𝐃𝐀𝐍𝐆𝐄𝐑𝐎𝐔𝐒 𝐋𝐎𝐕𝐄, 𝘚𝘦𝘰 𝘑𝘰𝘩𝘯𝘯𝘺 [✔]

XII

O dia havia chegado em um piscar de olhos, e bem cedo eu já tinha levantada da cama para fazer minhas higienes matinais, arrumar a casa e fazer o almoço para depois seguir até o meu primeiro dia na faculdade, estava tão feliz por esse dia finalmente ter chegado, tanto que quase não abri as mensagem de Johnny ou falei com meu pai hoje mais cedo, sorte a minha que ele está de folga hoje e para completar, trouxe uma mulher para dentro do seu quarto, uma que não parava de gritar a noite toda. Ok que meu pai ainda é bem novo e pode fazer isso com quem quiser, mas pelo amor de Deus, um mínimo de respeito pela sua filha não seria pedir demais, eu pelo menos respeito o mesmo com a presença de Johnny na sua casa, será possível que ele não pode respeitar a minha ou terei que chamá-lo a atenção sobre isso? Com certeza que ele está fazendo isso para me provocar, pelo o que Johnny tinha dito naquele dia, e eu sei que meu pai fica com algo na mente é difícil de tirar, tem algo por trás desses gemidos aí, que eram insuportáveis.

Depois que me sentei no sofá, peguei o celular mais uma vez para olhar as horas, ainda eram exatamente sete e vinte da manhã e já estava tudo pronto na casa de meu pai, a comida, arrumação e tudo mais. Agora era só esperar pelo meu namorado chegar para enfim, me levar até minha faculdade que por sorte minha não ficava longe da minha casa, no máximo dez minutos daqui pra lá e a pé uns vinte minutos ou mais, não sei bem. Eu só sei que estou tão feliz por isso que não preciso de mais nada, na verdade preciso sim. Que essa cólica amenize um pouco e não me deixe de mal humor logo no primeiro dia de aula. Eu demorei muito para ser aceita na segunda chamada.

— Então meu amor, vamos que horas? — meu pai sentou-se no outro sofá mas ficou me olhando com um sorriso em seu rosto. Estranhei o fato de sua pergunta e não entendi bem também, ele sabe que hoje é meu primeiro dia de faculdade e está me chamando para sair?

— Vamos pra onde, pai? Esqueceu que hoje tenho faculdade?

— Claro que não esqueci, como posso esquecer esse dia tão importante? Eu vou te deixar na faculdade. Esqueceu disso? — ele riu fraco e rodou suas chaves em um de seus dedos.

— Na verdade pai, quem vai me levar é o Johnny. Eu não te disse isso? — vejo ele revirar seus olhos e jogar as chaves na escrivaninha.

— Pelo amor de deus, ______. — ele levantou-se do sofá e seguiu para a cozinha com uma certa raiva. Segui ele também e sentei no banco, apoiando minhas mãos no balcão em cima.

— Pai, deixe Johnny em paz, ele é um ótimo homem. Você sabe disso.

— Não é questão de ser um ótimo garoto, mas sim de está me provocando muito. Estou até arrependido de ter aceito esse namoro.

— Não seja tão ciumento pai, ele gosta muito de você.

— Gosta é? — riu debochado. — Eu digo para você que está em casa às dez horas e que horas você chega? As dez em ponto, nem mais e nem menos. Digo para não se encontrarem muito e quando ele te tirar de casa? Todos os dias. Esse garoto só pode estar brincando com a minha cara.