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Capítulo 12 - Vem Aí

Capítulo 12

    Narrado por Draco Malfoy

Minha rotina estava totalmente diferente.

Não poderia esperar menos, iria demorar para tudo voltar ao normal depois de passar o último mês estudando uma pedra desaparecida.

Por exemplo: eu nunca fui de tomar muita água, mas ultimamente minha garganta estava muito seca.

Desde a procura no lago negro.

O que quer que fosse, precisava descobrir logo. E também: se eu era o único.

Hermione era a mais próxima de mim no grupo, mas não iria perguntar se ela poderia ter poderes mágicos por conta de uma pedra colorida.

Minha melhor amiga nunca iria me entender se eu fosse o único, iria correndo notificar Dumbledore ou McGonagall.

Sem contar que Hermione estuda demais e nunca descansa, não iria dar mais um problema para ela. O quê Hermione Granger precisa é de uma namorada. E de preferencia sonserina, de cabelos curtos com franja e sobrenome Parkinson.

Eu tinha a pessoa perfeita para me ajudar nisso, Ronald era meu caminho.

– Oi ron... ald. — cumprimentei chegando ao seu lado no corredor. — Preciso de uma ajuda para uma amiga nossa.

– Hermione.

– A própria. — eu disse vitorioso apontando o indicador para ele. — Ela precisa de um par romântico, ou nem tão romântico, sonserino.

– Quem é ele? — me perguntou, ainda andando.

– "Ele"? Você está louco? — falei, ele acha que ela é hétero? — Se ela ouvir que você falou isso você leva um murro, é uma garota.

– Você não está falando da Pansy, está? — Ronald parou no meio do corredor com os olhos arregalados e um sorriso no rosto.

– Estou. Por que?

Nem tive resposta, ele rapidamente me puxou para as masmorras, na procura de Harry.

– HARRIEEEEEEEEE — berrou na porta da comunal. Logo apareceu o garoto descabelado com aqueles olhos verdes e a cicatriz mau escondida pelo cabelo.

Desde quando eu me sinto atraído pelo Potter? Por Merlin, não.

Ronald puxou Harry antes que o sonserino pudesse abrir a boca, o que deu naquele garoto?

Fomos levados sem saber para onde por um garoto ruivo da família mais ???? de Hogwarts, isso é de extremo perigo.

Andando sem rumo — pelo menos da minha parte — por Hogwarts chegando no corujal.

– Pansy. Hermione. — Ronald falou para Harry com um sorriso enorme no rosto assim que paramos no final da escada.

– Não acredito! — exclamou colocando a mão na boca.

Tão gay.

– Perdão — interrompi o momento de fofoca dos amigos. —, mas alguém pode me explicar detalhadamente o que ta acontecendo? Vocês não são os únicos fofoqueiros da escola.

Eles me explicaram como a Parkinson têm tentado usar o Harry como caminho para chegar até Hermione.

Agora faz sentido, nunca foi o Harry. Sempre foi um jeito burro de conquistar a crush! Merlin, era só falar comigo, eu sou super legal na maioria do tempo.

– Que confusão, gostei dessa menina. — apontei depois do final da explicação. — Como nosso plano vai funcionar? Sem tentativas de morte, por favor.

– Tem que ser algo que as duas gostem, para se juntarem. — Ron disse

Decidimos que o melhor jeito de juntar as duas era fazendo uma festa.

Como Harry e Pansy são sonserinos — e seria mais fácil convencer sonserinos a fazerem algo — a festa seria na comunal da sonserina.

Eu e Harry cuidamos de organização e modos de fazer a festa sem mais ninguém, além das pessoas da festa, descobrirem e Ron dos convidados e comida.

Tudo iria acontecer em duas semanas. Eu odeio esperar por coisas assim, mas era necessário.

Tenho que criar um nome para esse casal! Talvez... Mionsy? Não, horrível.

Eu sou emocionado.

Até o dia da festa eu crio algo aceitável.

Fui para a comunal no final da tarde para tomar um banho relaxante, sempre gostei de aproveitar este momento do dia para relaxar.

Deixei o banheiro do meu dormitório com pouca iluminação e levemente esverdiado e coloquei uma playlist de músicas que gosto de ouvir.

Tirei minha roupa e entrei na banheira calmamente.

Minha paz durou cinco minutos, até eu ouvir Hermione bater na porta me chamando.

– Ronald quer falar com você. — explicou.

– Ta bom — imaginei que era sobre a festa. — Diga a ele que eu já vou.

Me vesti e fui até Rony que me levou para a beira do lago negro onde tinha uma árvore grande.

Lá estava Neville Longbotom, um grifinório amigo dos Weasley, com as suas plantinhas de sempre.

– Oi Neville — cumprimentei. — Plantinhas legais.

– Obrigado... — respondeu tímido.

Eu acho Neville com suas plantas muito fofinho e eu gosto de plantas.

Nos sentamos um pouco mais afastados do grifinório para podermos falar sobre os preparativos da festa.

– Então...? — puxei o assunto.

– Ah, claro. — voltou ao mundo real, Ronald sempre fica meio brisado — Quem eu posso convidar?

– Bem... a maioria dos sonserinos vão estar na festa, chame seus irmãos e pessoas que não vão nos denunciar.

– Ótimo, era isso. — assenti e me levantei para voltar ao castelo — Draco, espera.

– O que foi? — questionei interessado.

– Você ta afim do Harry, não é?

O que é pressão? A minha desceu tanto naquele momento que deixou de existir, estava tão óbvio assim?

– Não... Por quê? — respondi engolindo seco.

– Não precisa esconder isso de mim, eu só queria ter certeza, obrigado.

Assenti e saí quase correndo dalí.

Cheguei na comunal e enfiei uma almofada no meu rosto querendo esconder a vergonha que exalava no meu rosto de tão vermelho, eu sentia ele queimar.

Será que o Harry também percebeu? Eu tenho que controlar melhor os meus gay panic então.

– Oi. — ouvi uma voz suave e levantei minha cabeça, avistando Luna ao meu lado. — Você está bem?

– Oi Luna, estou bem sim. — respondi sorrindo. — Só um pouco envergonhado.

– Tudo bem... tchau.

Fiquei sozinho novamente, foi um erro? Não sei.

Luna poderia me ajudar, mas eu não iria correr o risco de ser zoado pela Ginny.

Passei alguns minutos alí e subi para o dormitório na intenção de dormir.

Tenho que controlar meus sentimentos.