Capítulo 8: uma reafirmação necessária

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Era ruim não dizer nada, era como se não sentíssemos nada. Ele ainda não esboçava nenhuma reação, mãos dele estavam frias e ele chorava baixinho.

Abri a casa sem soltar a mão dele e já não conseguia me segurar, eu não sabia realmente o que estava acontecendo.

— Isso nunca aconteceu comigo antes, porque... Porque fez isso?
— Eu amo você, isso basta.
— Ninguém nunca lutou por mim.
— Ninguém te conhece como eu.

Ficamos abraçados um bom tempo sem dizer nada, e não era preciso. Pra nós era o bastante ouvir o coração um do outro.
Ainda sem dizer nada só focamos nos olhos um do outro e quando me dei conta nossas bocas travavam uma luta enquanto nossas mãos ávidas arrancavam a única coisa que nos afastava que eram as nossas roupas.
A voz rouca dele no meu ouvido queimava todos os meus poros.

— Espero que tenha uma cama próxima porque se não a gente vai ter que foder no chão mesmo. Ele disse quando minha cueca foi abaixada, e essa era a última peça de roupa que faltava.
— Quem liga pra cama? Respondi já me deitando no chão.
— Ei calma aí, é minha vez de ser fodido.

Antes que eu pudesse protestar ou concordar ele já havia me empurrado pro sofá. Colocando sua cabeça entre minhas pernas me deixando totalmente entregue e indefeso, de certa forma eu não queria mesmo resistir então deixei que engolisse meu pênis sem pensar duas vezes.

Era importante controlar meus espasmos ou meus gemidos, sem pestanejar ele se moveu sobre o meu corpo sentando no meu colo forçando a penetração, foi um pouco desconfortável no começo pela falta de lubrificação, mas sentir dentro dele, quente e macio era uma das melhores sensações que eu já havia sentido.

— Está tudo bem pra você? Perguntei.
— É... Essa é uma pergunta um pouco difícil de responder agora.
Ele respondeu me puxando para um beijo.
Permanecemos naquele beijo quente e intenso enquanto ele mexia os quadris lentamente e eu apertava as nádegas dele com tanta firmeza que elas adquiririam uma coloração avermelhada.

Eu perdi a noção do tempo enquanto entrava e saía dele, quanto mais fundo eu ia mais eu queria, e provavelmente parecíamos animais naquele momento, mas eu não poderia pensar em mais nada.

Da sala fomos parar no banheiro, embaixo do chuveiro com meu corpo pressionando o dele contra a parede enquanto minhas mãos envolviam o pescoço dele em um aperto leve e o barulho dos nossos corpos se chocando me deixava cada vez mais excitado e eu só percebi que havia acabado quando estávamos deitados na banheira vazia, suados e melados.

— Essa foi a melhor foda da minha vida. Ele disse ofegante
— Eu vou ter que dizer que foi a minha também. Respondi.

Tomamos  um banho demorado enquanto nos tocávamos e trocavamos beijos sem querer sair daquele lugar, sem querer que aquilo acabasse. Decidimos dormir na sala mesmo em frente a lareira e visão do lago que a grande janela de vidro nos proporcionava.

Vi pequenos flocos de neve pela manhã,  o inverno só havia começado mas a temperatura vinha caindo gradativamente nos últimos dias,  tateei o tapete onde estávamos deitados procurando por ele sem sucesso.

Ouvia da cozinha ele conversando baixinho, como se estivesse contando um segredo. Tentei ouvir mas parecia muito confuso e muito distante, eu acreditava que o fato de ele ser uma quimera dificultava a leitura das emoções dele.

— O que você tá fazendo? Perguntei chegando na cozinha se surpresa.
— Quer me matar? Ele perguntou depois de dar um pulinho com o susto que eu havia acabado de dar nele.
— Com quem você tava falando? Perguntei.
— Com ninguém, estamos sozinhos aqui. Estava repetindo a receita.
Foi quando notei a mesa que ele estava arrumando.
— Pra que tudo isso? Perguntei achando um grande exagero a quantidade de coisas que ele estava fazendo
— Cala boca e aproveita! Ele respondeu com deboche.

Confesso que era estranho acordar e ver o Théo de cueca fazendo o café da manhã, mais estranho ainda achar aquilo lindo e desejar apertar ele tanto que ele ficasse roxo.

— Porque tá me olhando assim feito bobo? Ele perguntou quando percebeu que eu estava olhando pra ele.
— Eu nunca imaginei que isso seria possível?
— Isso o que?
— Nós.
— Eu imaginei. Bom, no começo achei que fosse só tesão, mas naquele dia que você disse que não morreria por mim, que faria de isca, ali eu me apaixonei por você.
— Todo esse tempo? E nunca pensou em me dizer?
— Eu achei que não viveria o suficiente pra isso.
— Que bom que sobrevivemos então.
— É Isso é bom.

Depois de tomar café e quase transar várias vezes antes de sair, finalmente fomos pra delegacia. No caminho eu não sei quem sorria mais ele ou eu, não era nada demais passar mais uma noite juntos parecia algo banal, porém colocar tudo pra fora de uma vez e admitir todos os nossos sentimentos era libertador. E pronto, estava tudo claro, éramos um do outro.

Quando chegamos todos esperavam pela nossa chegada, apesar do perigo iminente estavam aparentemente tranquilos, tudo bem que saber quem iríamos enfrentar já era um grande avanço e contar com a ajuda de outros lobisomens poderosos também contribuía para uma jornada menos perdida do que a nossa viagem solo contra o Peter.

Eu estava tranquilo de saber que não seríamos apenas nós contra ele, quando alguns velhos conhecidos do Scott chegaram essa tranquilidade só almentava Isaac, Jackson e Ethan, pareciam fortes o bastante; logo Chris Argent, Melissa e ela, a maldita da Hayden se juntaram ao grupo e partimos de encontro ao um novo Peter, alfa e provavelmente com uma alcatéia de quimeras.

Théo e eu fomos no meu carro, no banco de trás Scott, Jackson e Ethan prestavam atenção até na nossa respiração.
— Achei que o foco aqui era deter aquele psicopata. Falei incomodado com o tanto que reparavam em nós.
— Desde quando isso tá rolando? Perguntou Scott me ignorando completamente.
— Espera, estão se pegando? Esse era o Jackson entrando na provocação.
— Se prepare meu jovem, esse cara tem energia de sobra. Completou Ethan rindo.
— Espera, vocês já? Perguntou Scott confuso.
— Foi uma única vez, um ménage só isso. Interrompeu Théo.
— Vamos deixar isso de lado, e focar no que realmente interessa.

Seguimos sem tocar mais no assunto e quando nos demos conta estávamos de frente a antiga propriedade dos Halle e uma guerra estava prestes a começar.

Foda-se A Razão ( A História De Théo E Liam)Onde histórias criam vida. Descubra agora