta minutos atrás.

O que eu sentiria agora? Não ligo para ele, quero dizer de mim. Eu vou me sentir um lixo por poder partir o coração de alguém ou meu ego vai aumentar ao saber que meu ex-inimigo gosta de mim?

Certamente um pouco dos dois, eu sei que várias garotas e até garotos queriam estar no meu lugar, beijar Draco Malfoy não é para qualquer um.

Será que Remus e Sirius já sabem? É estranho pensar o que eles vão achar disso tudo, não que eles tenham preconceito, mas por eu não ter falado.

Eu sou um lixo!

– O professor Lupin quer falar com você, Potter. — Nott disse aparecendo rapidamente na parede ao nosso lado. Pansy olhou para mim e sorriu gentilmente.

– Eu vou lá. — respirei fundo e fui ao encontro de Lupin, ignorando todos os olhares e resmungos sobre mim enquanto passava pela comunal como se nada estivesse acontecendo.

Lupin me esperava ao lado da porta de braços cruzados. Respirei fundo novamente e parei na frente dele, esperando algo do tipo:

Você deveria ter nos contado, somos praticamente seus pais.

Mas apenas recebi um abraço forte e inesperado, fazendo eu me sentir mais leve e seguro quanto tudo isso que estava acontecendo.

– Sirius perdeu. — franzi o cenho.

– Perdeu? — perguntei me afastando.

– Ele me obrigou a apostar quando sairia do armário. Ele perdeu.

– Primeiro: eu não "saí do armário". Eu fui arrancado dele! — apontei. — E segundo: quanto apostaram?

– Cinquenta galeões. — Respondeu com um sorriso meigo.

– Apostaram cinquenta galeões sobre o momento que eu ia me assumir? — arregalei os olhos.

Claro que não tinha sido Remus que começou a aposta, o desmiolado é Sirius.

– Como souberam? — perguntei após um breve silêncio.

– Chegou aos professores, é claro, e eu informei a Sirius para notificar a derrota dele. — explicou me fazendo sorrir, meus padrinhos sempre foram o melhor casal da terra. — Agora, preciso ir para a aula, tchau garoto.

Sorri e voltei para dentro, em procura de Pansy. Refletindo como eu tinha os melhores padrinhos do mundo.

Eu me sentia seguro.

•••

Estou há uma semana distante de Draco.

Não é difícil fazer isso, mas é imaturo. Como Hermione disse: fugir dos sentimentos não é a solução dos nossos problemas. Mas quais sentimentos? Ela estava falando de Draco ou estava deduzindo que eu também gostei do beijo?

Não que eu não tenha gostado, Draco beija bem, mas eu não me sinto atraído por ele.

Naquele dia eu estava junto com Hermione e Ronald na frente da lareira na comunal da sonserina. Consegui fazer com que ninguém que os visse alí abrisse o bico para algum professor, então estávamos tranquilos sobre eu ter traficado uma corvina e um lufano para a nossa comunal.

Eu estava lendo um livro qualquer mais próximo da lareira por conta de o dia estar muito frio e eu ser extremamente sensível à isso, Ron estava ao lado de Hermione um pouco mais distante sentado em um dos sofás.

Eles estavam conversando sobre Draco e eu ignorando totalmente aquela conversa. De vez enquanto me perguntavam algumas coisas sobre mim e eu respondia de qualquer forma.

Em algum momento o fogo aumentou demais depois de Ron ter irritado Hermione e fez uma parte do meu livro ficar em chamas, aquilo foi totalmente inexplicável.

O fogo se alastrou rápido pelo livro e no momento em que ia atingir minhas mãos Hermione se levantou rápido e esticando uma de suas mãos fazendo com que o fogo parasse imediatamente.

Eu e Ron olhamos totalmente sérios para a menina que parecia tão assustada e confusa quanto nós.

– Que merda foi essa? — Perguntei me levantando e jogando o livro longe.

– E-eu... Não faço a mínima ideia... — Hermione respondeu olhando para as próprias mãos, a garota tremia totalmente assustada.

O que quer que tenha acontecido alí, foi ótimo que ninguém mais tivesse visto.

– O que nós fazemos? Falamos com Dumbledore? — Rony perguntou.

– Não. — neguei com a cabeça. — Isso não pode sair daqui, ninguém pode saber. — Hermione assentiu.

– Alô? — Ronald chamou a atenção estalando os dedos. — Ninguém? E Draco? Ele também procurou a pedra, pode estar assim também.

– Não. — Hermione disse. — Ele está muito chateado sobre o Harry, não vou preocupá-lo.

Draco está triste e eu sou o motivo, ajudou muito a minha saúde mental.

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