Elisabeth Fritzl

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(Caso que inspirou o filme "O quarto de Jack", inclusive recomendo que vejam)

Elisabeth Fritzl, ou Lisi, como a costumavam chamar, nasceu em
8 de abril de 1966, na Áustria.
De acordo com relatos da própria família ela sempre foi uma menina doce e que sempre estava disposta ajudar a todos. Porém, no dia 28 de agosto de 1984 (aos seus 18 anos) ela simplesmente desapareceu, sem deixar qualquer tipo de “rastro”.

A polícia até investigou por alguns dias, mas logo o seu pai, Josef Fritzl, informou aos policiais que a mesma havia mandado uma carta onde dizia não aguentar mas viver com a família, e que, supostamente poderia ter entrado para alguma ceita religiosa.

Mas mal eles sabiam que era muito pior que isso...

Ao contrário do que todos pensavam Elisabeth estava muito mais perto do que eles poderiam imaginar...

No mesmo dia de seu suposto desaparecimento, seu pai a chamou até a adega, que ficava no subsolo, para que ela o ajudasse a consertar uma porta qualquer que havia lá.
Assim que chegaram na adega, ele forçou a jovem a entrar e a deixou inconsciente com uma toalha encharcada de éter (anestésico que relaxa os músculos). Assim, todos os dias ele ia visita-la e ás vezes até dormia por lá.

E vocês devem se perguntar a posição da mulher de Josef sobre todas as suas “fugas” demoradas... E lhes respondo que a mesma nunca questionou o marido ou ficou curiosa sobre o desaparecimento de sua filha.

A carta, escrita por Lisi, informando sua fuga foi ordenada pelo seu pai, para que não houvessem mais buscas, e por isso sua mãe também não quis mas investigar, já que sua filha já havia fugido uma vez de casa, quando mais nova.

A VIDA NO PORÃO

Elisabeth passou longos 24 anos naquela adega, onde seu pai havia feito uma espécie de casa para a mesma, com uma pequena cozinha, sala com televisão, cama, banheiro e etc.
Como se não bastasse a ela já ter sido sequestrada por seu próprio pai, ainda foi estuprada pelo mesmo mais de 500 vezes nos 24 anos presa lá, gerando o resultado do nascimento de seus 7 filhos.

Josef, imaginava ser ali uma família, onde ele assistia filmes com os “filhos”, comia sua comida favorita prepara por sua “esposa”, que no caso era a sua filha.

Após muito tempo, uma de suas filhas, Kerstin, que já tinha seus 19 anos de idade, adoeceu gravemente. Desesperada, Elisabeth implorou para que a filha fosse ao médico, e Josef, de má vontade, levou a jovem ao hospital e depois fugiu a deixando sozinha.

No hospital, Kerstin foi interrogada sobre sua família. Como as respostas eram confusas e inconsistentes, a polícia resolveu reabrir o caso do desaparecimento de Elisabeth. Pressionado pela ação policial, Josef surpreendentemente resolveu libertar sua filha em 26 de abril de 2008, e ela foi imediatamente ao hospital ver Kerstin.

Naquela noite, levada sob custódia, Elisabeth contou toda sua história à polícia. Explicou que seu pai a manteve cativa por anos, obrigando- a assistir pornografia e estuprando-a em seguida. Falou sobre os filhos vivos e mortos, e sobre as torturas psicológicas e físicas que sofreu.

Josef foi preso imediatamente. As crianças foram libertadas do porão e Rosemarie Fritzl fugiu de casa por razões ainda não compreendidas. Hoje em dia, a vítima vive com os filhos em uma vila secreta na Áustria. Ela nunca concedeu entrevistas, e apesar de ter mais de 50 anos de idade, sua única fotografia conhecida foi tirada quando ela tinha 16 anos.

Josef pega prisão perpétua e diz aceitar a mesma. O mesmo foi acusado dos crimes de estupro, incesto, coação grave, privação de liberdade e homicídio por negligência (omissão de socorro) de um dos sete filhos que teve com a própria filha, Elisabeth.

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