E de qualquer modo eu não sei quem sou eu.
Eu sou o que me permito ser diante da estação de sol
E da estação de chuva.
Eu sou o furacão que me leva quando não me seguro e
Me desestabilizo e não me seguro, me deixo ir e me perco.
Eu sou como o colo de mãe que me acolhe até mesmo quando eu não mereça
E que nesse colo mora uma paz que gera sossego e amor.
Eu sou aquele cabelo bagunçado quando eu estou só
Sou aquele cabelo arrumado quando cê tem visita ao meu redor.
Eu sou só e também sei ser companhia
Eu mudo mais do que as estações dos anos, Eu sinto o frio, eu sinto o calor, o vento, o mormaço
Eu me perco, eu me desequilibro, mas eu também me acho. Eu sou momentos de mim do passado, do presente e do meu futuro.
E o meu grande fracasso no meio da escuridão
É também a luz do que me falta para ser quem eu preciso ser.
Onde as lágrimas que me escorrem dos olhos
Possam enxarcar os meus travesseiros
E que esses mesmos travesseiros seja quem mais me ouviu.
O meu teto é quem se pergunta o que está havendo
Quando eu estou sorrindo tão grande
Que parece que os meus lábios não tem fim.
Por dentro sou a intensidade do fogo
Mas por fora vivo a loucura do vento
E me jogo sobre esse ar que me rege.
Eu sou quem eu quero que esteja perto de mim hoje
Mas também quem eu acho que já não me cabe mais.
Não somos um "Eu" pequeno
Somos um Eu grande, composto de vários outros "Eu"
E me desafino quantas vezes e nem estou falando
De quantas vezes eu quiser e sim de quantas vezes
For necessário.
Me desafino para que eu possa me afinar outra vez
E minha essência é uma planta que era pequena
E foi crescendo com o tempo.
Cuidando, regando.
E essa mesma planta eu permito que ela seja infinita
Infinita, porque eu não quero que tenha um fim.
Eu não sou um fim, eu sou um carrossel
Que nunca para de girar.
Mas que em todas as voltas circulatórias que esse carrossel for dar,
Que me permita sempre ser um pouco melhor
Do que eu já fui e do que posso ser, para mim mesmo.
E não existe o outro dentro de mim
Existe quem eu seja, quem você seja
E nisso somos iguais, mas quando se trata do singular
Somos tão diferentes.
Muitas vezes eu irei me perder
Mas eu vou me encontrar
Quantas vezes for preciso
Quantas vezes houver a necessidade.
Eu sou quem me estende a mão
Quem me conhece, quem me entende
Quem me consola, quem me estrutura.
EU sou quem me ama, quem me odeia
Quem se chateia, quem se alegra
Quem se pergunta, quem se responde
Quem se perde, quem se procura
Quem se permite ao
Afine e desafine.
"E não se preocupe se hoje você está perdido ou se você se lembra de quando se perdeu e diz que nunca mais quer se perder. Se perder é uma oportunidade de se encontrar um novo eu, se perder é sentir a dor de uma construção de evolução do seu autoconhecimento para reajustar o que está precisando em si e não é algo que não seja comum, é algo normal e completamente natural. Sair de si, é como procurar um novo caminho para si e por tanto esteja aberto ao sair de si sabendo que quando voltar, muito do que você era, você não será. Tais como querer fazer uma atividade que fazia e não sentir mais vontade, pois não te cabe mais. É como trocar de sapatos, se você insiste em calçar o que não lhe serve mais, vai te machucar e vai ser desconfortável. E saiba que mesmo quando se encontrar, você vai perder-se outras vezes de novo, de novo e de novo, porque os sentidos sempre buscam outros novos sentidos, e o seu Eu não é somente grande, como é infinito e então quando você se desafina, você vai se afinar novamente porque o seu desenvolvimento é contínuo".
- Então voe, pássaro
Voe porque seu espirito é liberto
e faça dessa sua casa, um lar confortante
Sua moradia é o seu escudo.
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Abrindo os seus olhos.
RandomQuem eu era. Quem eu sou. Quem eu posso ser. Não há base para ser, se não o de se conhecer. O erro e o acerto não modificam se não há atitudes que advém os nossos avanços. E modificar-se antes das ações é as traduções de nossas reflexões. Dentre tod...