vinte e seis

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– Bem ali!

Alecto empurra minhas costas, tão forte que eu tropeço pra frente. Uso a mesa de Snape para me firmar – É, bem...

– Ela estava bem ali, debaixo de seu nariz, Severo. – Alecto interrompe, apontando para a porta de Snape. – E ela teria se safado com isso, a coisinha sorrateira, se não fosse por Longbottom...

– Longbottom tem uma tendência de salvar o dia recentemente. – Diz Snape sarcasticamente; seu tom tão impassível que quase parece que já sabia do meu envolvimento.

– Estou bem aqui. – Neville murmura ao meu lado.

– Isso mesmo, e o pirralho estava tentando se exibir sobre isso também, quando ele acidentalmente disse o nome de Young aqui...

– Certo. – Diz Snape, sem nem mesmo olhar para Alecto.

– De qualquer forma, em termos de punição, eu realmente não acho que expulsão seja a melhor opção, porque eles provavelmente adorariam ser expulsos, e com o novo decreto...

– Sem mencionar que você perderia seus alunos preferidos. – Digo, sorrindo docemente para Alecto.

– E sua melhor fonte de entretenimento. – Neville adiciona.

Alecto nos encara. – Isso, Severo, – Ela diz. – É apenas um gostinho da audácia que esses dois me mostram em aula. A maldição Cruciatus pode endireitá-los um pouco...

– Te agradeço pelo conselho maravilhoso, Alecto. – Snape diz, todas as suas palavras pingando sarcasmo. Quase rio antes de me lembrar que o odeio. – Mas esse incidente é inteiramente entre os culpados e assim, vou decidir sobre sua punição. Você pode sair.

Alecto encara Snape de boca aberta, fazendo um barulho que soa como se ela tivesse engasgado. – Mas eu vou fazer isso. – Ela diz, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Deixe-me tirá-los de suas mãos, menos trabalho para você...

– Não. – Snape diz impaciente. – Young vai se juntar a Hagrid e os outros três na floresta hoje à noite.

– Que tipo de punição é essa? – Alecto diz. – Severo, eles são amigos de Hagrid, você não sabia? De qualquer forma, quatro são muitos. Isso é praticamente uma festa.

– Está bem. – Diz Snape. Eu estreito meus olhos para ele, me perguntando por que ele não simplesmente deixa Alecto organizar uma detenção para mim. – Vou fazer Filch organizar algo para a garota. Tenho certeza que há muita limpeza a ser feita. Agora saia.

Está bem, – Alecto rosna. Eu resisto a vontade de revirar meus olhos. – Assim, eles podem simplesmente ir embora e quase não serem punidos por arrombamento, por mentir, por dar uma bronca em um professor. Na próxima vez, vou pensar duas vezes antes de trazê-los pra você!

Com um olhar furioso final para Neville e eu, Alecto sai do escritório, batendo a porta atrás dela. Snape suspira e começa a escrever algo num pedaço de pergaminho. – Você terá detenção com o Filch por uma hora às oito hoje a noite. – Ele diz, empurrando o pergaminho pra mim. – Agora saia, e leve Longbottom com você.

-

Quando chego no escritório de Filch mais tarde, ele está possivelmente com um humor pior do que o usual. Seu escritório cheira a velho e empoeirado. – Sente ali. – Ele resmunga, apontando para uma mesa de aparência desgastada no canto. – Você vai organizar algumas notas de detenção. De problemáticos irritates que nem você.

A cadeira de madeira é desconfortável e range alto quando eu sento nela. Filch me encara como se o barulho fosse culpa minha.

Há uma janela no outro canto do escritório, perto de Filch. Está quase escuro; o céu se tornou um azul-marinho profundo; mas posso apenas distinguir silhuetas de árvores espalhadas pelo terreno e uma linha de escuridão onde o início da floresta proibida as encontra. Me viro para o relógio e observo o tempo passar. Suas mãos de latão se movem tão lentamente que eles podem muito bem nem estar se movendo.

Querido Draco (Dear Draco)Onde histórias criam vida. Descubra agora