1- Rua dos Alfeneiros n°4

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*Oi pessoal, estou finalmente corrigindo os erros e a fluidez do texto pra voltar a postar, tenham paciência <3*







Dumbledore recebeu Harry nos braços e virou-se para a casa dos Dursley.

— Será que eu podia... podia me despedir dele, professor? — perguntou Hagrid.

Ele curvou a enorme cabeça descabelada para Harry e lhe deu o que deve ter sido um beijo muito áspero e peludo. Depois, sem aviso, Hagrid soltou um uivo como o de um cachorro ferido.

— Psiu! — sibilou a professora Minerva. — Você vai acordar os trouxas!

— De-des-desculpe — soluçou Hagrid, puxando um enorme lenço sujo e escondendo o rosto nele. — Mas nã-nã-não consigo suportar... Lílian e James mortos, e o coitadinho do Harry ter de viver com os trouxas...

— É muito triste, mas controle-se, Hagrid, ou vão nos descobrir — sussurrou a professora, dando uma palmadinha desajeitada no braço do gigante.

Enquanto isso, Dumbledore saltava a mureta de pedra e se dirigia à porta da frente. No entanto, o som de um estalo e um fecho de luz o fez parar e olhar para trás. Para sua surpresa, viu Severo Snape caminhando em sua direção. Snape passou por Minerva e Hagrid sem sequer olhar para eles, pulando a mureta com facilidade até alcançar o diretor, que ainda segurava o pequeno Harry em seus braços.

Dumbledore percebeu que os olhos de Snape estavam vermelhos e seu rosto, levemente inchado, especialmente ao redor dos olhos. Se não conhecesse bem o rapaz, diria que ele estivera chorando. Mas o que realmente o surpreendeu foi o pedido mudo de Snape para segurar o bebê. Hesitante, Dumbledore entregou Harry a ele.

— Eu vou ficar com ele. Eu irei criá-lo. Ninguém mais. — O tom firme e decidido fez o diretor erguer as sobrancelhas acima de seus óculos meia-lua, intrigado com a atitude de Snape diante de todas as circunstâncias.

— Não tenho certeza se isso é uma boa ideia, Severo — respondeu Dumbledore calmamente, mantendo a voz baixa para não chamar atenção.

Snape, porém, não tirava os olhos do garotinho que dormia tranquilo em seus braços, enquanto Minerva observava a cena, incrédula. Embora fosse contra deixar Harry com os Dursley, ela não achava que um ex-Comensal da Morte fosse uma alternativa melhor.

— Sinto muito em desapontá-lo, mas jamais deixaria o filho dela com Petúnia — retrucou Snape, sua voz carregada de emoção. — Ela sempre invejou e maltratou Lílian por ser bruxa. O garoto não precisa de alguém assim por perto. E, com o Lorde das Trevas destruído, não preciso mais trabalhar como espião.

Ele finalmente ergueu os olhos para encarar Dumbledore, que o observava com uma expressão difícil de decifrar — talvez carinho, talvez comoção. Era difícil dizer sob a luz fraca da lua.

— Você tem certeza disso? Ele é filho de Lílian, sim... mas também é filho de James. — Dumbledore fez uma pausa, esperando alguma reação de Snape, mas não houve nenhuma. — Quer mesmo criar o filho dela com o homem que mais detestou em sua vida?

Snape assentiu em silêncio. Dumbledore suspirou, analisando seu antigo aluno.

— Sabe, Severo... a raiva é um sentimento poderoso, mas é a culpa que nos destrói.

Houve um longo silêncio antes que Snape respondesse. Desde o dia em que pedira ajuda ao diretor para salvar Lílian, ele tinha algo em mente: redenção. Ele queria se redimir por seus erros, por todos eles. E ali estava sua chance. Ele faria isso por ela. Cuidaria do filho de Lílian como ela teria feito, se ele não tivesse contado ao Lorde das Trevas sobre a profecia. Ele faria isso por amor.

— Não estou fazendo isso porque me sinto culpado, Alvo. Estou fazendo por ela. Harry é a única coisa dela que me restou. É minha chance de me redimir. Não vou falhar com ela novamente, deixando seu filho com Petúnia para ser maltratado.

Dumbledore não disse mais nada. Embora ainda tivesse dúvidas sobre a capacidade de Snape de cuidar do garoto, decidiu dar-lhe uma chance. Apenas observaria de perto como Harry seria tratado.

Com um aceno de cabeça de Dumbledore, Snape voltou a pular a mureta com o garotinho nos braços. Ele daria o melhor de si. Faria tudo por Harry. Não permitiria que ele fosse maltratado ou negligenciado. Garantiria que Harry crescesse bem, feliz e amado, porque agora, ele era tudo que Harry tinha. Com um aceno de varinha, Snape desapareceu, deixando Dumbledore, Minerva e Hagrid para trás.

— Tem certeza de que ele será capaz de cuidar do garoto, Dumbledore? — perguntou Minerva, olhando para o diretor por cima dos óculos. — O garoto vai ser famoso. Ser criado por um ex-Comensal...

Hagrid acenou com a cabeça, concordando com a professora. Em sua opinião, Snape nunca fora confiável.

— Vamos dar essa chance a Severo, Minerva. Afinal, tudo que é feito no presente afeta o futuro por consequência... e o passado por redenção.







Bom pessoal, essa é minha primeira fanfic de Harry Potter e espero que gostem, eu planejo reescreve todos os livros, não esperem um Harry exatamente igual ao original por que afinal, esse vai ser criado pelo Morcegão kkkkk.

Esse Cap é bem curtinho, era pra ser só uma introdução mesmo, os próximos vão ser mais legais, prometo.

E sim, vai ter Drarry (wolfstar tbem) é claro ! Mas não nesse primeiro livros por que são muito novinhos, mas vai rolar !


Severo Snape e o Menino Que SobreviveuOnde histórias criam vida. Descubra agora