Capítulo 22- O outro

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Somos completamente egoístas quando estamos parados de baixo de uma nuvem carregadas e feitas por nós mesmos e ainda nos questionamos o porque que está chovendo tanto sobre si. Não é tolerante quando passamos dedicando o nosso tempo a entender tanto sobre o outro e querer em que o indivíduo seja, sinta, vista igualmente a nós e criamos uma ideia de espelho onde estamos em busca da perfeição e de alguém parecido conosco. Idealizamos um padrão do que seja uma pessoa certa para nós e de uma pessoa que seja a errada e isto está completamente fora do contexto do que chamamos de maturidade.

Cada pessoa tem uma personalidade diferente da que temos e isto faz com que cada ser seja único pelo o que ele tem e isto jamais pode ser roubado, sua unificação é o que faz a diferença, pois, quando se olhamos no espelho apenas existe nós e aquilo o que temos, o que somos e mesmo com que somos hoje em frente ao espelho podemos não ser mais daqui a um tempo. O quebra-cabeça não é igual, se não, não há encaixe e com as pessoas não são diferentes, portanto, procure aceitar o que é, o que ele vai ser e apenas respeite a identidade dessa pessoa e podemos nos relacionar com pessoas em que não temos muitas semelhanças, como também podemos aos que tem e não devemos julgar e querer alterar alguém. Sentimos de maneira diferente e isto não significa que não estamos na mesma intensidade, pois, não há como sermos o outro e o outro sermos como nós.

Semelhante ou não teremos impacto no outro socialmente falando e é uma base de que se todos nós tivemos apenas o lado de semelhanças o gosto seria sempre o mesmo e assim não poderíamos desfrutar de conhecer novas pessoas, porque não existia estás novas pessoas por serem iguais, e o ideal do novo conhecer é experimentar, trocar, vivenciar coisas novas e assim podemos criar vínculos, desfazer vínculos e estar perto de quem podemos ter um grau maior de intimidade e estar dispostos a modificações das pessoas, a conhecer pessoas novas e afins.

O outro é o mistério onde somente é desvendado quando pedimos para poder descobrir quem ele seja, contando com que ele não seja quem somos, mas pode ter traços iguais e diferenças. E também em que nos trazem uma nova experiência proposta. Cada ser é uma unificação onde não pode haver substituição daquilo em que somos. 

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