Heloísa.
Em menos de vinte e quatro horas tinha acontecido algumas coisas que eu não queria que acontecesse, entraram na casa, quebrei meu nariz, a mãe de Samantha, a presidente do Brasil descobriu que estou ficando com a sua filha, Ricardo quis me tirar do trabalho sem motivo e sem me comunicar antes, agora estávamos indo em meu apartamento pra eu pegar algumas roupas, pois íamos nos esconder em uma cabana na fazenda do namorado de Ricardo. Eu nem sabia que ele estava namorando, pra ser sincera.
Eu estava realmente envolvida com a Samantha, estava sentindo algo por ela que a muito tempo não sentia e que acreditei por muito tempo que não seria capaz de sentir, depois que Liz me deixou daquela forma. Samantha me passa a mesma sensação que senti quando conheci a Liz, há vários anos atrás, é uma sensação de lar e eu não sabia que precisava sentir isso até a conhecer. Não soube por muitos dias definir o que estava sentindo, mas agora, sentada ao lado dela, dirigindo até meu apartamento, eu sabia o que era e sabia que sentimento como esse é raro.
– Eu vou passar no meu apartamento, ok? – Ela fez que sim com a cabeça e eu sabia que precisa agora mais do que nunca contar pra ela sobre a K1 – Só que eu quero te falar uma coisa...
– O que? – Ela me olhou.
Tirei meu olhar dela pra observar a rua com cuidado, olhei todos os carros que dividiam a rua comigo, o meu receio era de estarmos sendo seguidas.
– Eu estava ficando com uma pessoa antes de começar a trabalhar pra você e da gente se envolver, só que ela ficou cuidando do meu apartamento porque eu tenho umas plantas na varanda e eu quero que você saiba disso antes de chegarmos lá, porque eu não quero que exista mentiras ou coisas omitidas entre nós... – Dei um sorriso, sem graça.
Ela ficou alguns segundos me observando calada e eu senti como se fosse uma eternidade, e se ela desistisse de ficar comigo por isso? Eu deveria ter dito antes.
– E eu tinha um noivo antes... – Samantha disse rindo, aliviando meu coração – Ela sabe da gente?
– Eu ia conversar com ela hoje, ia ligar pra ela e explicar tudo, mas o que aconteceu não permitiu nem que eu pegasse meu celular. – Dei um sorriso, amarelo e sem graça – Mas eu não vou deixar de falar.
– Era algo sério? – Perguntou.
– Não, tanto que ela ficava com um rapaz também. – Ela ficou meio chocada – Ela chegou até propor um ménage, mas eu não gosto de homem e por isso não aceitei.
Samantha riu e concordou com a cabeça, eu sabia que era a deixa pra eu mudar de assunto e assim o fiz. Falamos sobre amenidades e liguei o som, a playlist era a cara de Samantha e mesmo que ela não me confirmasse, eu tinha certeza que era ela quem tinha escolhido todas as músicas.
Alguns minutos depois chegamos em meu prédio, abri a garagem e entramos, coloquei o carro em minha vaga e falei que seria rápido. Saímos do carro, abri o porta-malas e peguei minha mala. Subimos até meu andar pelo elevador e menos do que esperávamos, já estávamos em frente ao meu apartamento. Destranquei a porta e abri, dando passagem pra ela entrar.
K1 estava aqui, já que tinha uma música baixa tocando pelo meu apartamento, entrei após Samantha. Do meu quarto a K1 gritou por mim e saiu do quarto, ela me olhou e olhou para a Samantha um tanto quanto chocada, aposto que a confusão se formou em sua cabeça ao ver nós duas lá, sendo que tinha dito que a não levaria até meu apartamento. Mas em meio sua confusão, ela abriu um sorriso receptivo e cumprimentou nós duas, olhando depois para a mala.
– Aconteceu alguma coisa, Lica? – Perguntou e virou pra mulher do meu lado – Você deve ser a moça pra quem ela está trabalhando, né? Prazer, Katarine.
– Samantha e o prazer é todo meu.
Observei com cuidado a interação das duas por alguns segundos.
– Teve gente querendo dar um fim na gente essa madrugada e por isso vamos ficar um tempo fora... – Falei explicando, mas evitando dizer demais, K1 abriu a boca chocada – Eu posso conversar com você enquanto coloco algumas roupas na mala?
– Claro.
Virei-me pra Samantha antes de ir para o quarto e falei.
– Eu já volto, fica a vontade.
