– Eu disse, – Neville diz rapidamente, olhando desesperadamente de Alecto pra mim e para Alecto de novo. – Eu disse, quando... Quando eu quebrei o vidro...
Alecto se arrasta em minha direção como um animal perseguindo sua presa. – Achei que você estivesse muito calada hoje, Princesa.
– E daí? – Eu murmuro.
– E daí? Você decidiu sentar e deixar seus amigos levarem a culpa por suas ações, foi?
– Isso não é verdade, – Neville interrompe de novo. – Ela teria saído se tivéssemos deixado...
– O que você vai fazer? – Pergunto à Alecto. – Me expulsar? Ou tentar me fazer executar a maldição Cruciatus em algumas crianças inocentes, qual você prefere?
Mortalmente perto de mim, ela sorri na minha cara, revelando dentes amarelos afiados. – Não vou mandar você para o idiota do Hagrid com o resto dos seus amigos, com certeza. – Ela zomba
– Ele não é um idiota, – Digo ofensivamente. Estou terrivelmente ciente de toda a classe na beira de seus assentos, ouvindo. – Faça o que quiser, eu não poderia me importar menos.
Alecto suspira dramaticamente. A respiração dela fede. – Eu tinha grandes esperanças para você no início do ano Young, visto como seu pai caiu...
Eu a encaro com um olhar mortal. – Não envolva meu pai nisso.
– Por que não? Porque ele sabia que trouxas são escória e você não?
– Porque ele está morto.
Alecto não vacila. Eu ouço Draco respirar fundo. – Acontece que você é tão arrogante e hipócrita quanto Longbottom aqui. – Alecto diz, gesticulando descuidadamente em direção a Neville, que cerra os punhos. – Claramente seu pai não a criou direito, Young.
– Você nem o conhecia.
– Bem, é óbvio, se você é amiga de alguém como Longbottom. Seu pai claramente errou em algum lugar. Ou tem sangue trouxa do lado de sua mãe? É isso?
– Por que isso te incomoda tanto? – Pergunto com raiva.
– Ah, eu posso apenas dizer quem tem sangue trouxa. – Alecto responde alegremente. Ela bate no lado da minha cabeça. – Afeta eles aqui em cima.
– Ah é? – Neville diz, claramente incapaz de se controlar por mais tempo. – Quanto sangue trouxa você e seu irmão tem, então?
Com um forte chicote e vários gritos de protesto, Alecto corta o ar com sua varinha, e de repente, sangue está jorrando da bochecha de Neville. Ele geme e cai para frente, apertando-o, e eu percebo que saltei, minha cadeira caiu no chão e minha varinha está na minha mão.
– O que você vai fazer, Princesa? – Alecto pergunta, o peito dela arfando. – Lutar comigo? – Ela encara Neville, com fogo nos olhos. – Saiam! – Ela grita de repente, sem nem se virar para o resto da sala. – Classe dispensada! Vão embora! Longbottom fique!
Todos se põem de pé, impacientes para deixar Alecto em sua raiva. – Está brincando? – Pergunto, empurrando as pessoas para chegar até ela. – Olhe o que você fez com ele! Ele precisa ir para a aula hospitalar.
Alecto enfia sua varinha no meu peito. – Saia, Youngm – Ela rosna. – Ou você precisará ir para a ala hospitalar.
Posso sentir os olhos de Draco em mim todo o caminho para fora da sala de aula, até chegarmos à porta e ele ser forçado a dar um passo na minha frente. Enquanto a classe sai rapidamente da pequena sala e a multidão se dispersa, ele se vira para me encarar.
– Que diabos foi isso? – Suas bochechas pálidas estão vermelhos de raiva, os nós dos dedos brancos. Quando eu só posso olhar para ele, ele continua: – Você sabe o quão cruel os Carrows são, mas ainda assim você em dar corda aos dois. Você é louca?
Eu pisco, ainda tentando registrar a explosão de Alecto. – Você... Você está bravo comigo? Voce por acaso ouviu algo que ela disse?
