017 o aprendiz

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Portland, Oregon. Segunda-feira, 14 de Outubro de 2013

Madison Fleck

Hoje tivemos teste de Filosofia e correu-me super bem. Já tinha feito os meus esquemas todos desorganizados e no domingo foi só estudar aquilo tudo. Hoje de manhã, no pequeno-almoço revi as últimas coisas e entrei na sala confiante de um A+

Logo soube porque é que o Patrick não me respondeu às mensagens quando eu estava a caminho do jantar de sábado. Ele esteve na casa da sua tia-avó e a rede neste fim de semana esteve uma porcaria, porcaria essa que não o incontactável.

- Correu bem o teste? - questionou enquanto digitava qualquer coisa no seu telemóvel.

- Muito bem! E o teu? - falei confiante recordando as respostas do meu teste

- Acho que sim... Só me lixei na última pergunta, mas lá me desenrasquei...

- Estás a falar com quem?

- Com ninguém.

Franzi a testa. - Então estás a falar com ninguém... - soltei um riso - Estou a ver menino Patrick... Olha o poste!

Rapidamente, ele olhou em frente e desviou-se

- Obrigada amiga - bloqueou o telemóvel e colocou-o no bolso

- Sempre aqui. - bati-lhe no ombro - Conta lá! Quem é a miúda?

- Aí, chata! - rimos os dois - Estou a falar com uma rapariga que conheci lá na casa da minha tia

- Huum, como é que se chama? É bonita? - comecei o meu interrogatório

- Chama-se Rachel - sorriu - Sim. A rapariga é interessante

- É para casar?

- Madison! - gargalhou - Somos só amigos, não quero nada de mais.

- És gay?

- Vê lá se queres que eu te prove do que é que gosto... - sorriu com malícia, mesmo perto de mim

- Sai daqui Patrick! - empurrei-o levemente e ele começou a rir - Não preciso, não - sorri

- Eu sabia que não - puxou-me, colocando o seu braço à volta do meu pescoço.

Percorremos o corredor todo parando na cantina para o lanche da manhã. Precisava de comer imenso se queria energia para a última aula de hoje.
Adoro Segundas.

- Então, não me disseste como é que correu o jantar... A comida não foge! - gargalhou quando viu o modo que eu estava a comer

- O que é? Tenho fome! - limpei um bocado de creme que estava no canto da minha boca

- Come lá isso - continuou a sua gargalhada contagiante

- Correu muito bem! - fitei os meus dedos - No inicio foi meio estranho, por causa da namorada dele... Mas ela é tão simpática que nos pôs super à vontade! Ela é tão querida que até me fez confusão. E o sentido de humor apuradíssimo. Concluindo, nem todas as madrastas são bruxas! - sorri gloriosa da minha conclusão

- Que querida a falar da sua madrasta. Deve ser estranho ter os pais divorciados.

- É só uma questão de hábito - bufei

- Se precisares de mim - colocou a sua mão por cima da minha, sorrindo.

- Eu sei amigo - sorri e continuei a comer

...

Depois da aula, convidei o Patrick para almoçar em minha casa. É o agradecimento pela companhia até casa, visto que a minha mãe vai chegar tarde.

Quando chegamos a casa, ouvi uma tosse. A minha irmã estava estendida no sofá da nossa sala.

- Kat? Já em casa?? - caminhei até ela

- Hum... Sim, senti-me mal e vim para casa mais cedo - levantou a cabeça notando a presença do Patrick - Façam de conta que eu não estou aqui... Olá!

- Olá - acenou e veio atrás de mim

Silenciosamente, subimos até ao meu quarto. Pousamos as coisas atrás da porta.

- Temos trabalhos de Matemática.

- Pára de ser secante Patrick. - descalcei as botas - Vamos comer

- Com o lanche que tiveste, dava para ficar o dia todo sem comer! - falou a levantar os braços

- O quê? Que exagero! - fiz beicinho - O meu estomâgo funciona bem, preciso de comer bem. O que é que vamos comer? - perguntei enquanto prendia o cabelo com o elástico que estava no meu pulso.

- A cozinha é tua! - descemos as escadas

- A visita és tu!

Entramos na cozinha e eu segui para a prateleira que continha livro de receitas. Retirei-o com o objetivo de encontrar uma boa refeição.

Depois de tantos pratos, concluímos que não eramos chefes de cozinha, por isso não valia a pena. Contudo, decidimos cozinhar algo simples e saboroso: fusilli com bifinhos de perú. O Patrick não tinha jeito para cozinhar, no entanto, foi divertido assistir a sua dificuldade a cortar a cebola aos quadradinhos. Mas para meu aprendiz safou-se bem.

Depois de tudo aquecido e depois de polvilhar a massa com orégãos, pusémos a mesa.

- Tinhas tanta fome e ainda nem começaste a comer! - o rapaz reclama comigo por estar a mexer no telemóvel

- Estou só a escrever o meu testamento. Acho que é a última vez que almoço

Ele não aguentou a minha parvoíce e desatou a rir.

- Que má! - ele continuou a rir como um maluco, mas fez beicinho - Não está assim tão horrível! A carne está bem temperada e o molho está incrível

Peguei nos talheres e cortei um pouco da carne e, só por acaso, estava maravilhoso. Melhor do que a minha mãe!

- Então? - pousou os cotovelos em cima da mesa e franziu a testa

- Parece que não é desta vez que morro! - sorri ao acabar de mastigar - Passaste no teste aprendiz!

- Obrigada professora. - riu

Depois de encher a minha linda pança com aquele almoço ainda descemos o prédio para comer o gelado. Eu queria aproveitar a minha sobremesa com o meu amigo, no entanto, os trabalhos de Matemática também nos fizeram companhia. Eu ia fazê-los mais tarde quando não tivesse nada tivesse nada para fazer.

Em suma, o dia com o Patrick foi muito divertido.

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Olá babes

*Tenho demorado a escrever os capítulos. Estou no 12° ano, espero que compreendam :)

*Por isso vou tentar postar, no mínimo, um capítulo por semana

Vou começar a escrever o próximo capítulo :D

Ah digam-me as vossas disciplinas favoritas. eu ADORO Matemática haha, alguém como eu? :3

Beijos

18 // história originalOnde histórias criam vida. Descubra agora