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— Ta cedo, volta pra cama. — fala com voz de sono batendo no colchão, olhando Asahi terminando de escovar os dentes no banheiro de costas para você.

— Já falei que eu estou atrasado, pirralha. Preciso ir trabalhar, já me ligaram duas vezes do escritório.

— Calma, você me chamou de pirralha? — disse se sentando na cama com uma cara confusa.

— É um novo apelido pra você, sei lá combina sabe. — Asahi diz abotoando a camisa social.

— Não, gostei não.

— Que pena, vou te chamar assim então.

— Idiota. — disse voltando a deitar e abraçando o travesseiro.

— Agora eu vou. — ele disse, depositando um beijo no topo da sua cabeça e saindo do quarto.

Soltou um suspiro cansado, deitando por mais alguns minutos e não conseguindo pegar no sono novamente. Seu celular tocou e viu que Asahi estava ligando, rejeitou a ligação e virou para o outro lado, logo tocou novamente e você atendeu nem conferindo quem era.

— Eu tô tentando dormir! Será que pode parar de ligar? – disse quase gritando.

— Chefe? –  se levanta em um pulo ao escutar a voz de Aone

— Desculpa Aone eu achei que era o Asahi. – ele solta um riso fraco e você ri também

— Entendi. Então, Kenma me pediu pra te chamar, ele quer conversar sobre algo, mas não me adiantou o assunto.

— Por que ele mesmo não me ligou? Bem esquece, eu vou de qualquer jeito mesmo, diga que as três estarei na casa. – falou e Aone assentiu desligando.

Se levantou indo até a cozinha abrindo todos os armários e não encontrando nada interessante para comer. Olhou no relógio percebendo que já era uma e cinquenta, decidiu que sairia para fazer algumas coisas e depois iria falar com Kenma.

No caminho, passou na mesma padaria de sempre, comprando rosquinhas de chocolate e um pedaço de torta de morango, pegou também um café e comeu por lá. Pagou e seguiu o caminho até o galpão de distribuição, que ficava ao oeste, e acabou encontrando Tsukishima e mais alguns homens por lá.

— Como estão as vendas? – você perguntou para Tsukishima enquanto o mesmo estava concentrado colocando cocaína nos saquinhos para distribuição.

—Boas. – respondeu simples. — A última carga de maconha estava com uma qualidade razoável, e já vendeu tudo no nosso estoque, se tiver alguma coisa tá nos pontos das ruas.

— Quando vem carga nova?

— Só no mês que vem, se for útil, posso falar com alguns contatos no exterior para pegar droga com uma qualidade melhor. – disse te encarando.

— Se puder falar, pega o quanto achar necessário, mas não exagera, não sei se é realmente confiável.

Você ficou conversando por mais alguns minutos e logo foi embora deixando Tsukishima trabalhar. Então seguiu para o Escritório atrás de Kenma.

— Kenma? Tô entrando. – disse anunciando sua entrada.

— [Nome]? – falou tirando os fones e deixando no pescoço. — O que veio fazer aqui?

— Você me chamou, esqueceu? – pergunta confusa se sentando.

— Não, eu tenho certeza que não chamei você hoje. — Kenma diz virando a cadeira e se afastando dos monitores.

— Que estranho, Aone disse que você havia pedido pra mim vir aqui, e que você não queria adiantar o assunto com ele. Pensei que poderia ser um assunto sobre o traidor então vim ver. – disse dando de ombros.

Stαrry Night ~ Asahi AzumaneOnde histórias criam vida. Descubra agora