《1.1》

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Após a frustrada tentativa de capturar a possível assassina, Liam achou que era melhor Zayn tirar o dia de folga, mas claro que o policial não gostou muito disso.

- De onde tirou isso, Liam?! Eu sou o melhor agente que você tem e está me tirando do caso?!

- Eu não estou tirando você, Zayn! Eu te dei o dia de folga, isso não quer dizer que estou correndo você.

Malik não parecia acreditar nas palavras de Liam, estava irritado para prestar atenção no que o chefe dizia.

- Preste muita atenção no que eu vou te falar, Liam! Você vai se arrepender de ter colocado essa vagabunda no meu lugar.

- Zayn...

- Deixa ele, Liam. - Allyson disse, se aproximando dos dois. - Ele sabe que não está o tirando do caso, mas ele está se sentindo ameaçado por mim, sabe que eu sou melhor que ele e por isso não quer estar no mesmo caso que eu, porque eu me destaco mais. - Comentou simples.

Não era verdade, ela não pensava daquela forma, mas se tinha algo que Brooke já havia aprendido sobre o agente, era que ele odiava quando mexiam em seu ego e era exatamente ali que ela estava tocando.

- Você não sabe o que diz!

- Se estou errada, porque não prova isso e para com esse showzinho mais que ridículo? - Viu Zayn aproximar-se dela ameaçador, mas não se intimidou, pelo contrário, ergueu o queixo, o encarando de igual para igual.

- Eu não preciso provar nada para uma mulherzinha de quinta como você! Mas sabe, não é uma má idéia. Eu vou resolver isso e pisar em você como o inseto que é!

Malik virou as costas e saiu, Liam sabia que ele não tiraria o dia de folga, então deixou aquele assunto para lá.

- Não deveria deixá-lo te ofender desse jeito. - Liam disse, ao ficar com Ally sozinho na sala de reuniões.

- Ele não me ofendeu, qualquer insulto vindo de alguém tão repulsivo quanto ele, não me atinge. Eu sou bem melhor que isso, do que os insultos e do que ele. Você sabe disso.

Riu, negando com a cabeça. Liam sabia muito bem do que Ally era capaz para conseguir algo e talvez aquela fosse sua maior qualidade.

- Ally, a senhora Duncan está aqui! - Ronan, o mesmo agente que havia ajudado Allyson há alguns dias atrás, apareceu, chamando a mesma. - Ela quer ver você.

Ally e Liam trocaram um olhar que Ronan não soube identificar e a loira se levantou, segundo o homem que fora a chamar.

Brooke encontrou Susan Duncan em uma sala de interrogatórios, ela não entendeu muito bem o motivo de a senhora estar ali, mas se sentou de frente para a mesma.

- Senhora Duncan, em que posso ajudar? - Perguntou Ally, após tomar uma grande quantidade de fôlego.

- Eu vou ser breve e direta, agente Brooke. Eu sei que esteve na minha casa na noite passada! - Disse ela, pegando a agente despreparada. Ally imaginava qualquer coisa, menos que a mulher lhe diria aquilo. - Mas tudo bem, eu não vou me opor, sei que fez isso para o bem desta investigação e devo-lhe uma explicação para o que viu lá embaixo.

- Senhora Duncan, eu... - Suspirou pesadamente. - Me desculpe, eu não de...

- Tudo bem! Como eu já lhe disse, eu não me incomodei. Agente Brooke, como você mesma pôde notar ao descer lá, eu mantinha a minha filha naquele lugar, mas não por opção, ela descia para lá com seus bichos mortos e etc... - Um suspiro escapou dos lábios da mais velha. - Eu tentei de todas as formas fazê-la parar com aquilo, mas não deu certo, então eu pus uma cama lá para que a minha pequena não dormisse no chão como todas as outras vezes.

Um silêncio incômodo pairou por toda a sala, tudo o que se podia ouvir era a respiração pesada de Allyson. Ela queria questionar quem era a pessoa que quase a matou sufocada e se por um acaso, a senhora Boswell estava abrigando sua filha perigosa naquele lugar, mas nada lhe saia da boca.

- Claro... - Murmurou ela.

- Você está bem? Quer perguntar algo? - Viu a policial balançar a cabeça por alguns segundos e logo levantar seu olhar para ela.

- Eu preciso saber se tem contato com Kyra e se, por um acaso, ela voltasse lhe pedindo ajuda ou abrigo, daria isso a ela? Você abrigaria a sua filha perigosa em sua casa? Naquela sala, para ser mais exata!

- Claro que não! - Respondeu ela de prontidão. - Kyra está morta! Eu mesma... - Ally a interrompeu.

- A senhora mesma foi ao necrotério para reconhecer o corpo. É, eu me lembro que me disse isso em nossa conversa, mas também me lembro que você disse tê-la visto andando pelas ruas como uma pessoa normal. Como explicaria isso, Susan Boswell?

- Eu não sei, eu juro que o corpo era dela, eu mesma o vi... Digo, eu tenho minhas dúvidas, pois o rosto estava deformado, mas depois eu a vi e tudo ficou tão confuso.

- Se nós conseguíssemos recuperar o corpo de sua filha, poderia, de alguma forma, reconhecê-lo mesmo após esse tempo?

- Eu sou mãe, agente Brooke. Posso reconhecer minhas filhas mesmo após vinte anos.

- Ótimo, nós vamos dar um jeito de trazê-lo para cá e assim vamos ligar para a senhora voltar aqui e fazer um novo reconhecimento, tudo bem?

- Claro, é como eu disse antes, no que eu puder ajudar, contem comigo. - A loira menor concordou com um aceno de cabeça e acompanhou a mais velha até a saída.

Durante o resto do dia, Ally passou tentando fazer com que o corpo de Kyra Duncan fosse desenterrado e enviado ao laboratório de autópsia da delegacia.

Foi difícil, mas no fim da noite ela conseguiu a liberação e eles mandariam o corpo no fim daquela mesma semana.

Finalizou o trabalho e voltou para a pousada onde estava hospedada. Foi direto para o banho, mas não pôde demorar muito, pois alguns minutos depois, alguém bateu na porta.

Vestiu um roupão e foi abrir a porta, dando de cara com Lauren parada ali de pé.

- Lauren... - Disse surpresa. - O que você está...

Jauregui não deixou Allyson concluir a pergunta, a puxou pela cintura, colando seu corpo ao dela e a beijou.

Um beijo quente, de roubar o fôlego e fizesse o calor subir. Desde que viu a loira pela primeira vez, o interesse surgiu e naqueles últimos dias, ela não podia mais controlá-lo.

Lauren a queria e sabia que Allyson também tinha o mesmo desejo, que elas iriam saciar naquela noite.

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