Ela concordou com a cabeça e fui em direção ao quarto, K1 entrou antes de mim e eu fechei a porta atrás da gente. Coloquei minha mala na cama e abri, tirei as peças de roupas pesadas que uso para trabalhar e deixei em cima da cama. Enquanto abria meu guarda-roupa e pegava as peças que eu usaria, falei com K1.
– Eu queria ter essa com você antes, mas devido a tudo que aconteceu eu não consegui... – Ela me observava calada, como se soubesse o que eu falaria – Eu e Samantha estamos ficando, nenhuma de nós duas tínhamos a intenção de nos envolvermos, mas aconteceu e é algo que eu não posso evitar ou deixar de viver.
Ela permaneceu calada, eu não queria perder sua presença em minha vida.
– Eu sei que o que tínhamos antes não era nada sério, mas eu sou uma pessoa que gosta da sinceridade, da transparência, e eu faltei com você, me desculpa... – Mais silêncio – Eu quero que você continue na minha vida porque nos damos bem, além da cama, você é uma mulher incrível, me faz dar altas risadas, tem um senso de humor parecido com o meu e o nosso papo combina, eu quero te ter na minha vida como uma amiga, se isso não for nenhum problema pra você... – K1 só me encarava e eu já estava começando a ficar aflita – Meu Deus do céu, fala alguma coisa.
K1 deu uma risada e eu arqueei a sobrancelha. Ela se levantou da cama e caminhou até mim, pegou as minhas duas mãos e me abraçou com ternura. Após me soltar, ela sorriu.
– Você não viu a mensagem que te mandei ontem à noite, né? – Perguntou e eu neguei com a cabeça – O MB me pediu em namoro ontem, ele veio aqui, me levou pra almoçar em um lugar lindo e lá fez o pedido... Eu aceitei e te contei só à noite, porque passamos a tarde juntos. Você não precisa pensar nem por um segundo que eu ficaria chateada contigo por isso, desde o inicio sabíamos que ficaríamos apenas por ficar e que nunca teríamos nada sério, mas eu fico muito, muito feliz por saber que você quis ser sincera comigo, eu não esperava menos de você, Lica.
Abri a boca chocada e acabei rindo, segurei as mãos de K1, apertando-as.
– Meu Deus, mulher... – Ela riu – Toda felicidade do mundo pra vocês dois.
Ela sorriu e agradeceu, desejou felicidade pra mim e Samantha depois. Eu disse que não sabia como ia ser esses dias na cabana e nem se sabia se íamos ter algo sério.
– Você está com um brilho no olhar que eu não via desde que a sua ex namorada se foi... – Ela disse e me abraçou mais uma vez.
Talvez ela estivesse certa, eu não me sentia assim desde que ela se foi.
– E olha, Lica, você tem um gosto fenomenal por mulher... – Ri, mas concordei com a cabeça – Vou te contar mais uma coisa, meu namoro com ele é aberto, então sei lá, se caso vocês um dia quiserem foder a três ou a quatro, me avisa.
Ela disse e piscou, meu corpo se agitou levemente com a ideia. Ri e falei que ia pensar e propor a Samantha, se ela quisesse, eu não iria me opor contra.
Terminei em alguns poucos minutos de por as coisas na mala e saí do quarto com ela. Samantha estava sentada no sofá e eu aproveitei pra olhar minhas plantas, sorri e agradeci a mulher que estava cuidando bem do meu apartamento. Despedimos-nos de K1 e saímos de meu apartamento, fomos para o carro em silêncio, guardei minha mala ao lado da de Samantha no porta-malas mais uma vez e depois entramos no carro.
– Pronta? – Perguntei.
– Sim.
– Então vamos lá...
Sorri e dei a partida, já estava de noite e por mais que fosse uma viagem rápida, eu não queria chegar lá extremamente tarde. Samantha suspirou do meu lado e me olhou por alguns segundos antes de abrir um sorriso meio tímido.
Quase duas horas depois.
A viagem tinha sido como eu esperava, calma e bem rápida, a voz de Samantha ecoou pelo o carro todos os minutos das quase duas horas em que viajamos. Ela cantou as músicas, arrumou alguns assuntos bem aleatórios pra gente conversar.
Tinha começado a escurecer poucos minutos depois que saímos de meu prédio e quando chegamos na cabana, tudo seria escuridão, se não fosse pela a luz do farol. Estacionei o carro bem em frente a cabana e conseguimos enxergar um pouco como ela era. Não parecia ser velha e parecia ser bonita, mas isso só iriamos saber amanhã de manhã. Saímos do carro deixando-o ligado e fomos até a entrada, tinha dois degraus e uma espécie de varanda. Vimos duas cadeiras não tão confortáveis e uma mesa, em cima dela tinha um bilhete e a chave da cabana.
