Capítulo 29 - Temos Problemas

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ATENÇÃO

Esse capítulo pode causar gatilho sobre sexualidade a partir do momento em que Lucius e Narcisa vão embora, se você é sensível recomendo que não leia.

A parte que pode causar gatilho será marcada com um * em negrito.

Boa leitura :)

Capítulo 29

Narrado por Draco Malfoy

A última aula do dia estava passando da forma mais demorada possível.

Eu queria muito que o tempo passasse mais rápido quando estamos ansiosos, mas é ao contrário.

Desvantagem para o tempo.

O assunto sobre os dragões sempre foi algo me causa tédio, sim, dragões. Dragões podem ser grandes, cospem fogo, voam e outras coisas. Mas quando isso é explicado na aula se torna um saco.

– Amphitrite. — eu sussurrei baixinho para o colar, aproveitando que ninguém estava prestando atenção em nada. A fadinha saiu do colar e se materializou na minha frente. — Como eu poderia sair dessa aula?

Amphitrite ficou um tempo olhando para mim, me analisando.

– Eu não deveria fazer isso... — suspirou. — Mas é só... sair. Eu cuido do seu falso eu.

– Eu não vou tentar entender como. — respondi com uma careta. — Mas, obrigado e... você vai vir?

– Não posso ficar muito distante do colar, então, sim. — ela respondeu e eu sorri.

Me levantei da cadeira e saí.

Percebi que Amphitrite ficou mais um tempo e em seguida foi em minha direção, ninguém percebeu que eu saía.

– Vamos fazer o quê agora, Draco?

– Treino? — opinei olhando para ela com um olhar cúmplice e sorriso de canto.

– Próxima parada: Lago Negro. — respondeu saltitando.

Descemos até a margem do lago, no mesmo ponto onde eu estive quando procurei a Pedra da Aura.

Na época eu não imaginava o quê iria acontecer.

Se eu falasse para àquele Draco sobre tudo isso que está acontecendo — sobre Harry, também — ele não acredita.

– Ok... concentração, pensamentos positivos. — eu murmurei enquanto me alongava. — Vamos lá, eu consigo.

Me concentrei nas minhas emoções, pensamentos claros.

Eu não poderia negar que estava nervoso, claro que eu estava. Nunca me imaginei dominando um elemento, sempre pensei que isso fosse impossível.

Estendi minhas mãos para frente e senti meu coração acelerar um pouco as batidas, uma energia correndo pelas minhas veias e uma sensação que eu não soube distinguir.

Logo percebi as gotas de água subir fazendo movimentos em círculo. Senti meus olhos ficarem em um azul muito azul.

Movimentei minha mão direita para duas gotas se separarem e irem até o solo seco.

– Draco? — pulei de susto e deixei que as gotas caíssem na água. Me virei para a voz que estava alguns metros atrás de mim e percebi que estava tudo bem.

– Ah, Ronald, que susto. — coloquei a mão no peito tentado controlar minha respiração.

Não posso nem imaginar o que aconteceria se alguém — que não fosse dominador — me visse fazer a água voar.

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