《0.6》

57 11 17
                                    

Naquela semana a assassina resolveu dar uma folga aos policiais, ninguém relatou alguma nova morte ou um corpo escondido, talvez ela estivesse cansada de brincar com eles e agora estivesse planejando algo maior.

Mesmo sabendo da motivação dela, ou achando que sabia, Ally ainda não conseguia entender a audácia daquela criminosa, afinal, porque escolhera uma cidade tão pequena e mequetrefe como Montreal?

Poderia fazer isso em uma cidade grande, teria menos risco de ser pega, mas ao invés disso escolhera agir ali e não saber a razão para isso, estava matando Ally.

- Tudo bem. - Murmurou a agente a si mesma. - Eu vou achar você e pagará por tantos crimes, nem que seja a última coisa que eu faça. - Ela ainda encarava as fotos dos corpos de algumas vítimas, como se dali, fosse sair alguma explicação plausível para tudo aquilo.

Ouviu batidas na porta e se apressou em ir abrir. Não ficou surpresa ao ver Madison ali, ela era neta da dona da pousada em que Ally estava instalada.

- Perdoe o incômodo, senhorita Brooke, mas achei este embrulho endereçado a senhorita lá embaixo na portaria. - Ela estendeu um envelope pardo em direção a loira, que o olhou por segundos antes de pegá-lo.

- Obrigada, Madison. - Mostrou um sorriso para a menina.

- Não precisa agradecer. - Madison lhe deu um sorriso também e se virou para ir embora, mas a voz da loira a fez parar.

- Hey! Você não gostaria de entrar e beber algo comigo?

- Eu ficaria encantada. - Seu sorriso aumentou de tamanho e ela deu meia volta, entrando no quarto da loira.

- Vinho? - A menina concordou com a cabeça e Allyson foi buscar uma boa garrafa de vinho, também levou duas taças para a mesa onde estavam sentadas. - Madison, o que você faz da vida?

- Eu sou estudante de psicologia! - Ela respondeu com um sorriso orgulhoso. - E um dia terei meu próprio consultório!

- Isso é interessante! Acredito muito que terá seu consultório e eu quero ser sua primeira paciente, uh? - Riu.

- Terei todo o prazer em ouví-la, senhorita Brooke.

- Oh, por favor, apenas Ally.

- Certo, Ally!

A conversa entre as duas fluía tão bem, pareciam amigas de anos, mas talvez elas não quisessem parecer amigas de anos.

Ambas já estavam meio alteradas por conta da bebida e mesmo que não fosse pelo álcool, não daria para evitar o que aconteceu em seguida.

Madison passou para o colo de Ally, já tomando os lábios dela em um beijo urgente e caloroso, que foi retribuído a altura.

Quem passasse pela porta do quarto de Ally, seria capaz de ouvir apenas os gemidos das duas.

Já no dia seguinte, Ally acordou e sua acompanhante da noite anterior não estava mais ali, só havia uma bandeja de café da manhã com um bilhete.

Se levantou e foi verificar do que se tratava o tal bilhete. Pegou o pedaço de papel azul e desdobrou para lê-lo.

Bom dia, Ally!

Desculpe não ficar até que você despertasse, mas eu precisava ir para a faculdade.

Adorei cada segundo da nossa noite, ainda sinto minhas pernas bambas, você foi incrível e espero que a gente possa repetir isso outra vez.

Te vejo quando voltar.
Beijos, sua Maddie.

Foi impossível não rir da menina, ela era extremamente fofa e adorável. Ally se sentou e tomou o café da manhã deixado por ela.

Roubando VidasOnde histórias criam vida. Descubra agora