Capítulo 16

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Então, eu estou perdendo alguma coisa aqui? Além da farra, é claro. -Falou Alessia apontando para o trio em cima da cama.

-Alessia? Acordada tão cedo? Entra filha. -Gizelly falou saindo de cima de Marcela.

Alessia entrou no quarto e sentou-se ao lado das irmãs.

-Então, fazendo de conta que tudo aqui é altamente normal, agora me expliquem por que não me chamaram para a festa?

-Eu tirei as tri do berço para sua mãe ficar com elas um tempinho antes do trabalho, mas não me atrevi a te acordar. -Explicou Marcela ainda deitada, agora com Ally sentada em sua barriga.

-Eu também não atreveria a te acordar. -Brincou Gizelly puxando a filha para um abraço.

Alessia riu concordando.

-Só que as cinco baderneiras, -Ela apontou para o quinteto, -me acordaram de todo jeito.

-Ei Brendinha, Claire e Ally, vocês não estão achando a maninha muito reclamona? -Falou Gizelly intercalando o olhar para as trigêmeas que apenas concordaram com a cabeça.

-Sei não, meninas, porque vocês não fazem cócegas na barriga dela? -Falou Marcela tirando Ally de cima dela.

Ally, Brenda e Claire atacaram Alessia e logo as seis estavam brincando entre si. Era a primeira vez em que todas brincavam juntas.

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Os dias seguiam a todo vapor, Marcela e Gizelly não voltaram mais falar dos beijos dados, mas todas as vezes que se cruzavam pela casa, ainda mais sozinhas, eram notória a tensão sexual. Um roçar acidental na cozinha, ver uma à outra perambulando enrolada em uma toalha, uma insinuação aqui, outra ali... Até mesmo Alessia já tinha percebido.

Gizelly finalmente fizera a entrevista para conseguir a vaga definitiva no hospital, mas como já tinham se passado uma semana e nada da direção do hospital lhe comunicar nada, não esperava muita coisa.

-Tudo indica que você ainda vai demorar se livrar de mim e de minha bagunça. -Falou ela em uma noite enquanto comia. -Não vai rolar a vaga que eu esperava.

-Fico feliz em não me livrar de vocês, mas eu sinto muito Gi, sei o quanto se esforçou para isso.

Gizelly tomou um gole de vinho.

-Mas parece que não foi o suficiente...

-Eles contrataram alguém dos residentes?

-Não. Digo, não que eu saiba, eu teria ficado sabendo.

-Preocupa não, tem mais hospitais na cidade que vão adorar ter você. Mas me promete uma coisa? -Falou Marcela puxando o prato da frente da morena para ter atenção total dela.

-Depende, mas devolva meu prato!

Marcela empurrou o prato novamente para frente.

-Foco em mim.

Gizelly a olhou:

-Dá pra ir direto ao ponto criatura!

-Me promete que mesmo que arrumar o melhor emprego da cidade... -Ela hesitou um pouco. -Não se mude daqui, já acostumei tanto com as crianças, eu não me imagino longe delas... longe de você...

-Ma... Isso... Eu jamais afastaria as crianças de você... Olha, vamos uma coisa de cada vez certo? Te proponho não mudar nada que estiver dando certo.

Marcela soltou o ar aliviada.

-Obrigada, de verdade.

Marcela já tinha estabelecido uma boa rotina com as crianças, ela trabalhava no escritório em casa pelas manhãs e as meninas ficavam brincado em algum lugar da casa com Manu, embora que na maioria das vezes ficava na vista de Marcela. Durante as tardes elas brincavam juntas, depois que Alessia chegava, Marcela a ajudava com o dever e depois faziam um passeio curto, um dia no parque, outro no shopping, na academia de Amélia que tinha um espaço infantil e também às vezes Marcela as levavam para casa de seus pais.

De repente... Casa cheiaOnde histórias criam vida. Descubra agora