De repente... Casa cheia

Capítulo 18

Marcela esperou por Gizelly até meados das cinco da manhã, mas o cansaço acabou vencendo a preocupação. Nem escutou quando as meninas choraram. Alessia que levantou e chamou Granny para pegar as meninas e a ajudou a preparar o leite das irmãs. Sabia que sua mãe não estava em casa, e também sabia que Marcela não tinha dormido a noite, por isso não quis acordá-la. Se Gizelly não aparecesse para levá-la na escola, iria esperar Manu chegar para leva-la, afinal Granny tinha dito que a neta já estava a caminho.

Ally, Brenda e Claire estavam deitadas no tapete da sala assistindo patrulha canina e Alessia estava deitada no sofá mexendo em qualquer coisa no celular, Granny estava na lavanderia. Ainda não eram sete horas, geralmente ainda estariam na cama, mas as meninas justamente naquela manhã acordaram muito cedo. Depois de um tempinho a campainha tocou. Alessia atendeu a porta ainda meio sonolenta.

-Aqui é a casa da Gizelly? -Perguntou Juliette assim em que a menina abriu a porta.

Alessia despertou de vez, sabia que a mãe não dormira em casa, em menos de cinco segundos passaram mil coisas trágicas que poderia ter acontecido com sua mãe.

-Cadê minha mãe? O que aconteceu? -Alessia respondeu com outras perguntas em tons de desespero.

-Ah, você é uma das crias... -Comentou Juliette olhando a menina com curiosidade.

-Quem é você? E cadê minha mãe?

-Ah sim, sou apenas uma amiga e sua mãe está bem ali. -Ela apontou para o carro. - Só que não está em seu melhor dia...

Alessia passou rapidamente por Juliette e correu a até o carro e viu sua mãe sonolenta no banco de passageiro.

-Mamãe? Você está bem?

Gizelly abriu os olhos.

-Que gracinha vo... cê daqui de dentro... -Ela começou a rir continuamente.

Alessia deu um olhar inquisidor para Juliette:

-Por que ela está assim? -Questionou entre dentes.

-Eu fiquei de olho nela a noite toda, enquanto ela quis beber e não deixei ninguém aproximar dela para, digamos, fins indevidos, sou legal, eu juro.

Alessia arqueou a sobrancelha.

-Está bem, mas me ajuda a levá-la pra dentro?

Juliette rodeou o automóvel e ajudou Gizelly a sair do carro. Quando percebeu que não ia conseguir faze-la ficar sobre suas próprias pernas a colocou apoiando em seus ombros apoiando-a pela cintura. Gizelly tentou protestar alguma coisa, mas estava bêbeda demais para ser entendida. Juliette olhou para Alessia:

-Aonde deixo... -Ela apontou para Gizelly com a mão livre. -Essa coisinha feliz?

-Pode deixa-la no quarto pra mim? Ai Deus... mamãe você tá péssima -Alessia nunca tinha a visto naquele estado.

-Eu que... Tenho... Não é quarto, é para o traba... trabalho. -Falou Gizelly com certa dificuldade.

-Lamento princesa, mas acho que trabalhar hoje não seja uma opção. -Respondeu Juliette praticamente arrastando-a casa adentro.

De repente do nada Gizelly começou a rir. Alessia revirou os olhos, o que fez Juliette perceber o quanto os trejeitos de mãe e filha eram parecidos.

-O que foi agora mamãe?

-As suas irmãs. -Ela apontou para as filhas deitadas no tapete vendo desenho. -Olha para elas, são umas gracinhas...Mas por que têm seis delas?