Paulete Gebara Farah

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A pequena Paulette Gebara Farah nasceu no dia 20 de julho de 2005 em Hiuxquilucan, no México. Ela era filha do prestigiado corretor de imóveis Mauricio Gebara e da advogada Lizette Farah. Paulette era uma criança com deficiência física e também tinha um distúrbio de linguagem. Por isso, sua mãe contava com o auxílio de duas babás para cuidar dela e da irmã.

Menos de cinco anos após seu nascimento, em março de 2010, Paulette teve sua vida interrompida de uma forma muito misteriosa. Sua morte deu início a uma das investigações mais surpreendentes do México. Até hoje, o caso permanece um mistério sem solução.

Os últimos momentos de Paulette

Era 21 de março de 2010. Paulette tinha viajado a passeio com o pai e a irmã até Valle de Bravo. Enquanto isso, Lizette, sua mãe, aproveitou o momento para viajar com seu suposto amante e algumas amigas. Lizette chegou em casa antes do resto da família e, assim, ficou esperando pelas filhas para colocá-las na cama.

O momento em que chegou no apartamento foi o último em que a viram com vida.

22 de março de 2010: Onde está Paulette?

Na manhã do dia 22 de março, uma das babás de Paulette, Ericka, foi até o quarto de menina para acordá-la. Porém, quando a mulher chegou no quarto, notou que a criança não estava na cama. Assim, Ericka informou os pais imediatamente. Estes, por sua vez, começaram uma busca no apartamento e, depois, no condomínio onde moravam. Por conta de sua deficiência física, Paulette não tinha condições de ir até muito longe por conta própria. Quando perceberam que a criança não estava nem em casa e nem no condomínio, os pais de Paulette chamaram a polícia.

Pelo fato da família Gebara Farah ser muito prestigiada na cidade, a polícia começou a investigação imediatamente. Os investigadores certificaram que não haviam quaisquer vestígios de arrombamento na casa de Paulette. Além disso, todas as câmeras de segurança estavam intactas – e sem nenhum material suspeito. Ou seja, pelas câmeras de segurança, a menina nunca saiu da casa.

Dado o mistério do caso – e a riqueza da família de Paulette – o sumiço da menina se tornou a prioridade da polícia de Hiuxquilucan. O procurador-geral, Alberto Bazbaz, lançou uma força-tarefa para resolver o caso o mais rápido possível – e trazer Paulette de volta.

Ainda no dia 22, Lizette entrou em rede nacional para implorar ao suposto sequestrador de sua filha para que a devolvesse. Então, na manhã seguinte, o rosto de Paulette estava estampado em diversos lugares como transportes públicos e outdoors. O apelo da mãe também aparecia a todo instante em anúncios televisivos, no que se tornou um verdadeiro “circo midiático”, como definiu o LA Times.

A prisão da família Gebara Farah

Em 29 de março de 2010, Bazbaz, o procurador-geral, anunciou que as babás e os pais de Paulette foram presos. O motivo seria a narrativa inconsistente que alimentavam para o público e a mídia. Segundo um relatório da CNN, Lizette foi a primeira suspeita de estar por trás do crime. Isso aconteceu depois que investigadores encontraram uma gravação um tanto quanto estranha. Nela, Lizette dizia para a outra filha não admitir nada para a polícia. Em sua defesa, a mãe disse que a fala foi tirada de contexto.

A primeira sugestão da polícia foi de que, devido às condições de Paulette, a garota teria se tornado um “fardo” para a família. Muitos acreditavam, inclusive, que os tratamentos da menina eram de um gasto financeiro muito grande, por isso os pais recorreram ao assassinato como solução. Porém, esse era um argumento incompatível com a folha salarial do casal.

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