Capítulo 24- A Exaustão Mental e a Falta de Amor Próprio

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Não existe mais quem eu seja, porque nem mesmo eu sei quem eu sou mais. Eu apenas me recordo e me vejo em frente ao espelho tudo num grande desabo em minha volta, dentro de mim e tudo isso se torna mais do que cansativo é realmente exaustivo viver aqui dentro de mim. Eu me pergunto quando foi em que eu me entreguei para essa escuridão, onde foi o ponto em que eu pude aceitar que isto pudesse fazer parte de quem eu sou e tenho muito medo de que isto nunca mais se modifique e eu acabar sendo sugada por tudo o que eu mesmo criei.

Tudo o que me aparece está entregado de bandeja para com que eu possa direcionar para onde eu preciso e o acúmulo dos problemas aumentam gravemente conforme vou deixando-os de cuidar, os volumes existentes nunca vão desaparecer e constantemente vão se multiplicar com volumes novos e então é uma decisão entre resolver ou acumular.

As consequências aparecem através dos atos em que cometemos e tudo o que está ao nosso redor somos os totais responsáveis e quem somos é o fruto das gerações dos propícios acontecidos e então quando em meu peito havia tempestades e meus olhos fechados pesados, com olheiras escuras eu me vi estar pudendo cuidar de mim, sem poder estar me amando e então cada vez mais este carrossel que girava parecia não ter fim. A exaustão em que me apareceu, tomou conta de mim ou eu deixei em que ela tomasse? Tomasse é um verbo que me lembra tomar alguns drinks e eu via tomando porres de mim mesmo e a consciência parecia inexistente, era uma venda sobre tudo o que pudesse trazer os progressos e melhoras aos objetivos, planos, sonhos e até mesmo sobre quem sou.

Peguei as emoções e deixei elas dentro de um pote de vidro igual aquelas declarações de amor, só que só havia garranchos de uma parte de mim. A razão me apresentou novas possibilidades de poder enxergar o quanto o exagero de emoções poderiam causar desequilíbrio e o quanto o amor próprio estava longe de mim, onde eu estava em último lugar e tudo o que eu tentava concertar acaba se bagunçando cada vez mais em que eu tentava arrumar está bagunça mais eu não me encontrava e via minha mente num estado da procura de uma recuperação para que ela pudesse funcionar como nos tempos onde eu conseguia enxergar claramente, as coisas como algo seguro de mim.

Tudo o que eu for construir a mim mesmo será a base da chave para abrir as outras portas e quando eu percebi que não tinha um pingo de mim resolvido e que eu não me conhecia o suficiente para poder obter um bem estar estava tudo esclarecido. Os acontecimentos ruins em repertórios, volumosos não sumiriam enquanto eu não pudesse modificar a pessoa em que pudesse dar conta das transformações em que precisavam ser feitas e os reajustes estavam sempre dando sinais de alerta de que eu sempre me colocava em último lugar onde deveria ser o primeiro para depois começar a mexer nos traços de problemas cotidianos. Ser o seu primeiro problema, primeiro cansaço e exaustão não resolvida, não irá resolver o que tem a redor de si.

O processo requer muita prática e dor, afinal olhar para si mesmo é algo desafiador. Entender os seus conceitos, modificar com paciência e tempo é uma estrutura que requer delicadeza. É estar de molho olhando para si. Quando encontramos o amor próprio encontramos a chave para com que possamos lidar conosco, se lidarmos conosco podemos lidar então com tudo o que está conspirando ao redor de nós. A inteligência deste alcance não significa que você deixará de sentir, mas, significa que embora você sinta, você estará sob equilíbrio porque tudo sempre estará ali para você, para com que você possa resolver e se não estiver resolvendo algo consigo, então não conseguiras resolver mais nada.

"Sou como uma planta, quando me rego, me cuido, me amo eu cresço saudavelmente. Quando me esqueço, não rego e não cuido vou me desmanchando aos poucos e assim vou perdendo minhas cores e minha essência. Peço desculpas sempre quando não pude me cuidar, devo levar em consideração em que para sobreviver eu preciso me regar, me cuidar e me amar. E o jardim? Embora possa cair espinhos encima de mim, quando me cuido sou capaz de tira-los de cima e quando não me cuido, parece uma chuva de sangue sem fim".



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