– Estou com raiva porque você não aguenta nenhuma crítica, porque você sempre sente necessidade de retaliar! – Ele empurra impacientemente o cabelo que caiu em seus olhos. – Se você pudesse apenas sentar e aceitar como uma pessoa normal, e não ficar tão na defensiva o tempo todo...
– Defensiva? – Eu digo incrédula. – E crítica? É assim que você chama? Aquilo foi abuso verbal lá, eu tinha todo o direito de me defender!
– Você está de colocando em perigo. – Draco diz irritadamente. – Eles não iriam encher tanto você se você não tivesse que ser tão... Tão corajosa sobre tudo.
– Ah, o que você sabe? – Digo, olhando para ele. Eu olho de volta para a porta, ansiosa para Neville sair, para saber que ele está bem. – Aposto que você é melhor amigo dos Carrows...
– Exatamente. – Draco diz, se aproximando de mim. – Eu conheço eles, e sei do que eles são capazes. Eles estavam lá naquela noite na Torre de Astronomia. Você não entende, eles são implacáveis. Eles poderiam matar você..
Eu zombo. – Ela não teria me matado lá atrás, não seja ridículo. Lembre-me por que você se importa?
Draco chega para trás imediatamente. – Eu não me importo, obviamente. Mas se seu novo namorado pudesse fazer um trabalho melhor protegendo você, eu não teria que intervir.
– Meu novo... – Eu começo. – Você quer dizer o Neville? Espera, você está com ciúmes do Neville? – O rosto de Draco cai e eu continuo: – Neville, alguém que você zombou desde litaralmente o primeiro dia! Eu não acredito, ele vai ficar tão feliz quando eu o contar...
– Não se iluda, ou Longbottom. – Ele interrompe, sua voz gelada. – É minha responsabilidade cuidar para que os Carrows fiquem aqui, e se algum idiota bagunçar tudo para mim, haverá problemas.
Minha garganta fica seca. Talvez eu estivesse errada. – Bem, eu não sou sua responsabilidade. – Eu respondo, encostando na porta de Alecto. – Então não me diga o que fazer.
Draco me encara. – Você é impossível. – Ele diz asperamente. – Ouça, seja... Young. Eu sei que deve ter sido difícil, superar a morte do seu pai. Mas você não pode descontar sua raiva em pessoas tão perigosas quanto os...
Draco vacila com a expressão no meu rosto. – Superando sua morte? – Digo devagar, incrédulamente. De repente, não tenho vontade de conter a raiva que vem se acumulando dentro de mim. – Você está falando sério? O seu pai esteve em Azkaban por um tempo, Malfoy. O que tenho certeza de que deve ter sido difícil tanto para ele quanto para você, e lamento que tenha acontecido. Meu pai está morto. Ele se foi pra sempre, e nunca o verei de novo. Eu não vou "superar" isso, Eu só vou aprender como lidar com isso. – Uma lágrima desce pela minha bochecha e eu a seco, envergonhada. – Você e eu mal nos falamos no ano passado, então não finja que sabe o que está acontecendo na minha vida. Você não sabe mais.
O rosto de Draco empalideceu completamente. – Não foi isso que quis dizer.
– Ah, sério?
– O que eu quis dizer é que, você precisa ficar longe de problemas. E parar de causá-los, também.
– E o que eu quis dizer é, pare se me dizer o que fazer.
A mandíbula de Draco está cerrada. – Você simplesmente... Você realmente não entende, não é?
Eu cruzo meus braços com força. – Não entendo o quê?
– Esquece. – Ele passa a mão pelo cabelo. – Apenas esqueça que eu disse alguma coisa.
A porta atrás de mim se abre e eu tropeço para trás, me virando para encarar Neville. O corte em sua bochecha ainda está sangrando e ele parece totalmente miserável. Pego sua mão na minha em uma tentativa inútil de consolá-lo. No momento em que me viro, Draco havia desaparecido.
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Querido Draco (Dear Draco)
Fanfiction"Fique um pouco mais." > Esta história não é minha, ela pertence a @malfoyuh. • Estou apenas traduzindo. • Versão original em inglês: "Dear Draco" (a versão original está na lista em meu perfil).