Harry Potter, você está morto!

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Draco se secou, vestindo a roupa de pijama extra que havia no armário do banheiro e saiu do cômodo vendo Harry usando outra peça de roupa que tinha separado para ele. Essa ficava ainda mais justa que a anterior e o sonserino se repreendeu ao perceber que encarava o Potter descaradamente.

-Acho melhor irmos logo no seu quarto pegar um par de roupas para você ou prefere fazer o contrário e levar as minhas coisas para lá?-Perguntou e o maior pareceu pensar por um tempo

-Por mim não faz tanta diferença, mas o meu quarto tem uma localização melhor-Falou e então seu rosto pareceu se iluminar, como se acabasse de ter uma idéia genial- Pensando bem é realmente melhor você ir para lá. Se quem está causando isso está pensando em você como o próximo alvo provavelmente vai atacar no seu dormitório de noite quando a guarda estiver mais baixa, então estará mais seguro no meu quarto.- Afirmou, pegando o loiro de surpresa

-É... uhmm... você está certo-Pronunciou as palavras com estranheza- Provavelmente não tentarão fazer nada comigo procurando no seu quarto, então devo estar seguro lá- Olhou para os dedos, começando a brincar nervosamente com eles.

-Depois de movermos suas coisas para o meu quarto vou lançar um feitiço para que saibamos se tentarem invadir aqui, assim perceberemos caso tentem fazer algo e quem tentou vai ficar com uma marca estampada no corpo. Talvez assim isso seja resolvido- Disse olhando fixamente para o Malfoy, que mal piscava.

Aquele era Harry? Era ele mesmo? E se fosse a Hermione com a poção Polissuco? 

O loiro franziu o cenho

-Quando você aprendeu a pensar?- O questionamento saiu antes que pudesse evitar.

-Ei! Do jeito que você fala parece até que eu não pensava antes

-O Harry Potter que eu conheci era quase uma porta que usava óculos-sorriu de lado-Acho que a convivência comigo te fez bem-Falou convencido, colocando a mão no peito enquanto fingia estar emocionado e ganhou um olhar repreendedor do maior, que logo se transformou em um sorriso de pura provocação.

-Quer dizer então que você se apaixonou por uma porta? Por que pelo o que eu me lembre só falava você começar a babar sempre que me via.

-Menos Potter, menos-Falou, se virando para tentar esconder o rubor que se espalhava insistentemente pelo rosto e pigarreou, antes de voltar a falar-Pare de enrolar e vamos levar logo as coisas para o outro quarto.

Harry riu levemente da tentativa frustrada do outro de mudar de assunto e assentiu com a cabeça. Quanto mais rápido começassem, mais cedo iriam terminar.

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   Draco foi levando tranquilamente cada planta que mantinha no quarto, tomando um cuidado especial com elas enquanto Harry levava rapidamente todo o restante. Depois de ter levado tudo, Potter teve a infeliz idéia de ajudar o ômega a levar as duas plantas que sobraram, pegando-as de uma vez só e derrubando uma sem querer. Na mesma hora já soube; estava completamente ferrado.

O vaso se espatifou em vários pedaços, deixando a terra completamente espalhada pelo chão do quarto. Malfoy olhava para a cena horrorizado.

O Sonserino fechou os olhos, pressionando-os com força enquanto fechava os punhos com raiva

-Harry Potter-A voz soou perigosamente baixa-Você está morto!

E então tudo ocorreu muito rápido, Draco veio pisando duro na direção do moreno depois de limpar o chão com um feitiço e antes que pudesse pensar direito o Alfa soltou a outra planta que segurava, deixando-a cair e se quebrar no chão. O olhar furioso do menor ficou ainda mais intenso e o grifinório soube naquele momento que se quisesse escapar com vida era melhor pensar em algo logo.

E foi assim que teve uma idéia brilhante, deu rapidamente a volta por trás do ômega e o abraçou, imobilizando-o com cuidado para não acabar o machucando sem querer.

-Por favor não me mata-Pediu, choramingando. Certeza que estaria morto depois que ele se soltasse. Tudo o que queria era viver o suficiente para que eles se casassem e tivessem seis filhos mas o menor não parecia querer colaborar.

-Você tem a sorte de eu te amar muito, Potter, porque senão você não teria a oportunidade de ver a luz do dia novamente-Bufou irritado- Me solta agora e pelo bem da sua vida é bom que me dê mais duas mudas-ameaçou

-Quantas mudas você quiser, meu amor-O maior o soltou, lançando um feitiço para limpar a bagunça e assentindo freneticamente com a cabeça enquanto continha a vontade de dar um suspiro aliviado. Quem falou que ômegas não davam medo nunca viu seu namorado com raiva.

Depois que terminaram tudo e os feitiços foram lançados no quarto que o loiro costumava ocupar, Malfoy começou a escrever a carta para o pai com o Grifinório ao seu lado, aguardando pacientemente que ele terminasse.

Teriam um longo dia e Harry torcia silenciosamente para que Lucius não aparecesse tão cedo.

Antes que o fim chegue (Drarry - Omegaverse)Onde histórias criam vida. Descubra agora