Chapter Fifteen

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POSTANDO AGORA PORQUE NÃO VOU CONSEGUIR POSTAR NENHUM CAPÍTULO HOJE MAIS TARDE.

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– Estamos atrapalhando algo? – Ellen perguntou olhando para nós duas.

Samantha me olhou rapidamente e depois olhou para a amiga.

– Não, eu só vim aqui perguntar o sabor de pizza que ela vai querer... – Disse e sorriu descaradamente.

– E qual é? – Tina – Pelo que eu me lembre ela adora a de quatro queijos.

Eu concordei com a cabeça e abri um sorriso.

– Sim, mas... – Eu ia falar alguma coisa, mas minha amiga me interrompeu.

– Nós comíamos tanta pizza na adolescência porque nem e nem Lica sabíamos cozinhar. – Disse um pouco nostálgica, explicando para as duas.

– Quero deixar claro que hoje em dia eu já sei cozinhar. – Me defendi – E a minha dieta é meio restrita, quase não como esse tipo de comida.

Ellen me deu uma olhada de cima em baixo e concordou com a cabeça.

– Lica, você se lembra que até antes de você entrar para o exército a gente tinha um dia reservado no mês para ir nos rodízios de pizza na cidade? – Perguntou e eu concordei com a cabeça com um sorriso de canto. Eu sentia muita, muita falta disso – Era sempre eu, a Lica e a Liz, nisso...

Meu coração gelou, olhei fixamente para minha amiga que parou de falar no mesmo momento, me olhou como se pedisse desculpas e é claro que isso não passaria batido pela a Samantha.

– Quem é Liz? – Ela perguntou e me olhou.

– Liz é... – Tina começou e eu a interrompi. Por mais que ela fosse um assunto dolorido, eu não a esconderia por nada nesse mundo e nem de ninguém.

– Liz é a minha ex namorada.

Samantha me olhou por alguns segundos e apenas mudou de assunto, acho que por algum motivo ela entendeu que eu não gostaria de falar mais nada sobre.

– E as pizzas, gente? – Ela perguntou – Vamos pedir?

Ellen concordou e seguiu para a sala com a Samantha, Tina ficou comigo na cozinha e tomou a palavra.

– Me perdoa, Lica... – Quase que implorou, eu sabia que ela não tinha feito com maldade – Eu sei que você não gosta de falar sobre ela.

– Não é que eu não goste, só é dolorido falar sobre ela.

– Mas e se for o melhor pra você? – Quando aconteceu, Cristina esteve comigo o tempo todo, segurou minha mão e após isso eu me fechei, não falei mais sobre e vivi a minha dor sozinha – Às vezes precisamos desabafar sobre o que nos afeta para podermos seguir em frente, entende?

Eu nunca tinha falado para ninguém sobre o que aconteceu, quem sabe, sabe apenas porque esteve lá. Já tinha muito tempo que eu guardava dentro de mim e talvez eu precisasse falar sobre isso abertamente para conseguir dar o primeiro passo até a superação. Cristina estava do meu lado e era a minha melhor amiga de infância e até hoje, além do mais ela estava disposta a me ouvir. Soltei um suspiro e comecei a falar como se contasse para alguém novo, para alguém que não sabe de nada.

A Guarda-CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora