18 // história original

021 american idol

Para: Patrick

Mensagem: Vai ter lá fora.

Assim que recebeu a mensagem, levantou-se.

- O que se passa? - ele saiu atrás de mim e colocou as suas mãos nos pequenos bolsos das suas jeans

- Oh afinal ele fala! - falei ironicamente

- Porque é que dizes isso? - ele encostou-se à parede

- Estás estranho! No caminho não falaste nada, ainda nem sequer falamos desde que chegamos aqui...

- Mas isso é porque estás ao lado do Frank. E não falei porque não apeteceu, não tinha nada para dizer... Vocês estavam entretidos, não quis incomodar.

Este rapaz está parvo? Apetece-me dar-lhe um estalo com essas atitudes.

- O facto de eu estar ao lado dele não te impede de vir ter comigo. - cruzei os meus braços

- Está bem, mas não quis ir la incomodar. Eu estou bem Madison - deu-me as suas costas, literalmente, e voltou para o bar

Eu não compreendo... Ele está incomodado com alguma coisa. Quando ele mencionou o Frank até pensei que pudessem ser ciúmes, mas não pode ser isso porque ele já está assim muito antes de termos chegado ao bar. Ele está assim desde da escola, qualquer coisa se passou para ele ficar assim. Podia ser o Louis, mas eles mal falaram!

- Então, que fazes aqui fora?? - a Lydia aparece - Vi-te a sair com o Patrick, está tudo bem?

- Não! Ele é um estúpido e não fala comigo! - revirei os olhos

- Mas tu ainda não percebeste?? - a sua mão foi parar à sua testa

- O quê?

- Parece que o Patrick não foi com a cara do Louis. - ela falou aceleradamente, no entanto, o meu cérebro recebeu aquelas informações todas.

Acho muito parvo ele ter esse tipo sentimentos. Eu e ele somos melhores amigos, não sei qual é a dele. São amizades especiais e diferentes.

- Por amor de Deus Lydia! Olha vamos parar com esta conversa. - puxei-a para
dentro do bar

Olha que parvoíce. Por um lado, talvez consiga entender os ciúmes, se ele também tivesse um amiga que aparecesse assim do nada e fossem super amigos, eu sentiria o mesmo...

Mas também, qual seria a razão? Resumindo, os ciúmes são estúpidos.

Quando entramos, o Frank veio ter comigo em passos acelerados.

- Anda, vamos cantar. - pegou em mim e empurrou-me para o palco

- O quê?! Cantar? O quê? Com quem? - perguntava aceleradamente enquanto era empurrada

- Vais cantar, Love Don't Die dos The Fray, conheces? - pisca-me o olho

- Frank!!!

Começo a rir, mas tenho vontade de lhe bater.

- Tem calma - agarrou na minha mão - Vamos cantar juntos!

- O quê?!

B e l i s q u e m - m e. Vou passar a pior vergonha de sempre em frente de desconhecidos. Preciso de uma bebida para me aquecer.

Enquanto eu tentava engolir aquela bebida nojenta sem gelo algum, o tio do Frank anunciava os primeiros a cantar. O meu sobrinho e a sua amiga ecoava nos meus ouvidos.