Peguei a chave e o bilhete, destranquei a porta, passei minha mão pela a parede de madeira até encontrar o interruptor e quando encontrei, liguei a luz.
A claridade se fez presente, revelando uma sala confortável. Samantha estava ao meu lado, segurando uma de minhas mãos. A sala tinha um sofá grande, em frente dele uma lareira bem rústica revestida em pedras. Ao lado esquerdo do sofá tinha uma mesinha com nada em cima e do outro lado, já era a pequena escada de apenas quatro degraus que levava aos quartos e banheiros. A cozinha ficava mesmo junto com a sala e era uma cozinha até que espaçosa, tinha apenas um balcão de madeira separando a sala da cozinha, um fogão a lenha, uma pia grande e alta, o armário era de madeira bem rústica e ao seu lado, tinha uma geladeira comum, mas que daria para o gasto.
Samantha suspirou e apertou minha mão, caminhou em direção à escada e me puxou para ir junto. Ao terminar os degraus dávamos para um corredor nada longo e nele tinha três portas. Ambas estavam abertas e podemos ver do que se tratava. A primeira era a suíte, o quarto com o banheiro, a segunda era um banheiro pequeno e a última era o segundo quarto, menor do que o primeiro, mas confortável da mesma forma.
– Você quer dormir sozinha? – Eu sabia que a resposta era não, mas eu precisava perguntar.
– Claro que não... – Me olhou e sorriu – Quero dormir agarradinha, porque com certeza vai fazer frio de madrugada.
Eu concordei com a cabeça e ela me puxou pra entrar no primeiro quarto, era obvio que ela iria escolher esse quarto pra gente dormir. A cama não era tão grande e nem tão pequena, cabíamos perfeitamente nela, ainda mais se dormíssemos grudada uma na outra. O guarda-roupa era do mesmo tipo de madeira do armário lá da cozinha, percebi pelo estilo e da cor, cabia nossas roupas e o banheiro, tinha apenas um chuveiro até que espaçoso, uma pia e um vaso. Não precisávamos mais do que isso.
A cabana era confortável e estava limpa, apenas tinha algumas caixas espalhadas ao chão pelo nosso quarto, sala e cozinha, mas isso nós resolveríamos amanhã.
Samantha pediu pra que a gente tirasse as malas e as coisas de dentro do carro, fizemos o que ela pediu e colocamos as caixas em cima do balcão e depois as malas no quarto. Falei que as roupas podiam esperar e que as comidas precisavam ser guardadas, Samantha concordou e fomos resolver isso.
Ao terminarmos, Samantha falou que queria já colocar as câmeras. O segurança de minha mãe tinha comprado sete câmeras, de inicio eu achei que ele tinha exagerado, mas ao ver a cabana, percebi que ele tinha feito certo mesmo sem saber o tanto de cômodos e nem o tamanho do local. Colocamos uma em cada cômodo, de forma que ela ficasse discreta, o tamanho ajudou nisso.
– Não vamos poder fazer nada enquanto estivermos aqui. – Falei me sentando no sofá junto com Samantha.
Ela tinha aberto o vinho e estava com uma taça em mãos, seu olhar veio até mim e ela sorriu.
– Tá com medo de umas câmeras, Lica? – Perguntou e me entregou a taça.
Peguei e a levei até minha boca, o liquido em temperatura ambiente desceu pela a minha garganta e Samantha ainda me observava. Entreguei a taça pra ela que riu.
– Você quer ter a nossa foda gravada? – Perguntei e ela negou com a cabeça.
– Não, mas você não se atentou a um detalhe... – Falou baixinho e tomou um gole antes de continuar – A gente pode tranquilamente desligar a câmera quando formos aproveitar bem essa cabana.
Ri e neguei com a cabeça, ela não prestava e eu adorava isso nela.
– Aproveitar bem, é?
– Claro que sim... – Outro gole antes de me entregar a taça – Ou você acha que não vou querer foder por essa cabana inteira com você?
Eu estava tomando um gole quando ela disse essa ultima frase, me fazendo engasgar com liquido. Tossi algumas vezes de forma desesperada e senti alguns tapas de Samantha em minhas costas, acompanhados de sua risada.
– Meu Deus, Samantha.
