Notas iniciais do capítulo
Aqui está mais um capítulo, tomará que agradem todos!
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"E da fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o poder que têm os escorpiões da terra.
Apocalipse 9:3"Passamos por entre as portas de vidro e metal da delegacia, pisando firme em um porcelanato claro e harmonioso, em frações de segundos a porta era fechada a chaves. Torres estava diante de nós, estava coberto por sangue e muito suado ofegando sua respiração, parecia ter chegado a pouco tempo. Coloquei minha mão sobre meu peito e senti uma dor forte, me apoiei a um balcão grande que ficava ao lado de cadeiras e quadros da polícia, estávamos na recepção. Nos assustamos quando a fumaça bateu entre os vidros do lugar e diante de nossos olhos alguns monstros tentavam entrar batendo violentamente nas portas, fiquei em alerta.
— Não se preocupem, essas portas foram feitas para aguentar ataques de facções, então garanto que são muito resistentes. – O PM indagou sentando no banco da recepção enquanto Luiza e Clarice me seguravam pela dor em meu corpo.
— Onde estão os outros? – Perguntei.
— Estão lá dentro, mas...
— Encontrei com Jhon, ele está morto.
— Não pude salvá-lo, eram muitos e o avião nos atrapalhou, – Torres me encarrou. – Desculpe não ter esperado vocês, quando tentamos sair do carro, Jhon foi atacado e Helena ferida no pescoço. – Arregalei meus olhos e antes de dizer algo, Clarice suspirou em lágrimas.
— Dona Helena está bem? – Torres não respondeu e já sabíamos o que aconteceu com a pobre idosa.
— Venham até a cozinha da Delegacia, podem estar com fome e sede! – Com dificuldades andei seguindo Torres, aquela repentina dor poderá aparecer pelo impacto da ambulância com o muro. Mas aquilo não importava, conseguimos chegar até o nosso destino.
Andamos por um corredor onde escritórios eram avistados com computadores, papéis e moveis destruídos e jogados por todos os lados. Parecia que uma intensa luta tinha acontecido no lugar, pois a destruição era notável. Não pude perguntar, o silêncio reinava entre as paredes sujas de sangue. Rastros de morte estavam por todos os lugares, uma trilha do líquido viscoso foi deixada ali como se corpos fossem arrastados, aquele sombrio clima me deixava pior, as dores em meu corpo até desapareciam pela tensão causada em minha mente. Entramos em uma porta onde se encontrava Maycon, Marry e um homem careca de meia idade, segurava uma bíblia em suas mãos.
— Então conseguiu Nicolas.
— Maycon é bom te ver também. – O rapaz de olhos fundos e cabelos rebeldes chegou ao meu encontro e deu a palma de sua mão para um amigável cumprimento. A menina de cabelos castanhos sorriu e abraçou Luiza, Marry estava bem, mas coberta de sangue assim como Torres.
— Fico muito feliz por estarem vivos.
— Obrigada Marry digo o mesmo. – Luiza respondeu.
— Quem é o médico? – Perguntou Torres, e não precisamos responder, Bruno deu a voz.
— Que descuido não me apresentar, me chamo Bruno, Nicolas me salvou na estação de trem.
— Prazer cara. – Conclui Torres e os outros ficaram quietos. Percebi o olhar do homem que segurava a bíblia estava em choque e chorava muito, parecia descontrolado, isolado no canto da cozinha não falara nenhuma palavra.
— Quem é o homem da bíblia? – Léo murmurou curioso como todos nós.
— Ele estava no meio da rua quando conseguimos sair dos trilhos e encontrar um carro, trouxemos junto conosco. – Parecia muito desnorteado.
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Livro I - Nuvens de Sangue
Science FictionExistem diversas teorias da existência de vida inteligente fora do nosso Planeta Terra. Teorias de diversos contextos, mas, e se realmente não estivéssemos sozinhos e nossos vizinhos não fossem tão amigáveis assim? Nicolas e seus irmãos se encontram...