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Capítulo 45 - Não Brinque Com O Fogo

Capítulo 45

Narrado por Ronald Weasley
- bônus

Confesso que estava sendo insuportável ter que aguentar Harry choramingando por todos os cantos a falta que Draco fazia. Assim como tinha que aguentar Draco choramingando a falta de Harry fazia.

Estar dos dois lados da amizade é... cansativo.

E o pior? Eu entendia os dois lados e queria ajudar os dois ao mesmo tempo, mas estava dividido.

Harry tomou a decisão para salvar Draco — não sei de onde aquele idiota tirou que terminar o relacionamento iria ajudar em alguma coisa. —, e Draco achava que o único jeito deles se salvarem era estarem juntos

Então o que eu fazia? Falar com Hermione era uma péssima ideia, ela estava com tanto ódio de Harry que era capaz de colocar fogo nele, e Pansy, apesar de ser namorada de Hermione, sempre estaria ao lado de Harry.

Só me sobrou uma pessoa, a que também está dos dois lados da história do trágico término de Hogwarts.

Blaise Zabini.

Lá estava eu, um lufano andando pelos corredores de Hogwarts atrás de um único sonserino que anda em bando.

Não era um problema eu me misturar, tendo dois melhores amigos corvinos, alguns sonserinos e sendo de uma família formada na Grifinória.

Encontrei Blaise no canto de um corredor com dois colegas de casa, um reconheci por ser Theodore Nott e o outro não tenho ideia de quem seja.

– Oi Blaise, oi vocês dois. Blaise, eu... poderia falar com você? É sobre o nosso casal favorito. — ele abriu um sorriso radiante.

Nosso casal favorito era Draco e Harry, aí tinha o segundo; Pansmione, como diz Draco.

– Claro, ruivinho. Vocês dois fiquem aí, adeus. — Blaise me puxou rapidamente pelo braço para longe dos outros dois amigos.

Ele me soltou apenas quando estávamos em um dos gramados mais vazio.

Me sentei no chão e indiquei para que Blaise fizesse o mesmo.

– Eu preciso de ajuda. Você sabe que tenho que ajudar Harry e Draco com conselhos e arrumar soluções, até porque eu estou dos dois lados da história, mas não sei o que fazer. Então eu pensei...

– Que eu poderia te ajudar? — Blaise completou minha linha de raciocínio e eu assenti. — Claro, ruivinho.

Sorri gentil para ele.

Eu e Blaise conversamos pouquíssimas vezes desde a minha festa na Lufa-Lufa.

Naquele dia nos aproximamos bastante. Eu diria aproximar demais até, para quem conhecia um ao outro há uma hora.

Claro que, depois da festa, nunca rolou nada demais além de alguns olhares da parte de Blaise.

Conversamos por volta de vinte a trinta minutos sobre qualquer coisa que pudesse ajudar Draco e Harry a saírem do fundo do poço. Seguimos pelos corredores terminando a conversa quando percebi que estava na hora do treino elementar do dia.

Marquei com Harry de cinco minutos antes de subirmos ao sétimo andar iríamos no encontrar no quinto.

Blaise me acompanhou até lá, eu não recusei a gentileza, claro.

Nós andamos rindo quando terminamos de subir algumas escadas lembrando de alguns momentos que presenciamos junto com Harry e Draco.

Nosso sorriso se desmanchou por completo quando vimos Harry acompanhado.