Ela riu e passou a língua lentamente em meus lábios antes de me beijar com calma, não tínhamos pressa já que ficaríamos aqui sozinhas por se sabe lá quanto tempo. Samantha soltou meus lábios e sorriu, tomou o que restava de vinho em sua taça e a colocou em cima da mesinha do lado do sofá.
– Você vai acreditar se eu disser que já estou a fim de dormir? – Bocejou logo após, me fazendo fazer o mesmo.
– Eu vou acreditar, porque também estou.
Ela sorriu e se levantou do sofá, propôs da gente ir dormir e acordar amanhã mais cedo pra poder arrumar o que precisava e principalmente, tirar as caixas do chão e coloca-las no quarto em que não ficaríamos.
Levantei-me do sofá e fui trancar a porta, peguei a chave e coloquei em meu bolso, após isso fui até todas as janelas dos cômodos e olhei se estavam trancadas. Quando finalmente entramos no nosso quarto, fechei a porta e a tranquei, olhei as duas janelas e as cobri com as cortinas densas e pesadas que tinham disponíveis.
– Acabamos nos esquecendo dos travesseiros e da coberta... – Samantha falou chateada.
Não respondi e fui até o guarda-roupa, tirar uma dúvida. Abri as portas e vi que tinham quatro travesseiros e duas cobertas. Peguei os quatro e uma das coberta, Samantha me observava sorrindo.
– Amém.
Encontrei fronhas para os travesseiros e lençóis para a cama. Trocamos tudo e Samantha propôs da gente tomar um banho rápido antes de dormirmos, aceitei e fomos. Demoramos um pouco mais do que o planejado porque ficamos trocando algumas caricias quentes durante o banho.
Vestimos qualquer roupa para dormir e nos deitamos na cama, ela se deitou ao meu lado e me abraçou, colocando sua cabeça em meu peito. Não falamos mais que um “boa noite” e adormecemos.
No outro dia.
Acordei de manhã com um barulho alto de carro, isso me fez despertar em alerta. Sentei-me na cama e o quarto estava todo escuro, por conta das cortinas. Fui até uma das janelas, afastei a cortina e vi que já era de manhã, o sol estava forte e o barulho parado, mas agora eu escutava alguns passos do lado de fora.
A pouca claridade que entrou pela a janela não acordou Samantha, por isso caminhei com calma até minha calça que estava ao chão do banheiro e peguei a chave da porta no bolso, fui até a porta do quarto e a destranquei, tratando de fecha-la logo assim que saísse. Passei pelo pequeno corredor e desci os quatro degraus, fui até a porta e vi que tinha um homem de braços cruzados observando com calma a pequena mata que rodeava a cabana. Coloquei a chave na porta e a abri, eu deveria descobrir quem era.
Ele escutou a porta se abrir e se virou pra mim, em seu rosto tinha um sorriso receptivo, logo entendi que esse era o suposto namorado de Ricardo. Sai da cabana e desci os degraus, parando a alguns passos de distancia dele.
– Bom dia... – Me cumprimentou – Você deve ser a Heloísa, estou certo?
– Oi, bom dia, sou eu mesma. – Falei, tentando ser educada.
– Você me perdoa aparecer assim tão cedo, mas é que vida de fazendeiro começa cedo e é corrida, eu não ia conseguir vir aqui hoje mais tarde me apresentar e nem trazer algumas comidas que me foram encomendadas... – Ele falava rápido – Eu trouxe duas caixas com comida, sendo elas verduras, frutas, legumes, alguns doces que faço na minha fazenda, alguns sucos em caixas, refrigerantes, queijos, leite e mais outras coisas.
– Obrigada, de verdade. – Agradeci sorrindo.
– A minha fazenda é pelo lado direito, um pouco mais de um quilometro de distancia, sempre que quiserem, podem ir lá, seja almoçar, tomar um banho de cachoeira ou só jogar conversa fora... – Sorriu e foi até seu carro, pegou caixa por caixa e deixou ao meu lado, no chão – Eu moro sozinho e companhia é sempre bem vinda.
– Não sei nem quanto tempo faz que eu não tomo um banho de cachoeira... – Falei me sentindo um pouco nostálgica.
– Então estão convidadas.
Ele sorriu abertamente e eu me atentei em seu rosto, ele tinha um sorriso bonito, cabelos pretos e curtos, usava um boné gasto todo preto. Suas roupas eram uma calça jeans um pouco suja na parte dos joelhos, uma camiseta azul escuro e nos pés, ele calçava uma bota já um pouco velha. Ele tinha um charme e por mais que eu não gostasse de homens, não poderia negar isso, Ricardo tinha um bom gosto para homens.
