Chamas

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Pequeno capítulo, não quis estender por que quando parei de escrever achei o ponto que parei otimo para um final de capítulo, então é isso espero que estejam gostando.. Queria a opinião de todos que estão lendo, o que precisa melhorar, quem vocês querem ver mortos, quais os personagens que eu não posso matar, enfim, digo isso por que começará a matança sem fim kkkkkkkk Boa leitura XD

Nunca havia visto noite mais escura e sombria em toda minha vida. Talvez pela situação que estávamos e a tenção que rondava por todos os lados. O carro balançava fazendo todos tremerem, disfarçando o tremor do medo. Queria que tudo acabasse com essa fuga da estação, mas pressentia que estava apenas começando nossa luta. Uma luta tenebrosa pela sobrevivência, mas uma coisa é certa: farei o impossível para todos deste carro chegarem seguros no abrigo.

Não conseguimos alcançar o carro de Torres, será que nos deixou para trás? Será que seguiram o plano sem ligar para o que teria acontecido conosco? Tento não pensar nessa possibilidade. Percebi o pânico nos olhos de Luiza que tremiam, ela tinha o dom de passar uma segurança em seus olhos, mas agora não estava conseguindo disfarçar o medo. Ela abraçava um dos joelhos e colocava seu queixo sobre ele, olhando sempre para frente, uma escuridão quer era iluminada com os faróis altos do carro. Uma iluminação relativamente ruim, pois ao lado apenas trevas nos consumia como se quisesse nos engolir.

– Será que aconteceu algo com eles? - Caroline quebrava o gelo, Léo tentava confortá-la.

– Acho que não devem ter parado na próxima estação, que aliás está perto.

– Estou com tanto medo. - Clarice murmura abraçando Léo, - está muito escuro lá fora, e escuto barulhos, sei que estão por todos os lados.

– Logo chegaremos até o local do plano, vai dar tudo certo, este carro é brindado e nada acontecerá. - Ressaltei animando a pequena, Luiza sorriu para mim.

Estávamos chegando até a estação anterior. Ceasa, estação que nos dias normais era deserta, poucas pessoas frequentava para nossa sorte, com certeza, estaria seguro passar por ela. Mas algo me chamava a atenção quando faltava poucos metros até o primeiro obstáculo uma luz forte foi avistada. Na verdade eram chamas, fogo queimando em uma altura absurda. Parei o carro quando percebi o que queimava.

Um avião de grande porte, um Boeing provavelmente da Tam destruído sobre a estação Ceasa. A estação não existia mais, eram escombros abaixo de um avião gigantesco. Olhei para todos dentro do carro, foi um choque olhar para tudo aquilo, meu Deus os desastres não terminarão? Quantas pessoas estavam abordo, agora possivelmente estão todas mortas. Luiza agarrou minha mão que estava sobre o câmbio da marcha, parecia nervosa.

– O que significa isso, olha o que está sobre nossos olhos, um avião caído? O mundo realmente está acabando.

– Esperem, tem um carro no canteiro bem próximo do avião, parece que é o Torres e os outros. - Caroline tinha razão, dei partida no carro e aproximei nosso carro para aquelas chamas que queimavam sem parar.

Realmente era horrível aquela cena, o avião estava dividido em duas partes, suas asas estavam retorcidas e caídas uma sobre o asfalto da pista e outra sobre os trilhos, tudo pegava fogo. Não conseguia enxergar direito pelo calor, mas sabia que teríamos que sair de parto do avião o quanto antes ele poderia explodir em pedaços, aquilo era uma bomba. Me alegrei um pouco em ver o carro de Torres, buzinei. Uma vez, duas vezes, três vezes...

Livro I - Nuvens de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora