Notas iniciais do capítulo
Galera devido ao grande mundo que estou criando rs. Me vi obrigado a dar um especial para vocês e mostrar como as autoridades estão agindo contra o apocalipse. A história não está sendo narrada pelo Nicolas, mas é apenas este capítulo. O próximo volta ao normal.
"Os túmulos serão fechados em breve, e os mortos descansarão."
Escutou-se uma correria generalizada de pessoas vestindo trajes de médicos ou algo do tipo. Andavam por um corredor longo e claro. Paredes lisas em um tom de branco extremo, quase camuflados por seus jalecos serem da mesma cor do lugar. Uma mulher magra, cabelos cor de ferrugem presos em um coque, seguia seria pelo corredor. Sua expressão era focada na última porta, frangia a testa deixando seus óculos redondos e pequenos caírem em seu fino nariz. Acompanhada de algumas pessoas vestindo a mesma roupa que ela, permaneciam sem se comunicarem um com o outro até a chegada sobre a grande porta, que estava sinalizada com uma placa “Apenas pessoas autorizadas”. Entraram.
Do lado interior da sala em uma espécie de cômodo de roupas especiais, cada um deles vestiu roupas adequadas para a ocasião. Como se fossem astronautas, o traje grande e espaçoso em um tom amarelado dá a possibilidade de chegarem em seu destino, uma porta com trava magnética, que pelo passar de um cartão fora aberta pela mulher ruiva. Revelando um enorme laboratório, com mais pessoas dentro.
Pessoas andando de um lado a outro dentro do laboratório. Equipadas por impenetráveis trajes de proteção, mascarás especiais anti-infectantes, luvas de plásticos e expressões de pavor nunca vistas por ninguém, pareciam preocupados. Enquanto uns usam mangueiras de gases, vidros de acrílico com líquidos e diversos microscópicos, um homem parou seu trabalho para receber os que acabaram de chegar.
— Doutora Júlia Paiva, prazer em conhecê-la pessoalmente, sou o Doutor Lúcio Tavares. Chefe da operação de desintoxicação.
— Não sabia que a situação estava tão devastadora em São Paulo, acabo de voar da Base principal na Floresta Amazônica para cá.
— Sim, se não fosse tão importante, não tiraríamos a Senhora de sua base. – Falou o homem vestido dos pés a cabeça.
— Me acompanhe até a sala de pesquisas, por favor. – Doutora Júlia e Lúcio acompanhados dos ajudantes adentraram uma parte do laboratório onde a separação era por uma parede de lona transparente. Passaram por duas barras de aço que soltara uma espécie de fumaça envolto de seus corpos, para desintoxicar qualquer coisa indesejável. Era o procedimento padrão para ter contato com o que estava naquela parte. Parecia um local de extrema violência, sangue escorria pelo chão, paredes encapadas de vidros e um homem totalmente imóvel deitado em uma maca de aço fundido no centro de tudo aquilo. Preso por correntes em seus punhos, cotovelos, cintura, joelhos, tornozelos e, por fim, sua cabeça. A boca era tapada por uma gaiola, encontrava-se inerte sobre o apertado laboratório especial que mais parecia um abatedouro.
— Interessante, nunca havia visto um deles de perto. – Júlia chegou mais perto, encarou por instante aquela coisa deitada. Seus olhos negros e sem vida tiraram o folego da doutora durona. As veias do pescoço do infectado explodiam em contato com os olhos, mostrando os dentes decrépitos para ela, mirando o seu olhar penetrante para todos da sala. Rebatia-se em um ritmo monstruoso tentando soltar-se de sua prisão, os grunhidos do casulo alienígena era horrendo e penetrou nos sentidos de qualquer um lucido presente. Júlia sentiu medo, sentiu como se o mundo parasse, pois aqueles olhos invadiram o seu consciente tirando sua estrutura. Cambaleou para o lado e se escorou em uma mesa.
— Tudo bem, Doutora? – Um dos homens acudiu, e Lúcio pegou uma seringa e exclamou para a mulher.
— A primeira vez que vi esses olhos também senti isso. – Enfiou sem prévio aviso no pescoço do infectado, que não parou de se rebater. – O sangue dele ainda está escuro e viscoso, grosso. Não é mais sangue, é um líquido alienígena.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Livro I - Nuvens de Sangue
Science FictionExistem diversas teorias da existência de vida inteligente fora do nosso Planeta Terra. Teorias de diversos contextos, mas, e se realmente não estivéssemos sozinhos e nossos vizinhos não fossem tão amigáveis assim? Nicolas e seus irmãos se encontram...