– Se tiver como, com certeza iremos.
O namorado de Ricardo ia dizer alguma coisa, mas escutamos a voz de Samantha chamando pelo meu apelido dentro da cabana. A voz estava sonolenta, me virei e a encontrei parada na porta. Encarou o rapaz e olhou pra mim.
– Oi, bom dia... – O cumprimentou e desceu os degraus, parando ao meu lado.
– Bom dia. – Ele abriu um sorriso - Eu estava dizendo para a sua namorada que vim trazer algumas comidas que Ricardo me encomendou.
Samantha deu uma risadinha e eu senti meu rosto ficar vermelho, droga.
– Nós não namoramos.
Só falei isso e ele riu, negando com a cabeça.
– Pois deveriam, vocês formam um casal lindo e eu sinto a química daqui.
Soltou de uma vez e agora foi a vez de Samantha ficar levemente vermelha.
– Meu Deus, me desculpem... – Ele falou em um tom meio chateado – Eu sou tão inconveniente às vezes.
– Tá tudo bem, não se preocupa.
Ele ficou mais alguns segundos se desculpando e depois nós ajudou a colocar as caixas dentro da casa, as colocamos no chão da cozinha. Assim que ele saiu da cabana, disse que já iria embora e que tinha sido um prazer.
– Só um segundo... – Pedi antes de ele se virar pra ir para o carro – Como você chama?
– Eu não acredito que não falei meu nome até agora... – Ele riu desajeitado – Me chamo Eric.
Ele desceu os degraus e entrou no carro, deu partida e antes de ir embora, abaixou a janela e falou.
– Vocês provavelmente irão morrer de tédio, então no último quarto a televisão está guardada em uma caixa... – Samantha abriu um sorrisão – E eu acho que por entre as caixas espalhadas por aí, tem alguns filmes e também um aparelho dvd, se vocês acharem, podem usar a vontade.
– Aqui tem relógio? – Perguntei.
– Estão guardados em uma das caixas também, junto com pilhas... – Riu – Como não ia ter ninguém na casa, a gente tirou tudo das tomadas, guardou muita coisas nessas caixas e o resto foram para a fazenda.
Concordamos com a cabeça.
– Vocês podem usar tudo o que acharem aí, fiquem a vontade.
Agradecemos e ele então deu partida, sumindo em poucos segundos de nossas vistas. Fechei a porta e a tranquei, coloquei a chave em cima da mesinha do lado do sofá e peguei a taça que tinha posado aqui.
– Você está com fome? – Perguntei.
– Não muita, consigo esperar um pouco mais.
Concordei com a cabeça e fui até a pia, coloquei a taça dentro e me virei. Samantha tinha se agachado ao lado das caixas e estava olhando as coisas.
– Alguma coisa te agrada?
Perguntei assim que ela se levantou e virou pra mim, abriu um sorriso e concordou com a cabeça.
– Eu como tudo que tem nas caixas e tudo o que tem na geladeira... – Abraçou meu pescoço e colou nossos corpos.
– Então nós vamos ter que cozinhar? – Perguntei rindo enquanto envolvia sua cintura com as duas mãos.
– A gente se vira aqui.
Concordei com a cabeça e ela me abraçou por alguns minutos. Quando nos soltamos, decidimos ir tomar um banho, escovar os dentes e fazer alguma coisa pra comer, pra só depois começarmos a organizar o resto das comidas, roupas no guarda-roupa e as caixas que estavam espalhadas. Samantha estava ansiosa pra encontrar o DVD e os filmes.
Algo me dizia que os primeiros dias seriam bons, calmos e que nada de ruim aconteceria, mas e os outros que nós não sabemos? Iriamos descobrir logo.▪︎▪︎▪︎
Vocês vão me perdoar, mas é claro que eu vou biscoitar um pouquinho em todas as fanfics que escrevo. Só o nome é o mesmo, visto que não sou fazendeiro, sequer gosto de fazenda e não tenho o mesmo estilo e porte que ele. Sou pobre, mores.
Eu não estava bem esses dias pra trás e ainda não estou cem por cento, mas os comentários de vocês me tiram sorrisos e eu sou grato por isso. Obrigado a todes vocês.
O que estão achando da história? Contem aqui pra mim.
Até a próxima.
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A Guarda-Costas
ФанфикSamantha, filha da nova presidente do Brasil, é obrigada a aceitar um guarda-costas após ataques e ameaças contra si. Ela espera um tipo de pessoa, mas ao encontrar outra totalmente diferente, qual será a sua reação? É possível um amor nascer disso...